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Regresso em grande do Tiro à Bala

O Tiro era praticado no Sporting Clube de Portugal de forma organizada desde 1928, através da secção de Tiro à Bala. Em 1963 foi criada no Sporting uma secção de Tiro a Chumbo, a qual funcionou de forma administrativa e desportiva independentemente da secção de Tiro à Bala, e que acabou em 1968.

A secção de Tiro à Bala do Sporting passou a ser dirigida por Rui Romão Ramalho. A secção dispunha tinha uma carreira de tiro a 50 m no Estádio José Alvalade, e outra a 12 m com várias linhas de tiro. A modalidade não tinha defeso e a época ia de janeiro a dezembro. OS atiradores eram amadores e pagavam do próprio bolso as munições com que competiam.

A crise na Federação Portuguesa de Tiro do ano anterior, que tinha levado o Sporting a abandonar quase toda a atividade, tinha sido finalmente resolvida. Com isso, o Sporting voltou a brilhar na modalidade, em particular em carabina. Em tiro com arma de guerra a situação foi menos brilhante, porque a carreira de tiro da Serra da Carregueira, normalmente usada pelo Clube, tinha-se transformado num centro de instrução para as forças armadas.

O Sporting retomou a atividade, organizando na sua carreira de tiro uma prova de abertura com carabina de pressão de ar entre 18 de março e 10 de abril.

Os Campeonatos Regionais de armas de pequeno calibre tiveram lugar de 3 a 8 de maio nas carreiras de tiro do Estádio Nacional e do Sporting. Rui Carvalho venceu em carabina standard, com Armando Nunes Henriques a ficar em 4º e João Carvalho Naia em 5º, o que garantiu a vitória do Sporting por equipas. Em carabina posição deitado o melhor atirador leonino foi Manuel Delfim Guerreiro, em 2º lugar, seguido de Rui Romão Ramalho em 5º, Nunes Henriques em 6º, Fernando Edgar do Carmo em 7º e Álvaro Carvalho em 10º, o que valeu ao Sporting a 1ª posição coletiva. Na posição de joelhos, Nunes Henriques venceu, com Carmo em 3º, Delfim Guerreiro em 4º, Romão Ramalho em 5º e Mário Ribeiro em 6º a garantirem a vitória coletiva. Na posição em pé, o Sporting colocou 3 atiradores no pódio: Edgar Carmo, Nunes Henriques e Romão Ramalho, com Mário Ribeiro em 5º e Delfim Guerreiro em 6º, traduzindo-se mais uma vez numa vitória da equipa leonina. Nas 3 posições Nunes Henriques venceu, Edgar Carmo ficou em 2º, Romão Ramalho em 4º, Mário Ribeiro em 5º e Manuel Guerreiro em 6º e o Sporting venceu por equipas. Em pistola livre (2ª classe), José Rodrigues Lacerda sagrou-se campeão. Em carabina de ar comprimido Nunes Henriques ficou em 2º, mas o Sporting ganhou em equipas. Em resumo, em 7 provas o Sporting venceu 6 por equipas e 5 individuais.

O Sporting também dominou o Concurso de Tiro de Lisboa, prova realizada em maio na Carreira de Tiro do Estádio Nacional, em que estavam integrados os Campeonatos Nacionais de Tiro à Bala. No XXVI Campeonato de Portugal de carabina livre a 25 metros, Rui Romão Ramalho venceu o Campeonato de Portugal de carabina livre deitado, com Manuel Guerreiro em 5º, Armando Nunes Henriques em 7º e Mário Ribeiro em 8º, ficando o Sporting à frente por equipas. Em carabina livre de joelhos, Fernando Carmo venceu, com Armando Nunes Henriques em 5º e Romão Ramalho em 6º, o suficiente também para a vitória leonina por equipas. Em carabina livre de pé o Sporting também venceu, com Fernando Carmo em 1º, Romão Ramalho em 3º e Armando Nunes Henriques em 4º. Em carabina standard, o primeiro Campeonato de Portugal desta especialidade organizado pela Federação Portuguesa de Tiro, organizado apenas na modalidade deitado, o Sporting conseguiu vencer por equipas apesar de o seu melhor atirador, Armando Nunes Henriques, ter ficado apenas em 3º, com Romão Ramalho em 4º e Fernando Carmo em 5º. Em carabina de ar comprimido Romão Ramalho foi campeão, tal como o Sporting por equipas, com Armando Nunes Henriques em 2º, Orlando Quaresma em 4º, José Luís Lacerda em 5º, Raul Menendez em 5º, João Carvalho Naia em 7º e Mário Ribeiro em 9º. Rui Romão Ramalho sagrou-se Mestre Atirador com carabina de ar comprimido, e Mário Ribeiro também conquistou essa categoria por ter atingido também o nível mínimo para essa categoria. Armando Nunes Henriques sagrou-se Mestre Atirador com carabina de ar livre deitado, tal como Romão Ramalho. Também inserido no Concurso, o Sporting venceu a Prova Galvão Teles, com Armando Nunes Henriques a vencer individualmente. No total, o Sporting não venceu apenas as provas Almirante Américo Tomaz, e Taça Cidade do Porto.

O XXVI Concurso de Tiro de Lisboa disputou-se em novembro. Nesta prova estavam integrados os Campeonatos Nacionais de espingarda de guerra a 100, 200 e 300 metros e de pistola o revólver de grosso calibre a 25 metros. Os atiradores leoninos voltaram a brilhas nas provas de carabina, as quais não atribuíam títulos nacionais; Manuel Guerreiro venceu em carabina livre deitado, e Fernando Carmo em carabina standard.

Armando Nunes Henriques, Fernando Carmo e Rui Romão Ramalho foram atiradores internacionais.

Em dezembro na carreira de tiro do Estádio Nacional, Armando Nunes Henriques bateu o recorde nacional em carabina livre a 50 metros em 60 tiros deitado, com 594 pontos.

Figuras

Secção

Capitão Secretários Conselho Técnico Diretor
Tiro à Bala
Rui Romão Ramalho João Carvalho Naia
José Mascarenhas Falcão

Atiradores

Atirador Atirador Atirador
Tiro à Bala
José Lacerda Mário Ribeiro Orlando Quaresma
Manuel Delfim Guerreiro Armando Nunes Henriques Fernando Edgar do Carmo
Rui Romão Ramalho João Carvalho Naia Orlando Quaresma
Raul Menendez

Troféus conquistados

Tiro à Bala

Nacional por equipas

Regional por equipas

Nacional individual

Regional individual

Outras provas


Links

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