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A equipa da quarta dobradinha

Em 1966/67 o Ténis de Mesa do Sporting Clube de Portugal tinha definitivamente recuperado da crise de 1963/64, de tal forma que António Fuschini pôde deixar o comando da secção, sendo substituído por Salema Vidigal.

A Taça de Portugal começou a disputar-se em Março de 1967, com o Campeonato de Lisboa a decorrer. O figurino mantinha-se, com uma Zona de Lisboa em que as equipas eram eliminadas ao fim de duas derrotas, apurando um representante para a final da Zona Sul. O vencedor disputava então a final nacional. O Sporting ganhou os primeiros três jogos, mas foi perder contra o Benfica no quarto. No dia seguinte as duas equipas voltaram a encontrar-se para o jogo decisivo do Campeonato de Lisboa, e uma nova derrota ditou que o adversário se sagrasse campeão. No entanto, a equipa leonina estava em crescendo, e quando dois meses depois os dois clubes se voltaram a encontrar novamente a contar para a Taça, o duo Delfim Soares e João Campos, que disputou a maioria do jogos da zona de Lisboa, venceu concludentemente por 3-0. Foi necessário um terceiro jogo, e foi numa sala do C.D. Paço de Arcos repleta de público que o mesmo duo venceu por 3-1. O Sporting qualificou-se assim para disputar a final da Zona Sul.

Mas antes, iriam disputar-se os Campeonatos Nacionais entre 9 e 11 de Junho de 1967 no Pavilhão Gimnodesportivo da Tapada da Ajuda. O Sporting apresentou uma equipa fortíssima, constituída por cinco elementos, entre os quais se incluía o antigo campeão António Horta Osório, que tinha deixado de competir em 1964, e tinha regressado à secção nesta época mas só em jogos não oficiais. Os restantes membros da equipa eram Delfim Soares, Luís Amaro, João Campos, e ainda João Amado, o mais veterano dos jogadores leoninos. O campeonato de equipas foi realizado em três séries, com os vencedores a apurarem-se para uma poule final de todos contra todos. Rodando os jogadores, o Sporting venceu a sua série só com vitórias, ao derrotar o Arte e Sport, os Leões de Santarém, e o Ávila. Na fase final, primeiro jogaram o Benfica e o Centro Católico, outra equipa lisboeta, com vitória do Benfica. Era preciso ganhar também ao Centro Católico, e Delfim Soares, João Campos e António Horta Osório cumpriram por 5-0. O jogo decisivo foi mais uma vez um Sporting-Benfica, o clássico que desde há décadas vinha a decidir os títulos nacionais e regionais por equipas. Mais uma vez foi o melhor trio leonino a jogar. António Horta Osório perdeu uma partida contra José Louro, mas a vitória nunca esteve em causa num jogo muito desnivelado, e a equipa do Sporting esmagou o adversário por 5-1. Estava encontrado o campeão, o Sporting pela nona vez na sua história.

Duas semanas depois, a 24 de Junho de 1967, disputou-se a final da Zona Sul Taça de Portugal, contra os Leões de Santarém, em Santarém. Desta feita o Sporting levou quatro jogadores, com Delfim Soares e João Campos a disputarem partidas individuais e Luís Amaro e João Amado na partida de pares, a única derrota numa vitória por 3-1 que deu acesso à final nacional. E foi novamente entre leões que se decidiu a Taça: o Sporting Clube de Portugal defrontou a sua filial Sporting Clube das Caldas, a 1 de Julho de 1967, em jogo disputado no salão da F.N.A.T. de Santarém. Delfim Soares, António Horta Osório e Luís Amaro foram os jogadores escolhidos, com João Campos indisponível. O resultado nunca esteve em causa; o Sporting das Caldas tinha acabado de se sagrar campeão da 3ª Divisão nacional, e não tinha argumentos capazes de evitar a vitória do Sporting por 3-0, que conquistou assim a sua sexta Taça de Portugal masculina, e com ela a sua quarta dobradinha do Ténis de Mesa masculino leonino, repetindo o feito da época anterior.