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Gerência anterior:
A Gerência 1938/39
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A Gerência 1940/41

No dia 5 de Agosto de 1939 a Direcção de Joaquim Oliveira Duarte foi reeleita, com profundas alterações na sua constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte
Vice Presidente António Cardoso
Tesoureiro Filipe Joaquim Conrado
Secretário Geral Augusto Pinto de Lima
Secretário Adjunto João Pereira da Costa
Vogal Efectivo Francisco Gonçalves Franco
Vogal Efectivo Carlos Cecílio Góis Mota
Vogal Suplente Jorge Júlio dos Santos Leitão
Vogal Suplente Alfredo Colaço Dias

Esta foi uma gerência muito pobre em termos desportivos, pois o Futebol não ganhou nada, o Ciclismo onde se apostou forte também não, e até no Atletismo as coisas não correram como de costume.

Em termos financeiros esta Gerência que terminou em 14 de Agosto de 1940, apresentou um saldo negativo de cerca de 49 contos, com o Futebol a dar quase 70 contos de prejuízo, em parte devido aos ordenados, que já ultrapassavam os 200 contos.

Para além disso, a crise resultante da situação que se vivia na Europa, originou um decréscimo nas receitas, e o resultado final só não foi pior porque as rendas baixaram substancialmente.

Em Janeiro de 1940 a Direcção convocou uma Assembleia Geral extraordinária, no sentido de pedir autorização aos sócios para a compra de um prédio na Rua Rosa Araújo, onde se pretendia instalar a Sede do Clube, uma vez que a renda do Palácio da Foz se tornara numa despesa excessiva e para além disso o senhorio já tinha avisado que não pretendia renovar o contrato. Assim a Direcção propunha-se a comprar e fazer obras no referido prédio, de forma a dotá-lo de um ginásio e de salas para a prática de Bilhar e de Ténis de Mesa. O financiamento do projecto seria garantido à custa de 100 contos a retirar da verba angariada pela Comissão Executiva do Estádio do Sporting, sendo os restantes montantes assegurados pela banca, com encargos menores do que as rendas que na altura eram pagas pelo aluguer do Palácio da Foz. A proposta foi aprovada por unanimidade, ficando estabelecido um montante máximo para a execução do projecto, para se evitarem derrapagens que pudessem empurrar o Clube para situações de aperto.

Foi também nesta altura que se realizou o primeiro Congresso de Filiais e Delegações Leoninas, com um custo superior a 5 contos, mas esta Gerência que terminou em 14 de Agosto de 1940, ficou também marcada pelas obras de beneficiação do Stadium de Lisboa, numa altura em que a ideia de construir um novo estádio fora colocada na gaveta, devido à crise financeira e a algumas dificuldades levantadas pela Câmara Municipal de Lisboa.

Entretanto o Benfica ficara sem o Campo das Amoreiras, e por sugestão do Ministro Duarte Pacheco Pereira, a Câmara de Lisboa propôs ao Sporting a cedência de um dos seus recintos ao seu velho rival, proposta que foi aceite pela Direcção leonina, que cedeu o campo conhecido como a Estância de Madeira, sem prejuízo dos direitos que sobre ele detinham, e mediante algumas contrapartidas, como a redução para metade na renda do Estádio de Lisboa e a autorização para alargar as obras em curso no referido estádio, a terrenos pertencentes à Câmara que ficavam atrás do Peão deste, e assim o Sporting alargou os seus domínios e deu mais um passo para a construção do futuro Estádio José Alvalade.

To-mane 16h14min de 24 de Outubro de 2011 (WEST)