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Depois de dois anos de uma atribulada gerência, Godinho Lopes demitiu-se na sequência da grave crise institucional que o Clube atravessava, dando origem a um novo processo eleitoral, que foi marcado para o dia 23 de Março de 2013.

Bruno de Carvalho surgiu imediatamente como o candidato incontornável e o grande favorito para estas eleições, enquanto nomes que chegaram a ser ventilados, como Dias Ferreira e Pedro Baltazar, iam ficando pelo caminho.

Inesperadamente surgiu a candidatura “SOS Salvar o Sporting”, liderada por Carlos Severino, um jornalista aposentado que tinha sido Director de Comunicação do Sporting, durante as gerências de José Roquete e de Dias da Cunha.

Seguiu-se o empresário João Paiva dos Santos, que também chegou a apresentar a sua candidatura, mas que acabou por desistir a favor de José Couceiro, resolvendo avançar apenas com uma lista para o Conselho Leonino, que no entanto não seria entregue a tempo, ficando assim pelo caminho.

O chamado candidato da continuidade teve um parto difícil, depois das recusas de Rogério Alves e de Luís Figo, chegando-se mesmo a falar na hipótese da recandidatura de Godinho Lopes. No entanto foi José Couceiro a avançar quando já só faltavam 2 dias para o encerramento do prazo de entrega das candidaturas, e depois de ter sido convidado para integrar a estrutura do Departamento de Futebol da equipa de Bruno de Carvalho.

A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de José Couceiro admitir a perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição.

No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da Academia Sporting e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador Jesualdo Ferreira, enquanto José Couceiro e Bruno de Carvalho se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de Pedro Barbosa na vertente profissional e de Diogo Matos na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por Virgílio Lopes, Augusto Inácio e , mas ambos diziam contar com Jesualdo Ferreira como o seu treinador.

Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao Complexo Alvalade XXI.

Com tanta convergência a discussão por vezes acabou por resvalar para aquilo que menos interessava aos sócios do Sporting, com Carlos Severino a tentar ser levado a sério, garantido que não era simplesmente um “out-sider”, enquanto José Couceiro negava ser o homem da continuidade e se defendia dos ataques referentes às suas anteriores passagens pelo Sporting.

Pelo seu lado Bruno de Carvalho adoptou uma postura mais cautelosa daquela que tivera em 2011, procurando conquistar o eleitorado mais conservador, embora continuando a assumir-se como o candidato da ruptura com o período que ficou conhecido como o "Projecto Roquete". E na realidade era isso que estava em cima da mesa: uma ruptura total com o passado recente, ou uma mudança tranquila na continuidade.

Estas eleições tiveram também a novidade de pela primeira vez se poder votar por correspondência e de ter sido utilizado o voto eletrónico para os sócios que votaram presencialmente, o que no entanto não evitou alguma especulação, resultante da demora no apuramento dos resultados, que seriam anunciados já depois das 2 da manhã e apenas com carácter provisório, devido a alguns problemas no envio dos boletins de voto aos sócios que podiam votar por correspondência, o que levou à dilatação do prazo para a recepção desses votos, por mais três dias.

Mesmo assim, na madrugada do dia 24 de Março de 2013, foi possível perceber que Bruno de Carvalho seria o novo Presidente do Sporting Clube de Portugal, pois nessa altura já contava com 53,6% dos votos apurados, contra 45,3% de José Couceiro, enquanto Carlos Severino tinha apenas 1%.

Nestas eleições onde pela primeira vez o Conselho Fiscal e Disciplinar foi eleito pelo método de Hondt, há que realçar o facto de uma lista independente ter conseguido eleger um membro para este Órgão.