Skip to main content
Dados de Peres FerPeres.jpg
Nome Fernando Peres da Silva
Nascimento 8 de Janeiro de 1943
Naturalidade Algés - Portugal - 
Posição Médio
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1ª Divisão 1960/61 Belenenses
1ª Divisão 1961/62 Belenenses
1ª Divisão 1962/63 Belenenses
1ª Divisão 1963/64 Belenenses 1 1
1ª Divisão 1964/65 Belenenses
1ª Divisão 1965/66 SPORTING 40 13 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1966/67 SPORTING 24 0 2 0
1ª Divisão 1967/68 SPORTING 32 5 1 0
1ª Divisão 1968/69 Académica 3 1
1ª Divisão 1969/70 SPORTING 37 15 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1970/71 SPORTING 36 18 Taça de Portugal 4 0
1ª Divisão 1971/72 SPORTING 32 16 12 2
1972/73
1ª Divisão 1974 Vasco da Gama Campeonato Brasileiro
1ª Divisão 1974/75 FC Porto
Total = 201 67 4 3 27 4
Escalão Época Clube Obs. Jogos V E D Titulos
2ª Divisão 1978/79 U.Leiria Zona Centro
1ª Divisão 1979/80 U.Leiria
1ª Divisão 1980/81 V.Guimarães
2ª Divisão 1980/81 Estoril
1981/82
2ª Divisão 1982/83 Juventude
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
2ª Divisão 1987/88 Atlético
1ª Divisão 1988/89 SPORTING Adjunto
Total =
Fernando Peres

Dotado com um pé esquerdo notável, Peres foi um médio com grande visão de jogo, que lhe permitia ser o "patrão" das equipas onde actuou, jogando ora nas costas dos avançados, ora descaído para o lado esquerdo.

Produto das escolas do Belenenses foi internacional júnior, chegando à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornado-se rapidamente notado e estreando-se na Selecção A no dia 4 de Junho de 1964, tendo marcado o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.

Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de Otto Glória conquistou o Campeonato da temporada de 1965/66, contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo convocado para a Selecção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.

Nas épocas seguintes o seu rendimento baixou e não chegou a acordo de renovação do contrato com a Direcção do Sporting, pelo que na temporada de 1968/69 jogou pela Académica ao abrigo da lei estudantil, que permitia que os jogadores estudantes pudessem transferir-se para o clube de Coimbra.

No entanto os dirigentes da Académica não cumpriram as promessas que tinham feito a Peres, que na época seguinte resolveu regressar ao Sporting, tornando-se então no grande patrão da equipa, ganhando mais um Campeonato e uma Taça de Portugal e assumindo também um lugar de relevo na Selecção Nacional que representou por 27 vezes, com destaque para a presença na Mini Copa disputada no Brasil em 1972, onde deixou a sua marca de jogador de grande classe.

Para além de ser um grande jogador, Fernando Peres era também um homem frontal e com uma personalidade vincada, situação que nem sempre lhe facilitou a vida, principalmente porque vivíamos então o tempo da ditadura.

Foi assim que na sequência de um litígio entre um Director do Sporting e o treinador Fernando Vaz, que resultou no despedimento deste, Peres defendeu publicamente o seu técnico, numa altura em que estava novamente em fim de contrato. A Direcção não gostou e o Presidente Brás Medeiros apresentou-lhe uma proposta de renovação, que ele considerou indigna para um dos jogadores mais importantes da equipa, recusando-se a assiná-la, o que poderia ter acabado com a sua carreira, pois na altura os clubes ao abrigo da Lei da Opção, podiam impedir os jogadores de se transferirem, e foi exactamente o que o Sporting fez, recusando as várias propostas que recebeu de clubes portugueses e estrangeiros.

Peres foi salvo pelo 25 de Abril, partindo então para o Brasil onde tinha deixado cartel, e onde foi Campeão ao serviço do Vasco da Gama, antes de regressar a Portugal para representar o FC Porto.

Depois de penduradas as botas iniciou a sua carreira de treinador com algum sucesso, levando o U.Leiria pela primeira vez ao escalão principal do futebol português, e passando pelo V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto.

Em 1988 regressou ao Sporting,para ser adjunto de Pedro Rocha no difícil período da Direcção de Jorge Gonçalves, acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de Vítor Damas, e prosseguindo a sua carreira em clubes de menor dimensão.

To-mane 11h46min de 19 de Fevereiro de 2009 (WET)