Skip to main content
Gerência anterior:
A Gerência 2011-2013
Gerência seguinte:
A Gerência 2017-2018

No dia 23 de Março de 2011 foi eleita uma nova Direcção, que tomou posse no dia 27, tendo a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Bruno Miguel Azevedo Gaspar de Carvalho
Vice-Presidente Expansão e Núcleos Artur Torres Pereira
Vice-Presidente Área Financeira Carlos Vieira
Vice-Presidente Modalidades José Vicente Moura
Vice-Presidente Património Vítor Ferreira Até 04-04-2015
Vice-Presidente Comunicação, Marca e Reputação António Rebelo
Vogal Expansão e Núcleos Bruno Mascarenhas
Vogal Área Financeira Luís Roque
Vogal Modalidades Rui Caeiro
Vogal Património Alexandre Godinho
Vogal Comunicação, Marca e Reputação José Quintela
Suplente Rita Matos
Suplente Luís Gestas
Suplente Jorge Sanches
Suplente Luís Loureiro
O Pavilhão João Rocha em Janeiro de 2017
O logótipo da Sporting TV
A Gala Honoris Sporting
A camisola 12
Bruno de Carvalho e Jorge Jesus

A Direcção de Bruno de Carvalho herdou o Clube numa situação muito complicada, não só em termos financeiros, mas também em termos desportivos, principalmente no que diz respeito ao Futebol.

Os primeiros passos foram no sentido de aprovar a reestruturação financeira proposta, o que obrigou a duras negociações com a banca, que acabaram por ter um desfecho positivo, mas não sem que antes o novo Presidente do Sporting Clube de Portugal tivesse de vir a público denunciar alguma má vontade da parte daqueles que tinham facilitado a vida às anteriores Direcções, mas que agora pareciam dispostos a dificultar o trabalho a um Conselho Directivo que tinha acabado de ser eleito.

Seguiram-se várias medidas dolorosas, como um despedimento colectivo e o emagrecimento dos orçamentos em todas as secções, sob o lema de fazer mais com menos, ao mesmo tempo que apesar de uma ligeira recuperação a equipa de Futebol não conseguia evitar a sua pior classificação de sempre, terminando o campeonato num modesto 7º lugar, que deixava o Clube fora das competições europeias, numa altura em que o Sporting era alvo de um processo de averiguações por parte da UEFA, relativamente ao incumprimento das regras do fair play financeiro.

Terminada a época desportiva, esta gerência com um cariz marcadamente presidencialista, onde a figura de Bruno de Carvalho foi omnipresente, pôde finalmente entrar no rumo que tinha traçado, conseguindo notáveis transformações, ao apresentar resultados financeiros positivos nos exercícios que se seguiram, quer na SAD, quer no Clube, reduzindo significativamente o passivo, ao mesmo tempo que aumentava os proveitos, sendo de destacar nesta matéria as vendas dos futebolistas Islam Slimani e João Mário por valores recorde, o contrato de direitos televisivos e publicidade com a NOS e as receitas de bilheteira, resultantes do facto do estádio ter passado a ter uma taxa de ocupação geralmente superior a 40 mil espetadores.

Simultaneamente foram desencadeadas várias batalhas na defesa intransigente dos interesses do Sporting, que tiveram como alvos preferenciais o FC Porto e o Benfica e os seus presidentes, enquanto ícones do famoso "sistema" que minava o futebol português, alguns empresários de jogadores e o Doyen Sports Investments Limited, um fundo que detinha percentagens de alguns futebolistas do Sporting, ao mesmo tempo que eram apresentadas propostas que visavam a melhoria do Futebol no seu geral, que passavam pela regulamentação de todas as áreas da actividade e pela introdução dos meios audiovisuais na arbitragem. Nesse âmbito o Sporting organizou em Dezembro de 2014 e em Abril de 2016 as primeiras edições do Congresso Internacional “The Future of Football”, trazendo para a ordem dia temas como as novas tecnologias na arbitragem ou a extinção da ingerência dos fundos no futebol.

Nesta gerência foram dados os primeiros passos para a concretização do sonho da construção do Pavilhão João Rocha, que estava quase pronto quando o mandato desta Direcção terminou, um objectivo que foi atingido com a colaboração de milhares de sportinguistas que participaram na Missão Pavilhão que serviu para angariar fundos para a sua concretização. Em Julho de 2014 a Sporting TV foi para o ar, ao mesmo tempo que se procedia à remodelação e dinamização do site oficial do Clube, do Jornal Sporting e do Museu Mundo Sporting e era criada uma Gala anual onde passaram a ser atribuídos os prémios Leões Honoris Sporting.

