Diferenças entre edições de "1953/54"

Revisão das 12h18min de 17 de outubro de 2017

Tetra Campeões

A nível interno o Sporting dominava a seu bel-prazer, mas o futebol português continuava a atrasar-se em relação ao que se fazia lá fora, principalmente agora que a paz tinha voltado ao mundo. Assim a Direção concluiu que seria necessário ter reservas com um nível próximo dos titulares, mas por outro lado o preço das transferências em Portugal atingira valores incomportáveis, principalmente atendendo ao facto do Sporting estar empenhado no projeto do novo Estádio.

A aposta num trabalho mais profundo na área da formação, ou na contratação de jogadores estrangeiros eram assuntos na ordem do dia, mas mesmo assim o Sporting conseguiu algumas aquisições com destaque para Hugo um jovem extremo de Vendas Novas que já estava a treinar no Clube desde a temporada passada e Galaz que veio do Vitória de Setúbal como a contratação mais cara da época. Para alem disso chegaram outros jogadores como Pompeu, Cachopo, Pinto e Durand, enquanto Couceiro regressou do Luso do Barreiro e Lourenço chegou do Vitória de Guimarães por troca com Rola.

A nível de saídas Décio e Gervásio foram dispensados, enquanto o veterano Veríssimo era mais um histórico a chegar ao fim da linha.

Álvaro Cardoso passou a ter uma maior intervenção no que diz respeito aos treinos, enquanto o Mestre Joseph Szabo trouxe Hrotko e Fabian, dois experientes internacionais húngaros, para ajudar não só como treinadores assistentes mas também como jogadores.

Nas primeiras dez jornadas do campeonato o Sporting perdeu três vezes e empatou uma. Em 22 de Dezembro de 1953 Álvaro Cardoso demitiu-se e foi substituído por Tavares da Silva que já tinha sido Selecionador Nacional, que veio trabalhar com o velho "Mestre" Joseph Szabo, que assim voltava para encerrar o ciclo vitorioso, para o qual tinha contribuído, lançando as primeiras sementes e para ganhar novamente, conseguindo a 3ª dobradinha do Clube e o 1º tetra campeonato da história do futebol português.

Daí até ao final do Campeonato Nacional, foram 14 vitórias e 2 empates, que levaram o Sporting ao seu 9º título nesta prova, que na ocasião concluiu com 43 pontos, que correspondiam a 20 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 80 golos marcados e 25 sofridos.

João Martins com 31 golos marcados foi o melhor marcador do Campeonato, numa época em que sofreu um acidente que poderia ter sido grave, quando viajava com Vasques no descapotável deste, cuja capota se soltou batendo-lhe na cabeça e deixando-o sem sentidos. Felizmente foi só um susto.

Para ganhar a sua 5ª Taça de Portugal, o Sporting teve de ultrapassar todos os seus grandes rivais da época. Primeiro o Benfica com necessidade de um terceiro jogo para desempate, ganho por 4-2. Idêntico resultado foi conseguido nas Antas depois dum empate a zero no jogo de Lisboa. Nas meias-finais uma derrota de 4-2 com o Belenenses, foi anulada com uma goleada de 6-0, e assim se chegou à Final onde o Vitória de Setúbal vendeu cara a derrota por 3-2, com dois golos de Mendonça e um de Vasques.

Já sem Jesus Correia, Veríssimo e Octávio Barrosa, e com Albano na fase final da sua carreira, fechava-se assim com chave de ouro o melhor período da história do futebol do Sporting, pois o que restava dos Cinco Violinos e da sua guarda de honra, estava a dar as últimas, e a renovação da equipa era uma tarefa hercúlea, que se revelaria como uma missão quase impossível, apesar de nessa época terem sido contratados os jovens Hugo, Galaz e Lourenço, e os experientes internacionais Hrotko e Fabian.

A época terminou com uma longa digressão a África com paragens em Moçambique, Angola e África do Sul.

To-mane 12h04min de 20 de Agosto de 2008 (UTC)

Figuras

Secção do Futebol

Plantel

• Há 3 autogolos

Jogos

Campeonato Nacional

Classificação

Pontuação: 2 pontos por vitória, 1 por empate, 0 por derrota

Taça de Portugal

Outros Jogos

Outros links de interesse

• Portal Sporting Memória: Fotos de Equipas// Fotos de Jogos