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Gerência anterior:
A Gerência 1933/34
Gerência seguinte:
A Gerência 1935/36

No dia 2 de Agosto de 1934 a Direcção de Joaquim Oliveira Duarte foi reeleita, com ligeiras alterações na sua constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte
Vice Presidente Álvaro Luís Retamoza Dias
Tesoureiro Francisco Gonçalves Franco
Secretário Geral Paulo José Vieira
Secretário Adjunto Francisco Rafael Rodrigues Júnior
Vogal Efectivo António Simões
Vogal Efectivo Carlos Queiroga Tavares
Vogal Suplente José Barreiros
Vogal Suplente Joaquim da Silveira
O Presidente Oliveira Duarte rodeado de troféus

Depois de dois anos em que tinham sido lançados os alicerces daquele que seria o período mais rico da história do Sporting, o Clube vivia em águas calmas, com a Direcção a ser muito elogiada, de tal forma que o Relatório Contas apresentado no final do mandato, foi aprovado por aclamação, numa altura em que a situação financeira era considerada desafogada, ao ponto de no final desta gerência que aconteceu no dia 9 de Agosto de 1935, o Presidente ter afirmado orgulhosamente que para além de favores, o Sporting não devia nada a ninguém.

O número de associados continuou a aumentar e o seu limite máximo subiu para os 5000, o que permitiu a entrada de 1247 novos sócios, tendo a cotização atingido o valor de 267 contos, enquanto o movimento das Filiais e Delegações também cresceu, chegando-se às 68 e 7 respectivamente, consolidando-se assim a posição do Sporting enquanto clube implantação nacional.

Desportivamente sucediam-se as vitórias em modalidades como o Tiro, o Andebol e o Ténis. No Atletismo o regresso de Salazar Carreira ao comando da secção recolocou-a no bom caminho, enquanto o Ciclismo perdeu embalagem com a saída de alguns dos seus melhores elementos, depois de 1934 ter sido um ano muito positivo, apesar da Volta a Portugal não ter corrido bem.

O Basquetebol, a Ginástica e a Esgrima foram outras modalidades onde se verificaram progressos, enquanto o Râguebi e o Ping Pong caminhavam em sentido contrário, estando em cima da mesa a sua extinção. Já a Natação continuava a viver com as dificuldades resultantes da falta de uma piscina e nesta altura o Sporting deixou de participar nas competições de Polo Aquático.

No Futebol o Sporting ganhou pela primeira vez todas as competições regionais, mas perdeu a Final do Campeonato de Portugal e ficou em 2º lugar na primeira edição do experimental Campeonato da I Liga. Não se podia ganhar sempre.

Os gastos com a equipa de Futebol cresceram para cerca de 312 contos, dos quais 94.555$00 foram para os ordenados dos jogadores e 18.100$00 para pagar ao treinador. O profissionalismo começava a ser timidamente assumido, mas apesar destas despesas o saldo final foi positivo.

Mas a grande vitória desta Gerência foi a resolução do problema das instalações do Campo Grande, que já se arrastava à anos nos Tribunais, em virtude de uma acção de despejo movida ao Sporting, pelo proprietário dos terrenos onde estavam situadas as mesmas, sobre a qual foi dada razão ao Clube em todas as instâncias.

Na sequência desse caso, os referidos terrenos passaram para a posse da Câmara Municipal de Lisboa, com a qual o Sporting estabeleceu então um contrato de arrendamento válido por 15 anos, ficando a pagar 1200 escudos por mês.

No entanto Joaquim Oliveira Duarte, tal como Júlio de Araújo há alguns anos atrás, já sonhava com a construção de infraestruturas desportivas que satisfizessem as exigências do presente e do futuro do Clube, estando em fase de projecto obras que visavam uma transformação total das instalações existentes.

To-mane 13h15min de 23 de Outubro de 2011 (WEST)