Foi concretizada a promessa de fazer uma auditoria de gestão ao período que ficou conhecido como Projecto Roquete e que teve como consequência a decisão de interpor acções judiciais contra Godinho Lopes, Nobre Guedes, Luís Duque e Carlos Freitas.

O número de sócios cresceu substancialmente atingindo os 150 mil, sendo estes números resultantes da aproximação aos adeptos promovida pela Direcção com a criação de iniciativas como regressonumminuto.pt e socionumminuto.pt ou do cartão pré-pago, bem como criando vários escalões de quotas adaptados às diferentes possibilidades e desejos dos sócios, ou a atribuição da camisola 12 como exclusiva para os adeptos e principalmente pela enorme popularidade do Presidente, que uniu o povo sportinguista, tendo como exemplo emblemático a proeza de conseguir juntar as claques do Sporting na curva sul do Estádio José Alvalade.

Esta progressão permitiu um sucessivo crescimento do investimento, particularmente na equipa de Futebol, principalmente com a contratação do treinador Jorge Jesus, o que não foi suficiente para a concretização do grande objectivo que era voltar a ganhar o Campeonato Nacional, embora a equipa se tenha aproximado dos rivais, classificando-se por duas vezes no 2º lugar e vencendo uma Taça de Portugal, numa época que ficou marcada pelo mau relacionamento entre o Presidente Bruno de Carvalho e o treinador Marco Silva e uma Supertaça já sob o comando de Jorge Jesus, que depois de ter feito uma boa temporada, teve uma época que correu francamente mal, o que deu aso aos primeiros focos de contestação à gerência do Presidente e do seu treinador, numa altura em que se aproximavam as eleições, potenciando o aparecimento de uma candidatura de oposição.

Ainda no Futebol foram recuperadas percentagens de passes de inúmeros jogadores que estavam na posse de diversos fundos e empresários, ao mesmo tempo que se iam renovando os contratos com os jovens mais prometedores da Academia Sporting e se continuava a investir na criação de Escolas Academia Sporting no estrangeiro.

Apesar de todos os constrangimentos e dificuldades, os resultados desportivos nas restantes modalidades não deixaram de ser positivos. O Futsal continuou a dominar o panorama nacional, conquistando três Campeonatos, duas Taças de Portugal, duas Supertaças e uma Taça da Liga. No Atletismo agora sob o comando de Carlos Lopes, o domínio no sector feminino continuou a ser total, havendo a destacar a vitória no Campeonato Nacional de Corta Mato de 2014, 40 anos depois do último título conquistado nesta especialidade, e o primeiro Campeonato Nacional de Estrada da história do Clube, ganho em 2017, e principalmente o espetacular triunfo na Taça dos Campeões Europeus de Atletismo de 2016. O sector masculino foi progressivamente reforçado no sentido de encurtar as distância para o Benfica e em 2016 o Sporting ganhou o Campeonato Nacional de Corta Mato, interrompendo um jejum de 19 anos.

No Andebol há a registar a conquista de duas Taças de Portugal e uma Supertaça, enquanto o Hóquei em Patins voltou a ser modalidade oficial do Clube, uma situação assinalada com a conquista da Taça CERS na época de 2014/15, isto entre outros títulos obtidos nas modalidades não profissionais, principalmente no Judo com a conquista de várias medalhas em competições internacionais, no Basquetebol feminino e na Natação, sem esquecer os feitos individuais protagonizados por atletas como Sara Moreira, Patrícia Mamona, Jéssica Augusto, Emanuel Silva, Sílvia Saiote, Jorge Fonseca, Alexis Santos, João Costa, Katarina Larsson, Bruno Susano, Ricardo Fernandes e André Santos.

Com esta Direcção o ecletismo voltou a ser um desígnio para o Sporting, sendo de destacar regresso do Ciclismo profissional ao Clube, depois de 30 anos de interregno e no final desta gerência o Sporting gabava-se de ter 50 modalidades em atividade, 12 das quais no desporto adaptado, uma vertente para a qual foi criado um Gabinete próprio que entrou em funcionamento em Dezembro de 2014.

To-mane (discussão) 12h48min de 30 de janeiro de 2017 (WET)