Diferenças entre edições de "2024/25"

Edição atual desde as 12h23min de 30 de agosto de 2025

Bicampeões com a 7ª "dobradinha"

Depois da conquista do Campeonato Nacional da temporada anterior, o grande objetivo para a nova temporada era o bi, algo que o Sporting não conseguia há mais de 70 anos. Assim a palavra de ordem foi preservar os jogadores mais importantes do plantel Campeão, pelo que apenas há a registar as saídas de veteranos como Luís Neto que já jogava pouco, António Adán que depois de uma lesão perdera o lugar para Franco Israel e Sebastián Coates que foi cumprir o sonho de terminar a sua carreira no Nacional de Montevideu. A venda de Paulinho para o México foi uma oportunidade irrecusável para o jogador e que permitiu equilibrar as contas, tal como aconteceu com o jovem Mateus Fernandes, vendido ao Southampton de Inglaterra perto do fecho do mercado.

Em termos de contratações manteve-se a política de comprar pouco e assim registaram-se as entradas do guarda redes bósnio Vladan Kovacevic, do central belga Zeno Debast, do internacional uruguaio Maxi Araújo e do jovem ponta de lança dinamarquês Conrad Harder, isto depois de falhada a contratação do avançado grego Fotis Ioannidis. Para além disso a linha de produção de Alcochete continuou a dar frutos, com destaque para Geovany Quenda, um miúdo de 17 anos que convenceu Ruben Amorim a dar-lhe um lugar na ala direita.

A época começou com uma dolorosa derrota na Supertaça, num jogo em que o Sporting esteve a ganhar por 3-0 e em que poderia ter goleado, mas que acabou por perder por 3-4, após prolongamento.

Este percalço não impediu a equipa de arrancar para um grande início de temporada, com um futebol verdadeiramente demolidor, até que no final de Outubro o Manchester United pagou a clausula de rescisão de Rúben Amorim, que ainda ficou até à paragem para as seleções que se aproximava, altura em que deixou o Sporting isolado na frente do Campeonato com 11 vitórias em 11 jornadas e praticamente apurado para os play offs da Liga dos Campeões.

João Pereira foi o eleito para uma sucessão que se queria tranquila numa lógica de não se mexer muito naquilo que estava a funcionar quase na perfeição, mas o plantel sentiu muito a partida de um líder incontestado e adorado por todos e a equipa não encaixou num treinador que não estava preparado para uma missão que não seria fácil para ninguém. A derrota em Alvalade com o Santa Clara, num jogo marcado por uma polémica arbitragem, deu início a um período negro em que o Sporting perdeu 8 pontos em apenas 4 jogos do Campeonato e sofreu duas derrotas na Liga dos Campeões, pelo que uma nova mudança de treinador se tornou inevitável.

Rui Borges foi o senhor que se seguiu. Entrou com uma importante vitória sobre o Benfica reassumindo ali a liderança do campeonato que tinha sido perdida na jornada anterior, ao mesmo tempo que resolveu abandonar o 3x4x3 no qual a equipa estava rotinada, para avançar com as suas ideias assentes no 4x4x2, o que naturalmente causou algumas oscilações pois não havia muito tempo para trabalhar.

O mercado de inverno abriu no meio de uma onda de lesões que chegaram a ser onze ao mesmo tempo, algumas graves como as de Nuno Santos e Daniel Bragança, sem esquecer a de Pedro Gonçalves que demorou mais do que era expectável, fragilizando principalmente o meio campo e obrigando o treinador a recorrer aos miúdos da Equipa B. Nessa altura o Sporting falhou na contratação de um lateral direito que o treinador tinha pedido e na substituição de Marcus Edwards pelo brasileiro Biel, que não acrescentou nada à equipa. Valeu a contratação de Rui Silva que de imediato assumiu a titularidade da baliza leonina, revelando-se um reforço importante para o resto da época.

Foi também em Janeiro que se disputou a final a quatro da Taça da Liga em que o Sporting ganhou ao FC Porto, para depois perder nos penáltis a Final frente ao Benfica.

Em Fevereiro o Sporting foi eliminado da Liga dos Campeões pelo Borussia de Dortmund, num período onde teve três empates seguidos no Campeonato, um dos quais no Dragão, outra vez no meio de uma arbitragem polémica de João Pinheiro e foi nessa altura que Rui Borges reconheceu que a equipa se sentia mais confortável no 3x4x3 de Amorim e deu um passo a atrás que valeu muitos à frente, numa corrida ombro a ombro com o Benfica.

Na 28ª jornada o Sporting empatou em casa com o Sp. Braga, enquanto o Benfica ganhou por 4-1 no Dragão isolando-se no comando. Tudo parecia estar complicado mas na ronda seguinte o Arouca foi empatar à Luz e os dois rivais voltaram a ficar igualados na frente, pelo que a decisão deste Campeonato ficou marcada para o "derby" da penúltima jornada, onde atendendo ao resultado da 1ª volta o empate dava para o Sporting.

Antes, ainda houve um momento determinante quando um golaço de Eduardo Quaresma nos últimos instantes de um complicado jogo com o Gil Vicente, segurou a vantagem do Sporting no confronto direto com o Benfica, pelo que o empate que se verificou no "derby" da semana seguinte manteve o Sporting na frente, apesar de mais uma arbitragem polémica de João Pinheiro.

A festa fez-se em Alvalade com uma vitória por 2-0 frente ao Guimarães, que somada a um empate do Benfica em Braga, garantiu ao Sporting a conquista do seu 25º título de Campeão Nacional de Futebol, que era também um Bicampeonato que já não acontecia há mais de 70 anos.

Viktor Gyökeres com 39 golos marcados foi o goleador do Campeonato, onde o Sporting apesar de todas as dificuldades que atravessou nesta época, foi a equipa com mais golos marcados, menos golos sofridos, mais vitórias, menos derrotas e claro mais pontos conquistados.

Na Taça de Portugal o Sporting chegou à Final depois de eliminar sucessivamente o Portimonense, o Amarante, o Santa Clara, o Gil Vicente e o Rio Ave, para enfrentar mais uma vez o Benfica no decisivo confronto do Jamor, onde os Leões consumaram a conquista da sua 7ª "dobradinha" com uma vitória por 3-1 após prolongamento.

Terminava assim em beleza uma das temporadas mais épicas da história do futebol leonino.

To-mane (discussão) 16h16min de 29 de maio de 2025 (WEST)

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Plantel

• Há 2 autogolos de Lucas Áfrico (Farense) na 3ª jornada do Campeonato e de Aderllan Santos (Rio Ave) na 18ª jornada do Campeonato

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Ver também

• 4-1 aos Tetracampeões de Inglaterra
• Um Bicampeonato que já não acontecia há mais de 70 anos
• A 7ª "dobradinha"