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Dados de Godinho Lopes Godinholopes.jpg
Nome Luís Filipe Fernandes David Godinho Lopes
Nascimento 10 de Agosto de 1952
Naturalidade Beira - Moçambique
Posição Presidente

Nascido em Moçambique onde praticou natação e jogou futebol como defesa esquerdo, Godinho Lopes regressou a Portugal com a família em 1970, formando-se em engenharia civil no IST.

Em pleno PREC começou a trabalhar no Ministério do Trabalho, integrando a equipa do então subsecretário de Estado do Emprego, Daniel Amaral, e mais tarde fez parte do VI governo provisório, a convite do então secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, Serôdio Guimarães.

Posteriormente consolidou o seu percurso profissional de sucesso, sempre ligado à Construção Civil, quer como engenheiro, quer como empresário.

Entrou para a Direcção do Sporting Clube de Portugal em 12 de Fevereiro de 1999, como vice-presidente na área do património, numa altura em que a construção do Complexo Alvalade XXI e da Academia Sporting estavam em fase de projecto, que passou a liderar ocupando o lugar de Presidente da NEJA (sociedade Novo Estádio José Alvalade, SA).

Em 2003 demitiu-se das suas funções no Sporting, devido a problemas com a justiça relativos à sua vida profissional, dos quais seria mais tarde absolvido.

Em Fevereiro de 2011 apresentou a sua candidatura à Presidência do Sporting Clube de Portugal, sob o lema “Honrar é Ganhar”, aparecendo como o candidato da continuidade.

Partindo como o grande favorito, Godinho Lopes suportou a oposição de quatro candidatos que propunham uma rotura com o passado, e em 26 de Março de 2011 foi o vencedor das eleições mais disputadas da história do Clube, tomando-se assim no 41º Presidente do Sporting Clube de Portugal.

No entanto o facto de ter ganho com apenas com 36,5% dos votos, e com uma vantagem mínima sobre o candidato Bruno de Carvalho, que chegou a ser anunciado como o vencedor da noite, originou uma enorme polémica e grande contestação da parte de algumas centenas de sócios que estavam reunidos no Complexo Alvalade XXI e que impediram o tradicional discurso de vitória e a sua aclamação, que se viria a realizar à porta fechada no Auditório do Estádio.

Revelou logo no inicio da sua gerência, fortes preocupações no sentido de pacificar o Clube, uma missão nada fácil, depois das feridas resultantes das eleições de 2011, mas cumpriu algumas das suas promessas eleitorais, com destaque para a realização de uma auditoria externa às contas do Grupo Sporting, no período que ficou conhecido como "Projecto Roquete", e para a elaboração e aprovação de novos Estatutos, que introduziram importantes alterações, com destaque para o facto dos eleitos para o Conselho Fiscal passarem a ser apurados segundo o método de Hondt, e para a descentralização do voto, a introdução do voto electrónico e por correspondência, a criação de novas categorias de sócios, o alargamento do direito de voto a todos os sócios e a alteração do número de votos de cada sócio consoante a sua antiguidade.

Para além disso foi elaborado um Regulamento Eleitoral, foram aprovadas em Assembleia Geral realizada para o efeito, algumas medidas no sentido de reestruturar o Grupo Sporting para tornar a SAD mais atractiva a investidores exteriores, considerados essenciais à sobrevivência do Grupo, foi construida a ansiada Sala de Convívio para os Sócios, foram dados os primeiros passos para a construção de um Pavilhão e foi constituída a Sporting COM que tinha como objectivo centralizar a gestão da política de comunicação do Clube, englobando o jornal, o site e restantes ferramentas digitais e um futuro canal de televisão, cujo arranque foi anunciado para meados de 2013.

Foi também assinado um protocolo com a Câmara Municipal de Odivelas, que envolvia a cedência ao Sporting do Pavilhão Multiusos local, para prática de diversas modalidades desportivas, particularmente o Andebol e o Futsal.

Estes esforços valeram-lhe a atribuição do Prémio Stromp na categoria Dirigente, no ano de 2011, mas a sua gerência sofreu vários sobressaltos internos, primeiro com a demissão do Vice-presidente Carlos Barbosa e depois com o "caso Pereira Cristóvão".

O pior foram os resultados do Futebol que levaram à substituição do treinador Domingos Paciência por Sá Pinto, que inicialmente ainda conseguiu melhorar as prestações da equipa, levando-a às meias finais da Liga Europa, mas depois da derrota com a Académica na Final da Taça de Portugal, foi o descalabro total, que originou em primeiro lugar o despedimento do treinador, seguindo-se a saída do Administrador da SAD Luís Duque e do seu braço direito Carlos Freitas, tendo então Godinho Lopes afirmado que iria ele mesmo assumir a pasta do Futebol.

Depois de quase um mês com um treinador interino, Godinho Lopes contratou o técnico belga Frank Vercauteren, anunciando também uma inversão na política da SAD, que deveria passar por uma maior aposta nos jogadores da formação, mas os resultados continuaram a piorar, pelo que Godinho Lopes resolveu contratar Jesualdo Ferreira para desempenhar as funções de "Manager", ou treinador dos treinadores como lhe chamou na altura, no entanto logo ali se percebeu que os dias do técnico belga no Sporting estavam contados, o que se confirmou no inicio do ano de 2013, quando o Sporting ocupava o 12º lugar no Campeonato, apenas 1 ponto acima da linha de despromoção, e já tinha sido eliminado de todas as outras competições, tendo então Godinho Lopes resolvido despedir Frank Vercauteren e entregar o comando da equipa a Jesualdo Ferreira.

Nessa altura em que o Clube atravessava uma grave crise institucional, com um grupo de sócios a requerer a realização de uma Assembleia Geral extraordinária para destituir o Conselho Directivo presidido por Godinho Lopes, que alegando estar em curso uma importante renegociação da dívida com a banca e a recuperação da equipa de Futebol, resistia a todas as pressões para que apresentasse a sua demissão, até estas se tornarem insuportáveis e perante o avanço irredutível para a Assembleia Geral de destituição, no dia 4 de Fevereiro de 2013 os Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal reuniram-se em plenário e renunciaram aos seus mandatos, com efeitos a partir do dia 6, provocando assim eleições antecipadas, que foram marcadas para o dia 23 de Março de 2013.

Na ponta final da sua gerência, quando já estava naquilo que habitualmente se chama de "gestão corrente", Godinho Lopes manteve acesa polémica com o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Eduardo Barroso e tomou algumas decisões controversas, como a venda do ponta de lança holandês Van Wolfswinkel, acabando por ser atacado pelos três candidatos à sua sucessão, que o acusaram de gestão danosa e irresponsável, que resultara num substancial aumento do passivo do Clube e da SAD, em paralelo com os piores resultados de sempre no Futebol, o que fez com que fosse considerado por muitos sportinguistas como o pior Presidente da história do Clube.

Em 2015 na sequência da Auditoria de Gestão ao Sporting que estava em curso, um conjunto de 76 sócios solicitou a abertura de processos disciplinares contra alguns associados, visando a sua expulsão do Clube. Assim em Junho desse ano o Conselho Fiscal anunciou em Assembleia Geral a aplicação a Godinho Lopes, por seis votos a favor e uma abstenção, da sanção disciplinar de expulsão, considerando a prática de infracções disciplinares muito graves para a imagem e património do Clube.


To-mane 17h47min de 27 de Março de 2011 (WEST)