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| Depois foi treinador do União de Lisboa, e mais tarde em Luanda, para além de ter sido Seleccionador Nacional de Juniores, tendo desempenhado também cargos directivos na Comissão Central de Árbitros e na Associação de Futebol de Lisboa. | | Depois foi treinador do União de Lisboa, e mais tarde em Luanda, para além de ter sido Seleccionador Nacional de Juniores, tendo desempenhado também cargos directivos na Comissão Central de Árbitros e na Associação de Futebol de Lisboa. |
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Revisão das 17h59min de 5 de agosto de 2017
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Dados de Jorge Vieira |
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Nome |
Jorge Gomes Vieira
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Nascimento |
23 de Fevereiro de 1898
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Naturalidade |
Lisboa - Portugal
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Posição |
Defesa
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Jorge Vieira foi a figura de maior prestigio do futebol português no seu tempo, respeitado por todos não só como desportista de eleição, mas também como um verdadeiro cavalheiro, tornando-se num dos grandes símbolos do Sporting, Clube onde jogou durante mais de vinte anos e onde mais tarde desempenhou funções de dirigente, tendo integrado uma Direcção e um Conselho Fiscal como suplente.
Desde muito jovem que foi adepto do Sporting e consta que assistiu ao primeiro "derby" de Lisboa, a 1 de Dezembro de 1907, tendo para isso ido a pé do Dafundo até Carcavelos, onde a partida se disputou no Campo da Quinta Nova.
Foi admitido como sócio do Sporting em 1910, e no dia 29 de Outubro do ano seguinte fez o seu primeiro jogo pelo Clube, actuando como defesa esquerdo na 3ª categoria, e foi nessa posição que se notabilizou, graças ao seu grande sentido posicional, à sua rapidez no desarme e ao seu invulgar jogo de cabeça, que aliava a uma impressionante constituição física. Ao longo de toda a sua carreira só jogou uma vez como médio esquerdo e numa ou noutra situação foi chamado a actuar no lado direito da defesa, de resto foi sempre defesa esquerdo, e era o melhor de todos.
Estreou-se na categoria de honra com apenas 16 anos, no dia 17 de Janeiro de 1915 num jogo a contar para o Campeonato de Lisboa, em que o Sporting perdeu por 3-0 com o Benfica, sendo chamado na altura para substituir um engenheiro inglês que partira para a Guerra.
No entanto só a partir de Março é que se fixou definitivamente na 1ª categoria do Sporting, para nunca mais sair da equipa até ao final da sua carreira, tornando-se numa figura mítica da história do Sporting Clube de Portugal, chegando a Capitão da equipa, cargo que herdou de Francisco Stromp, isto para além de ter desempenhado as funções de Capitão Geral.
Fez cerca de duzentos jogos oficiais ao serviço da equipa principal do Sporting, aos quais há a juntar 28 pela 3ª categoria e 6 pela 2ª, sagrando-se seis vezes Campeão de Lisboa e integrando as equipas míticas que conquistaram o primeiro Campeonato de Lisboa da história do Clube e o Campeonato de Portugal da época de 1922/23.
Em 1928 levantou a questão do profissionalismo, numa altura em que o amadorismo já era uma farsa, mas encontrou fortes resistências da parte dos dirigentes leoninos e, assim resolveu abandonar o futebol no inicio da época de 1928/29, num processo que ficou conhecido como a Questão Jorge Vieira, uma polémica que resultaria na demissão da Direcção presidida por Joaquim Oliveira Duarte.
Nessa altura esteve para abandonar o Futebol, no entanto não resistiu aos apelos do coração e voltou para ajudar a equipa que estava em dificuldades, tendo jogado ainda mais três temporadas, até pendurar as botas em 1932, já com 34 anos de idade.
Em 18 de Dezembro de 1921 fez parte, juntamente com João Francisco, da primeira Selecção Nacional de Futebol, ao serviço da qual realizou 17 jogos, 15 dos quais como Capitão da equipa, função que também desempenhou nos Jogos Olímpicos de 1928 em Amesterdão, ficando conhecido como o "Capitão perfeito", pela sua forte personalidade e cavalheirismo. Para além disso representou a Selecção de Lisboa 30 vezes.
Foi também em 1921, numa altura em que era habitual os grandes jogadores serem convidados para arbitrarem jogos importantes, foi escolhido para apitar um Espanha-Bélgica realizado em Bilbau, tornando-se assim no primeiro árbitro português a ser internacional. A sua actuação foi enaltecida por todos e no ano seguinte foi agraciado pelo Rei de Espanha com a Cruz de Prata da Ordem de Mérito daquele País. De resto era conhecida a admiração de Afonso XIII por Jorge Veira, tendo chegado ao ponto de uma vez perguntar se ele não iria jogar num Madrid-Lisboa.
Em 1931 Jorge Vieira recebeu a Medalha de Mérito e Dedicação, condecoração atribuída por altura das comemorações das Bodas de Prata do Sporting Clube de Portugal, quando a equipa da 1ª categoria disputou um jogo com um misto de jogadores do Barreiro e do Belenenses, que na ocasião foi anunciado como sendo o da despedida daquele grande jogador, que no entanto acabou por actuar mais uma temporada.
Depois foi treinador do União de Lisboa, e mais tarde em Luanda, para além de ter sido Seleccionador Nacional de Juniores, tendo desempenhado também cargos directivos na Comissão Central de Árbitros e na Associação de Futebol de Lisboa.
Fez parte do Agrupamento Leonino e do primeiro Conselho Geral.
Foi escolhido dentre um grupo de nomes prestigiados para patrono do Grupo “Os Cinquentenários”.
Em 1973 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.
Em 1979 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Desportivo pela D.G.D.
Em 1981 foi-lhe concedida pelo Presidente da República a Medalha da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 1982 recebeu da UEFA o Diploma de Fair-Play.
Em 1985 tornou-se no primeiro sócio a receber o emblema de 75 anos de filiação no Sporting Clube de Portugal.
Faleceu a 6 de Agosto de 1986 quando era o Sócio n.º 1 do Sporting Clube de Portugal, e foi nessa condição que exibiu o estandarte do Clube, no desfile do festival realizado no Estádio José Alvalade em 1981, nas comemorações do 75º aniversário do Clube.
To-mane 19h16min de 25 de Abril de 2009 (WEST)
Ver também