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|Vice Presidente para as Actividades Administrativas||António Pinto de Sousa||
 
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|Secretário- Geral||Carlos Marques Loureiro||Até 6-5-1965  
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|Secretário- Geral||Artur Madeira da Silva||Desde 6-5-1965
 
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|Director-Contabilista||Manuel dos Santos Passinhas||
 
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|Director-Tesoureiro||José Cortês Alves de Figueiredo||Até 14-12-1964
 
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|Director das Instalações Desportivas||Luís Alves Vaz||Até 14-12-1964
 
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|Director das Instalações Sociais||Manuel Lopes||
 
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|Director Desportivo||Adolfo da Silva Figueiredo||Até 14-12-1964
 
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|Director Desportivo||[[Joaquim Cândido da Silva]]||Desde 6-5-1965
 
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Mesmo com estes investimentos o futebol ia de mal a pior e antes do final do ano [[Jean Luciano]] foi despedido, deixando a equipa no 11º lugar do Campeonato e um lastro de 6 derrotas e 3 empates em 15 jogos, mas exigiu os pagamentos que lhe eram devidos e pôs o Clube em Tribunal. Nessa altura a contestação já era muita e logo aí surgiram as primeiras demissões na Direção como o vice para as atividades desportivas a bater com a porta na companhia dos diretores do Departamento de Futebol.
 
Mesmo com estes investimentos o futebol ia de mal a pior e antes do final do ano [[Jean Luciano]] foi despedido, deixando a equipa no 11º lugar do Campeonato e um lastro de 6 derrotas e 3 empates em 15 jogos, mas exigiu os pagamentos que lhe eram devidos e pôs o Clube em Tribunal. Nessa altura a contestação já era muita e logo aí surgiram as primeiras demissões na Direção como o vice para as atividades desportivas a bater com a porta na companhia dos diretores do Departamento de Futebol.
  
[[Juca]] assegurou uma transição que durou 10 dias e custou a eliminação da Taça das Taças, até ao regresso de [[Anselmo Fernandez]] ao comando do Futebol leonino, mas a época já estava arruinada, de tal forma que foi uma derrota da equipa de Reservas em Alvalade que custou o Campeonato Regional da categoria a gerar uma contestação tal que 4 dias depois a Direção demitiu-se em bloco.
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[[Juca]] assegurou uma transição que durou 10 dias e custou a eliminação da Taça das Taças, até ao regresso de [[Anselmo Fernandez]] ao comando do Futebol leonino, mas a época já estava arruinada, de tal forma que foi uma derrota da equipa de Reservas em Alvalade que custou o Campeonato Regional da categoria, a gerar uma contestação tal que 4 dias depois a Direção demitiu-se em bloco. No dia seguinte reuniu-se o [[Conselho Geral]] que afirmou por aclamação a sua confiança na Direção demissionária, manifestando uma firme repulsa pelos factos ocorridos no dia 9 de Janeiro no Estádio José Alvalade. Assim a Direção acedeu em continuar à frente dos destinos do Clube desde que lhe fossem dadas condições para solucionar o problema do passivo do Sporting.
  
 
Sucederam-se as polémicas, ameaças de demissões e reformulações directivas, que resultaram na profunda [[A crise de 1965|Crise de 1965]], que viria a terminar com a eleição por aclamação de uma Comissão Directiva liderada por [[Brás Medeiros]], que ocorreu na histórica [[A Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965|Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965]].
 
Sucederam-se as polémicas, ameaças de demissões e reformulações directivas, que resultaram na profunda [[A crise de 1965|Crise de 1965]], que viria a terminar com a eleição por aclamação de uma Comissão Directiva liderada por [[Brás Medeiros]], que ocorreu na histórica [[A Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965|Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965]].

Revisão das 21h36min de 17 de janeiro de 2021

Gerência anterior:
A Gerência 1963/64
Gerência seguinte:
A Comissão Directiva de Brás Medeiros

