A festa de Trincão na Luz
Gyokeres a caminho do golo da confirmação
O Campeonato Nacional da época 2024/25 foi disputado até ao fim entre Sporting e Benfica, numa época em que os Leões começaram por ser arrasadores ganhando os primeiros 11 jogos, para depois passarem por um mau bocado na sequência da "traição" de Ruben Amorim, cuja substituição por João Pereira correu mal resultando na perda de 8 pontos em 4 jogos, o que obrigou à contratação de um terceiro treinador, que apesar de alguma natural turbulência conseguiu recolocar a equipa na corrida pelo tão desejado Bicampeonato.
Os dois velhos rivais chegaram à ponta final do Campeonato igualados em pontos, mas com vantagem para o Sporting que ganhara o "derby" da 1ª volta, na estreia de Rui Borges no comando da equipa, pelo que o Benfica-Sporting da penúltima jornada era decisivo e continuou a sê-lo depois daquele momento determinante em que Eduardo Quaresma garantiu uma vitória do Sporting com um golaço marcado nos últimos instantes de um complicado jogo com o Gil Vicente, segurando a vantagem dos Leões no confronto direto com o Benfica em vésperas do jogo do título.
O "derby" da Luz disputou-se no dia 10 de Maio de 2025 tendo vários cenários possíveis, pois uma vitória do Sporting, ou uma vitória do Benfica por mais de um golo, resolveriam definitivamente a contenda, mas um empate, ou uma vitória do Benfica pela margem mínima, deixavam tudo em aberto até à última jornada, no primeiro caso com vantagem para o Sporting, que só precisaria de ganhar em Alvalade ao Vitória de Guimarães, enquanto na outra situação o Benfica apenas ficava a necessitar de um empate em Braga.
O jogo começou com um golo de Francisco Trincão logo a abrir, o que intranquilizou o Benfica e serenou o Sporting, valendo então aos encarnados a falta de coragem de João Pinheiro e do VAR, que deveriam ter expulso Otamandi depois do argentino ter derrubado Pedro Gonçalves quando este caminhava isolado para a baliza de Trubin. Antes do intervalo ainda houve tempo para o mesmo Otamendi reclamar um penálti por um empurrão de Zeno Debast e para o árbitro anular de forma muito discutível um golo a Pedro Gonçalves.
Na 2ª parte o Benfica reagiu obrigando o Sporting a recuar na defesa do resultado, mas nem o golo do empate resultante de um raro momento de inspiração de Pavlidis, foi suficiente para derrubar os Leões, que se defenderam bem sob o comando de Morten Hjulmand, de tal forma que à exceção de um remate ao poste de Pavlidis que tudo poderia ter mudado, Rui Silva não teve trabalho de monta, faltando apenas ao Sporting sair com critério para o contra ataque, o que poderia ter acontecido algumas vezes, principalmente na ponta final do jogo, depois de Rui Borges ter feito substituições que resultaram bem melhor do que as alterações introduzidas por Bruno Lage.
Com este empate o Sporting continuou a depender apenas de si próprio e foi em clima de festa que os Leões receberam o Vitória de Guimarães na última jornada do Campeonato, num jogo em que apesar da natural tensão própria de um momento decisivo e histórico, a equipa obteve uma vitória sem espinhas que começou a ser desenhada com mais um grande golo de Pedro Gonçalves, para depois ser selada já perto do fim pelo inevitável Viktor Gyökeres, sem que os vimaranenses tenham tido quaisquer hipóteses de reação.
Estava assim consumada a conquista do 25º título de Campeão Nacional de Futebol do Sporting Clube de Portugal, que era também um Bicampeonato, o que já não acontecia desde 1952.
To-mane (discussão) 17h48min de 23 de maio de 2025 (WEST)