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Esta página é sobre o velocista e saltador Carlos Calado. Se procura o velocista Carlos Calado, consulte Carlos Calado (velocista).
Dados de Carlos Calado Carlos Calado.jpg
Nome Carlos Nuno Tavares Calado
Nascimento 5 de Outubro de 1975
Naturalidade Alcanena - Portugal - 
Posição Atleta (saltos e velocidade)

Carlos Calado iniciou-se no Atletismo no corta-mato escolar em Alcanena, mas foi nos saltos que começou a dar nas vistas, quando já era atleta do Clube de Natação de Rio Maior, sagrando-se Campeão Nacional Júnior no Triplo Salto e no Salto em Comprimento.

Em 1993 participou no Campeonato da Europa de Juniores, obtendo o 12º lugar no Triplo Salto e no ano seguinte foi o melhor português no Mundial de Juniores disputado em Lisboa, ao classificar-se no 6º lugar no Triplo Salto e no 8º no Salto em Comprimento.

Nesse mesmo ano conquistou os seus primeiros títulos de Campeão de Portugal, vencendo os concursos do Salto em Comprimento e do Triplo Salto e estreou-se nos Campeonatos Ibero-Americanos, concluindo o concurso do Salto em Comprimento em 5º lugar.

A partir de 1995 passou a ser treinado pelo seu amigo Miguel Lucas e no ano seguinte dedicou-se exclusivamente ao Atletismo, tendo então obtido uma serie de excelentes resultados, que o levaram aos Jogos Olímpicos de Atlanta que se disputaram no ano seguinte, onde não passou das qualificações do Salto em Comprimento e do Triplo Salto.

Nessa altura já contava com mais um título de Campeão de Portugal do Triplo Salto, conquistado em 1995, ao qual somara no ano seguinte os títulos nacionais dos 100 e 200m, enquanto na pista coberta também era bi-Campeão de Portugal no Salto em Comprimento e no Triplo Santo.

De resto 1996 foi uma época brilhante para Carlos Calado, que se tornou no Recordista Nacional dos 100m, ao percorrer a distância em 10,34s, para além de ter batido o Recorde Nacional do Salto em Comprimento por cinco vezes, levando-o até aos 8,25m, o que significava uma evolução de mais de meio metro em relação ao anterior recorde, tornando-se assim no primeiro português a saltar a mais de 8 metros. Ainda nesse ano, também bateu o Recorde Nacional do Triplo Salto por duas vezes, tornando-se no primeiro português a saltar a mais de 17 metros, quando obteve a marca de 17,08m.

Ainda em 1996, esteve presente nos Campeonatos da Europa de Pista Coberta, e nos Campeonatos Ibero-Americanos que se disputaram em Medellin, onde conquistou a Medalha de Prata no Triplo Salto e a de Bronze no Salto em Comprimento, em ambos os casos com novos Recordes Nacionais.

Na pista coberta, já em 1995 se tornara Recordista Nacional do Salto em Comprimento (7,55m) e do Triplo Santo (16,33m), marcas que viria a melhorar no ano seguinte, no Comprimento por quatro vezes, até fixar o Recorde em 7,74m e no Triplo por duas vezes, fixando o Recorde em 16,59m.

No final de 1996 Carlos Calado ingressou no Sporting Clube de Portugal, sendo apresentado como a grande contratação da temporada, numa altura em que o Professor Moniz Pereira estava a construir uma equipa de Atletismo para ombrear com as melhores da Europa.

Na sua primeira época ao serviço do Sporting, começou por bater o Recorde Nacional das 100 jardas, percorrendo a distância em 9,67s, para depois se sagrar tri-Campeão de Portugal no Salto em Comprimento e no Triplo Santo em pista coberta, conquistando ainda o titulo dos 200m nos Campeonatos de Portugal ao ar livre, para além de ter melhorado duas vezes o Recorde Nacional do Salto em Comprimento em pista coberta, durante as qualificações dos Campeonatos do Mundo desta variante do Atletismo, onde depois na Final não foi além de um 11º lugar, com uma marca bastante abaixo das suas possibilidades.

Ainda em 1997 melhorou os seus Recordes Nacionais dos 100m, para 10,16s e do Salto em Comprimento, para 8,36m, uma marca que perduraria muitos anos como Recorde de Portugal, isto numa época em que foi vice-Campeão Europeu de sub-23 nos 100m e Campeão no Salto em Comprimento, assumindo-se nesta última disciplina, como candidato a uma Medalha nos Mundiais de Atenas, onde teve uma prestação decepcinante, ficando pelas qualificações.

