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A Gerência 1961/62

No dia 22 de Março de 1960 a Direcção de Brás Medeiros foi reeleita com algumas alterações:

Cargo Nome Observações
Presidente Guilherme Braga Brás Medeiros
Vice Presidente para as Relações Externas António Alexandre Pereira da Silva
Vice Presidente para as Actividades Desportivas José Félix Alves Carvalhosa
Vice Presidente para as Actividades Administrativas Augusto Ventura Mateus
Director-Efectivo Fernando Jorge Freire de Andrade Castelhano Lobo da Costa
Director-Efectivo José Lúcio da Silva
Director-Efectivo Fernando Marques Pereira
Director-Efectivo Jorge Planas Almasqué
Director-Efectivo Eduardo Oliveira Martins
Director-Efectivo José Cortês Alves de Figueiredo
Director-Efectivo Jaime Gomes Duarte
Suplente Álvaro Francisco Torres de Andrade e Silva
Suplente Romeu Adrião da Silva Branco
A Assembleia Geral Eleitoral

A Assembleia Geral Eleitoral de Março de 1960 decorreu sob o signo do entusiasmo, depois da Direcção liderada por Brás Medeiros ter conseguido endireitar as contas do Clube e ao mesmo tempo construir uma grande equipa de Futebol, com base num plantel muito equilibrado, onde já se afirmavam alguns jovens que fariam história no Sporting, como Fernando Mendes, Hilário e Mário Lino, mas principalmente suportada na contratação de vários jogadores estrangeiros, com destaque para Seminário, Fernando Puglia e Lúcio, isto perante os protestos do Benfica, que se afirmava como o clube mais português de Portugal, numa altura em que as relações entre os dois grandes de Lisboa estavam cortadas.

Este terá sido um momento decisivo na história do Futebol do Sporting, que depois do despedimento de Fernando Vaz, já sob o comando do até aí treinador adjunto e dos Juniores Mário Imbelloni, acabou por perder o Campeonato num emocionante "derby" disputado no Estádio da Luz, o que permitiu ao Benfica participar na Taça dos Campeões Europeus da época seguinte com os resultados que se conhecem, numa altura em que já se falava na vinda para o Sporting de um tal de Eusébio.[1] [2]

Seguiu-se a contratação do treinador Alfredo Gonzalez, que se revelaria numa aposta falhada, isto depois de terem estado em cima da mesa nomes sonantes como Helénio Herrera, Flávio Costa ou Dorival Yustrich.

O Sporting tinha perdido definitivamente a hegemonia do futebol português, e a guerra com o Benfica que estava ao rubro, agrava-se quando o jornal "O Globo" do Brasil, publica uma carta que Brás Medeiros tinha enviado a um amigo brasileiro, onde atacava fortemente o clube rival, o que motivou uma repreensão da parte da DGD, ao Presidente do Sporting Clube de Portugal.

Pouco depois rebentou a guerra por Eusébio, com o Sporting a perder várias batalhas de um processo que só seria concluído depois do fim desta Gerência, que ocorreu em 20 de Abril de 1961.

Com o Futebol em queda, a crise financeira agravava-se e assim depois de alguma discussão, no dia 5 de Julho de 1960 realizou-se uma Assembleia Geral onde os sócios do Sporting aprovaram por unanimidade a contracção de um empréstimo até ao montante máximo de 3 mil contos, sob hipoteca da Sede da Rua do Passadiço visando a posterior venda daquele imóvel e a transferência dos serviços e actividades desportivas ali sediados, para o Estádio José Alvalade.

Neste mandato Brás Medeiros continuou virado para o Brasil, onde foi buscar o extremo esquerdo Géo e o guarda-redes Aníbal, recomendados pelo treinador Alfredo Gonzalez, que também não conseguiu grandes resultados, acabando por ser despedido, para dar lugar a Otto Glória.

Nas modalidades o Sporting conquista o Campeonato Nacional de Basquetebol, e continua a dominar no Atletismo, conseguindo colocar três atletas nos Jogos Olímpicos de Roma, para além de outros dois do Tiro e um da Esgrima.

Referências

  1. Diário de Lisboa de 23 de Janeiro de 1960 [1]
  2. Diário de Lisboa de 24 de Janeiro de 1960 [2]