Diferenças entre edições de "2012/13"

Revisão das 14h59min de 4 de setembro de 2017

A pior temporada de sempre

A época começou com mais uma reformulação do plantel, que passou pela venda de dois jogadores titulares como eram João Pereira e Matias Fernandez, enquanto Polga regressou ao Brasil, Tiago pendurou as luvas e Onyewu, André Santos, Evaldo e Renato Neto foram emprestados.

Para compensar estas saídas, Cédric Soares e Adrien Silva regressaram a casa e foram contratados os centrais Boulahrouz e Marcos Rojo, o polivalente Danijel Pranjic‎, o trinco Gelson Fernandes, o médio de ataque Labyad e o jovem avançado Valentín Viola, o único desta lista que não era internacional.

Sá Pinto começou por tomar uma peculiar decisão, ao nomear um grupo de cinco Capitães de equipa, que era constituído por Daniel Carriço, Rui Patrício, Elias, Fabián Rinaudo e André Martins, uma opção cujo objectivo ninguém percebeu.

Com todas estas mexidas, os resultados e as exibições do inicio da temporada estiveram longe de serem positivos e depressa se percebeu que a equipa e o treinador não tinham conseguido superar o trauma da Final da Taça de Portugal da temporada anterior.

No inicio de Outubro quando estavam decorridas apenas cinco jornadas do Campeonato, o Sporting só tinha ganho um jogo e já estava a 5 pontos dos seus grandes rivais, enquanto na Liga Europa depois de ter eliminado os modestos dinamarqueses do Horsens, iniciou a fase de grupos com um empate em casa com o Basileia, ao que se seguiu uma derrota por 3-0 na Hungria, frente ao Videoton, um resultado que foi fatal para Sá Pinto, que na altura já era alvo de muita contestação.

Seguiu-se a saída do Administrador da SAD Luís Duque e do seu braço direito Carlos Freitas, tendo então o Presidente Godinho Lopes afirmado que iria ele mesmo assumir a pasta do Futebol.

Depois de quase um mês com Oceano como treinador interino, durante o qual o Sporting perdeu mais 3 jogos e empatou outro, sendo eliminado da Taça de Portugal pelo Moreirense, e agravando a sua situação na Liga Europa, ao perder com o Genk na Bélgica, Godinho Lopes contratou o técnico belga Frank Vercauteren, anunciando também uma inversão na política da SAD, que deveria passar por uma maior aposta nos jogadores da Equipa B, mas os resultados continuaram a piorar, com o novo treinador a conseguir apenas 2 vitórias, confirmando-se a eliminação da Liga Europa, depois de mais uma derrota por 3-0, desta vez na Suíça frente ao Basileia.

A 17 de Dezembro o Sporting anunciou a contratação de Jesualdo Ferreira para desempenhar as funções de "Manager", ou treinador dos treinadores como lhe chamaram na altura, no entanto logo ali se percebeu que os dias de Frank Vercauteren no Sporting estavam contados.

Seguiu-se a eliminação da Taça da Liga depois de outra derrota por 3-0, desta vez com o Rio Ave, e nova desfeita em Alvalade com o Paços de Ferreira, que deixou o Sporting no campeonato num aflitivo 12º lugar, apenas 1 ponto acima da linha de despromoção, pelo que Godinho Lopes resolveu despedir Frank Vercauteren e entregar o comando da equipa a Jesualdo Ferreira, talvez um pouco antes do que estaria previsto.

Entretanto na reabertura do mercado o Sporting procedeu a mais uma reformulação do grupo de trabalho, com o objectivo claro de emagrecer a folha salarial, daí que Elias, Danijel Pranjic‎ e Gelson Fernandes tenham sido emprestados, enquanto Daniel Carriço foi vendido para Inglaterra e Izmailov foi trocado Miguel Lopes e Hugo Ventura.

Do Beira Mar chegou o lateral esquerdo Joãozinho, que vinha por empréstimo até ao final da temporada, numa altura em que se falava na provável venda de Insúa, que se viria a confirmar poucos dias depois, seguindo-se já em Fevereiro, a partida de Xandão para a Rússia.

Com Jesualdo Ferreira ao leme e apesar da turbulência resultante da crise directiva que levou à realização de eleições antecipadas, foram visíveis as melhorias da equipa que chegou a sonhar com a qualificação para as competições europeias, principalmente depois da entrada da nova Direcção liderada por Bruno de Carvalho, que veio dar outro ânimo ao grupo, no entanto o atraso já era grande e duas derrotas na ponta final do campeonato, empurraram a equipa para um inédito 7º lugar, atrás de clubes como o Paços de Ferreira que fez uma época sensacional, mas também do Estoril e do Rio Ave.

Essas duas derrotas ficaram também marcadas pela polémica à volta da arbitragem, principalmente no "derby" da Luz que ficou para a história como o jogo do Capela, um árbitro que conseguiu não ver quatro possíveis penaltis a favor do Sporting, entre outras decisões tendenciosas, que empurraram o Benfica para a vitória, uma situação que se repetiu em Paços de Ferreira, naquele que poderia ser o jogo que colocaria o Sporting no 5º lugar, mas que acabou com mais uma derrota e outro penalti por assinalar.

No balanço final o Sporting terminou esta temporada com uma série de recordes negativos, logo a começar pela sua pior classificação de sempre que até aí tinha sido o 5º lugar, mas também com um inédito saldo de golos nulo, o menor número de vitórias, apenas 11, o maior número de derrotas (10), o menor número de pontos num campeonato com 16 clubes (42) e igualando a maior distância de sempre em relação ao Campeão, com uma diferença de 36 pontos para o FC Porto.

De positivo sobrou apenas o lançamento de uma serie de jovens prometedores, que beneficiaram do reaparecimento da Equipa B e aproveitaram a crise para se afirmarem na equipa principal, com natural destaque para Bruma, Tiago Ilori e Eric Dier que conquistaram a titularidade, sem esquecer Zezinho e Ricardo Esgaio, que também deram boas indicações.

To-mane 12h04min de 21 de Maio de 2013 (WEST)

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• Há 3 autogolos de Thomas Kortegaard (Horsens), Anderson Luís (Estoril), e Amoreirinha (Estoril)

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