Na sequência destes excelentes resultados, no final do ano de 1997 assinou um invulgar contrato com o Sporting que o ligava ao Clube até 2004, e que envolvia também os direitos de imagem do atleta.

Na época seguinte esteve particularmente em grande na pista coberta, sagrando-se tetra-Campeão de Portugal no Salto em Comprimento e melhorando os seus Recordes Nacionais do Triplo Salto, para 16,94m e do Salto em Comprimento, para 8,11, tornando-se assim no primeiro português a saltar a mais de 8 metros em pista coberta, para além de ter batido o Recorde Nacional dos 60m, melhorando em 0,06s a anterior marca que datava de 1989, ao percorrer a distância em 6,61s

O grande momento da temporada estava guardado para Europeu de Pista Coberta que se disputou em Valência, onde Carlos Calado conquistou a Medalha de Prata no Salto em Comprimento, mas uma arreliadora lesão impediu-o de confirmar ao ar livre, tudo o que tinha feito durante o Inverno.

Mesmo assim ainda ajudou o Sporting a subir à 1ª Liga da Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, ganhando o concurso do Salto em Comprimento e terminando no 4º lugar no do Triplo Salto, para além de ter integrado a equipa que ganhou a estafeta dos 4x100m dessa competição.

Nesse ano voltou a estar presente nos Campeonatos Ibero-Americanos, mas ressentiu-se da lesão e terminou no 4º lugar do Salto em Comprimento, acabando por falhar a presença no Europeu de 1998, onde seria candidato a uma medalha.

Começou a época de 1999 em grande ao conquistar três títulos nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta, estabelecendo novos Recordes Nacionais nos 60m e no Triplo Salto, sendo neste caso se tornou no primeiro atleta português a saltar acima dos 17 metros, em pista coberta.

As lesões continuaram a incomodá-lo e ao ar livre fez uma temporada algo irregular, mas mesmo assim foi Campeão de Portugal nos 100m, e no Meeting de Vila Real de Santo António estabeleceu um novo Recorde Nacional desta distância, com o tempo de 10,11s.

Ainda em 1999 esteve presente nos Mundiais de Sevilha, onde correu os 100m e participou no Salto em Comprimento, disciplina onde se esperava mais dele, mas não conseguiu chegar à Final, fazendo um concurso muito abaixo das suas possibilidades.

Em 2000 foi pela 6ª vez consecutiva Campeão de Portugal no Salto em Comprimento em pista coberta, especialidade em que marcou presença nos Campeonatos da Europa, onde no entanto não passou das qualificações.

As lesões continuaram a incomodá-lo e voltou a fazer uma época muito irregular, mas foi um dos heróis da histórica conquista da Taça dos Campeões Europeus de Atletismo, tendo contribuído com um 4º lugar no Salto em Comprimento e um 5º no Triplo Salto, para além de ter participado na vitória da estafeta dos 4x100m.

Ainda em 2000, ganhou o Salto em Comprimento da Taça da Europa, com a marca de 7,97m, chegando pouco depois aos 8,13m, para nos Jogos Olímpicos de Sydney atingir a Final, onde foi 10º classificado com 7,94m, depois de ter saltado mais 10 centímetros nas qualificações.


Em 2001 foi medalha de bronze nos Mundiais de pista coberta em Lisboa e de ar livre em Edmonton, sempre no Salto em Comprimento.

Foi distinguido por duas vezes com o Prémio Stromp, a primeira em 1997 na categoria Especial Europeu, a segunda em 2001 na categoria Especial Mundial.

Rompeu com o Sporting no final de 2003, quando o Clube cortou no pagamento aos atletas, e assinou pelo FC Porto, trocando Miguel Lucas, treinador de sempre, por Fausto Ribeiro.

Posteriormente, assinou pelo Bairro dos Anjos ao mesmo tempo que se inscrevia na equipa de saltos da Universidade de Oviedo, em Espanha, onde passava a contar com Juan José Azpeitia como técnico. Em 2005 e depois de falhar os Jogos Olímpicos de Atenas, ingressou no Benfica, nunca mais conseguindo grandes resultados.

Em 2009, após 3 anos de ausência do circuito competitivo, Carlos Calado regressou com a camisola do Sporting, quedando-se a mais de um metro do seu recorde nacional (8,36 m) ao saltar 7,25 metros no Meeting de Sintra.