No dia 28 de Abril de 1964 foi eleita uma nova a Direcção, que tomou posse em 29 de Maio, com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Martiniano Alexandre Pissarra Homem de Figueiredo
Vice Presidente para as Relações Externas Fernando Barros Vieira Ramos
Vice Presidente para as Actividades Desportivas Jaime Gomes Duarte Até 14-12-1964
Vice Presidente para as Actividades Administrativas António Pinto de Sousa
Secretário- Geral Carlos Marques Loureiro Até 6-5-1965
Secretário- Geral Artur Madeira da Silva Desde 6-5-1965
Director da Coordenação, Planeamento e Desenvolvimento João Ramos Mendes
Director-Contabilista Manuel dos Santos Passinhas
Director-Tesoureiro José Cortês Alves de Figueiredo Até 14-12-1964
Director-Tesoureiro Abraham Hierch Sorin Desde 6-5-1965
Director das Instalações Desportivas Luís Alves Vaz Até 14-12-1964
Director das Instalações Desportivas José António Arsénio Desde 15-12-1964
Director das Instalações Sociais Manuel Lopes
Director Desportivo Carlos Artur Radich
Director Desportivo José Carlos Marques Pinto de Oliveira
Director Desportivo Armando Maria Antunes Lima Até 14-12-1964
Director Desportivo Joaquim Lourenço Bernardo Até 14-12-1964
Director Desportivo Adolfo da Silva Figueiredo Até 14-12-1964
Director Desportivo Moisés Ayash Desde 15-12-1964
Director Desportivo Joaquim Cândido da Silva Desde 6-5-1965
Director Desportivo José Maria Martins Canhoto Desde 6-5-1965
Director Desportivo José Paulo de Brito Chaves Duarte Desde 6-5-1965
Director Desportivo José Cortês Alves de Figueiredo Desde 6-5-1965
A passagem de testemunho entre Presidentes

O Sporting tinha acabado de conseguir um feito único na sua história, ao ganhar a Taça dos Vencedores das Taças, mas nem por isso navegava em águas calmas.

A Gerência anterior deixara uma dívida de 29 mil contos, grande parte dos quais relativos à construção do Estádio José Alvalade, mas o Futebol continuava muito deficitário e só nos primeiros cinco meses de 1964 tinha dado um prejuízo superior a 600 contos, apesar das receitas com a Taça das Taças terem ultrapassado os mil contos.

No meio da tanta agitação o Sporting parecia ser um Clube ingovernável, e o Vice-Presidente Fernando Ramos chegou avisar que se ninguém ajudasse corria-se o risco de não haver dinheiro para pagar aos jogadores, pois estimava-se que no final do ano houvesse um deficit de cerca de 5100 contos. De resto, No final de Julho realizou-se uma Assembleia Geral onde mais uma vez foi discutida a complicada situação financeira do Clube, que obrigava a uma contenção de custos o que chocava com a necessidade de investir.

Mesmo assim a nova Direcção continuou a investir forte no futebol e voltou a mudar de treinador, tentando contratar Fernando Riera que pediu muito dinheiro, pelo que veio o francês Jean Luciano e trouxe com ele o avançado Serra, isto sem esquecer a dispendiosa contratação de João Lourenço e os reforços africanos João Carlos, Armando Manhiça e Carlitos, um caso que se arrastou durante meses, numa altura em que os sportinguistas ainda não se tinham ultrapassado o "trauma Eusébio", pelo que se desdobraram em esforços para não perder mais uma pérola africana. Em contrapartida a Direção despachou 5 dos 7 brasileiros do plantel apostando na nacionalização da equipa.

Mesmo com estes investimentos o futebol ia de mal a pior e antes do final do ano Jean Luciano foi despedido, deixando a equipa no 11º lugar do Campeonato e um lastro de 6 derrotas e 3 empates em 15 jogos, mas exigiu os pagamentos que lhe eram devidos e pôs o Clube em Tribunal. Nessa altura a contestação já era muita e logo aí surgiram as primeiras demissões na Direção como o vice para as atividades desportivas a bater com a porta na companhia dos diretores do Departamento de Futebol.

Juca assegurou uma transição que durou 10 dias e custou a eliminação da Taça das Taças, até ao regresso de Anselmo Fernandez ao comando do Futebol leonino, mas a época já estava arruinada, de tal forma que foi uma derrota da equipa de Reservas em Alvalade que custou o Campeonato Regional da categoria, a gerar uma contestação tal que 4 dias depois a Direção demitiu-se em bloco. No dia seguinte reuniu-se o Conselho Geral que afirmou por aclamação a sua confiança na Direção demissionária, manifestando uma firme repulsa pelos factos ocorridos no dia 9 de Janeiro no Estádio José Alvalade. Assim a Direção acedeu em continuar à frente dos destinos do Clube desde que lhe fossem dadas condições para solucionar o problema do passivo do Sporting.

Sucederam-se as polémicas, ameaças de demissões e reformulações directivas, que resultaram na profunda Crise de 1965, que viria a terminar com a eleição por aclamação de uma Comissão Directiva liderada por Brás Medeiros, que ocorreu na histórica Assembleia-Geral extraordinária do dia 2 de Julho de 1965.

Nesta altura esteve em cima da mesa a possível extinção de algumas Secções, mas o Atletismo passava ao lado da crise e Manuel de Oliveira foi 4º classificado na corrida dos 3.000m obstáculos, dos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde marcaram presença oito atletas do Sporting, em representação de três modalidades.

To-mane 16h04min de 4 de Novembro de 2011 (WET)