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Revisão das 12h36min de 12 de novembro de 2011

Dados de Álvaro Cardoso Alvaro cardoso.jpg
Nome Álvaro Cardoso da Silva
Nascimento 14 de Janeiro de 1914
Naturalidade Setúbal - Portugal - 
Posição Defesa
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1933/34 V.Setúbal
1ª Divisão 1934/35 V.Setúbal
1ª Divisão 1935/36 V.Setúbal
1ª Divisão 1936/37 V.Setúbal
2ª Divisão 1937/38 V.Setúbal
1ª Divisão 1938/39 SPORTING 5 0
1ª Divisão 1939/40 SPORTING 18 0
1ª Divisão 1940/41 SPORTING 30 1 Campeonato de Lisboa
Campeonato Nacional
Taça de Portugal
2 0
1ª Divisão 1941/42 SPORTING 33 1 Campeonato de Lisboa 1 0
1ª Divisão 1942/43 SPORTING 22 0 Campeonato de Lisboa
1ª Divisão 1943/44 SPORTING 31 0 Campeonato Nacional
Taça Império
1ª Divisão 1944/45 SPORTING 35 1 Campeonato de Lisboa
Taça de Portugal
3 0
1ª Divisão 1945/46 SPORTING 36 0 Taça de Portugal 2 0
1ª Divisão 1946/47 SPORTING 27 0 Campeonato Nacional
Campeonato de Lisboa
5 0
1ª Divisão 1947/48 SPORTING 18 0 Campeonato Nacional
Taça de Portugal
Total = 255 3 13 0
Escalão Época Clube Obs. Jogos V E D Titulos
1ª Divisão 1951/52 SPORTING Adjunto Campeonato Nacional
1ª Divisão 1952/53 SPORTING Adjunto Campeonato Nacional
1ª Divisão 1953/54 SPORTING 10 6 1 3 Campeonato Nacional
Total = 10 6 1 3
O Capitão recebe a Taça de Portugal

Álvaro Cardoso nasceu em Setúbal e começou a jogar no Vitória no tempo em que ainda era habitual que as equipas não tivessem um treinador propriamente dito, cabendo ao Capitão dar as orientações dentro do campo, uma responsabilidade que recaía nos jogadores mais experientes ou carismáticos, e ele foi sempre um desses lideres, levando muito a sério a sua missão, ao ponto de não hesitar em dar umas estaladas em quem não cumprisse o que estava determinado.

Não se pense por isso que Cardoso era um daqueles defesas que faziam da brutalidade a sua principal arma, era duro sim senhor e acima de tudo tinha uma energia invulgar que lhe permitia que se entregasse ao jogo com uma grande intensidade, mas também era dotado com uma técnica individual pouco usual nos defesas da altura, isto para além da sua natural capacidade de liderança, que fazia com que fosse respeitado por todos.

Aos 18 anos chegou à equipa principal do Vitória entrado para o lugar de Joaquim Ferreira, outro jogador que se notabilizou no Sporting. Formava então com Silva a dupla de "beques" como se dizia na altura, quando o Benfica mandou um emissário a Setúbal para contratá-lo, mas o homem confundiu-se e acabou por levar o seu companheiro da defesa, permitindo assim que o Sporting se antecipasse e garantisse o concurso de Cardoso a troco de 5 contos, enquanto o jogador nada recebeu, afinal ia para o Clube da sua simpatia.

Álvaro chegou ao Sporting em 1938 já com 24 anos de idade e esteve no Clube durante 10 épocas, conquistando 4 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 5 Campeonatos de Lisboa e a Taça Império, e realizando 255 jogos nos quais marcou 3 golos.

Rapidamente se impôs pelo seu carisma e espírito de liderança e após o abandono de Rui Araújo herdou a braçadeira, ficando para a história como o Capitão da mítica equipa dos Cinco Violinos, quando também desempenhava essas funções na Selecção Nacional, o que aconteceu por 10 vezes nas 13 que representou Portugal, até ao polémico jogo em que a equipa das quinas perdeu por 10-0 com a Inglaterra, motivando a suspensão dos jogadores, que foram acusados de desinteresse, depois de lhes ter sido recusado um prémio de presença, sendo que ele como Capitão da equipa foi suspenso de toda a actividade por um ano, castigo que seria entretanto reduzido a metade.

Álvaro Cardoso nunca se eximiu das suas responsabilidades de líder e por vezes teve de assumir posições corajosas em defesa dos seus companheiros, sofrendo depois as consequências dessas atitudes, numa época em que não eram toleradas posturas contestatárias. Foi assim quando manifestou desagrado pelo tratamento que os jogadores da Selecção receberam após um jogo na Suíça, ou quando esteve para ser suspenso depois do Sporting ter levado 0-5 do Estoril, num dia em que tudo fez dentro do campo para despertar uma equipa abalada por um atrito entre os dirigentes e o guarda-redes Azevedo, que se recusou a alinhar nesse jogo.

Cumprida a suspensão decretada pelo Governo após o tal jogo com a Inglaterra, o grande Capitão regressou ao activo a meio da temporada de 1947/48, ainda a tempo de ajudar o Sporting na conquista de mais uma "dobradinha", despedindo-se no Jamor erguendo a Taça de Portugal e anunciando o fim da sua carreira de jogador aos 34 anos, revelando então alguma mágoa perante as injustiças de que fora alvo.

Pouco tempo depois de ter pendurado as botas, regressou ao Sporting para ser o adjunto de Randolph Galloway, com quem formou uma dupla de sucesso, que comandou a equipa nas duas últimas temporadas do seu segundo tri campeonato, conquistado no triénio 1950/53.

Na época de 1953/54 foi promovido a treinador principal, depois de Randolph Galloway ter resolvido sair do Sporting, mas no dia 22 de Dezembro de 1953 demitiu-se em consequência de um mau arranque no Campeonato, onde a equipa cedeu três derrotas e um empate em dez jogos.

Antes de se afastar definitivamente do futebol, ainda chegou a treinar a CUF, mas por pouco tempo.

Em 1979 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.

Faleceu em data desconhecida.

To-mane 11h10min de 21 de Março de 2009 (WET)