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| Nessa altura já [[Enrique Fernandez]] fora despedido, ele que tinha começado a renovação de uma equipa em fim de ciclo, mas com resultados pouco animadores, assim quando esta Gerência tomou posse estava na ordem do dia a discussão sobre a necessidade de profissionalizar totalmente o Futebol e de estancar os gastos com as secções amadoras. | | Nessa altura já [[Enrique Fernandez]] fora despedido, ele que tinha começado a renovação de uma equipa em fim de ciclo, mas com resultados pouco animadores, assim quando esta Gerência tomou posse estava na ordem do dia a discussão sobre a necessidade de profissionalizar totalmente o Futebol e de estancar os gastos com as secções amadoras. |
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− | De resto o rumo traçado era claro no sentido de se conseguir uma exploração não deficitária e ao mesmo tempo construir uma equipa de Futebol à altura das responsabilidades e tradições do Sporting, o que passava também pela realização de jogos com clubes estrangeiros como fonte de receitas. Assim em relação ao ano anterior houve um aumento de receitas superior a 150 contos, atingindo-se um valor total de cerca de 8663 contos, contra despesas de um pouco mais de 6910 contos, uma redução de quase 2000 contos em relação ao ano anterior, o que significava um saldo positivo de mais de 1752 contos, que no final do exercício se fixou nos 113635$, pois foram investidos 2040 contos na reestruturação do plantel do futebol profissional, aos quais há a abater 401500$ da cedência de jogadores que não interessavam. No essencial estes ganhos foram obtidos na exploração da actividade desportiva e do campo atlético, num ano em que as despesas gerais atingiram os 1210 contos. | + | De resto o rumo traçado era claro no sentido de se conseguir uma exploração não deficitária e ao mesmo tempo construir uma equipa de Futebol à altura das responsabilidades e tradições do Sporting, o que passava também pela realização de jogos com clubes estrangeiros como fonte de rendimentos. Assim em relação ao ano anterior houve um aumento de receitas superior a 150 contos, atingindo-se um valor total de cerca de 8663 contos, contra despesas de um pouco mais de 6910 contos, uma redução de quase 2000 contos em relação ao ano anterior, o que significava um saldo positivo de mais de 1752 contos, que no final do exercício se fixou nos 113635$, pois foram investidos 2040 contos na reestruturação do plantel do futebol profissional, aos quais há a abater 401500$ da cedência de jogadores que não interessavam. No essencial estes ganhos foram obtidos na exploração da actividade desportiva e do campo atlético, num ano em que as despesas gerais atingiram os 1210 contos. |
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| Neste ano a actividade desportiva do Clube teve um saldo negativo de mais de 3100 contos, 2100 dos quais eram referentes ao [[Futebol]], que custou mais de 5100 contos, contra 3000 contos de receitas, sendo que o [[Atletismo]] e o [[Ciclismo]] continuavam a ser as outras modalidades com maiores custos, numa área onde o Sporting gastou 4208 contos, o que mesmo assim significava uma redução de 660 contos em relação aos custos com as modalidades amadoras no ano anterior. | | Neste ano a actividade desportiva do Clube teve um saldo negativo de mais de 3100 contos, 2100 dos quais eram referentes ao [[Futebol]], que custou mais de 5100 contos, contra 3000 contos de receitas, sendo que o [[Atletismo]] e o [[Ciclismo]] continuavam a ser as outras modalidades com maiores custos, numa área onde o Sporting gastou 4208 contos, o que mesmo assim significava uma redução de 660 contos em relação aos custos com as modalidades amadoras no ano anterior. |
Revisão das 16h47min de 20 de fevereiro de 2020
No dia 15 de Dezembro de 1958, foi eleita uma nova a Direção que tomou posse no dia 7 de Janeiro de 1959 com a seguinte constituição:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
Guilherme Braga Brás Medeiros |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
António Dolores Rendas |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas |
José Félix Alves Carvalhosa |
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
Augusto Ventura Mateus |
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Director-Secretário |
Mário José da Silva Garcia |
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Director-Tesoureiro |
José Lúcio da Silva |
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Director-Contabilista |
António Alexandre Pereira da Silva |
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Director das Actividades Desportivas |
Jorge Planas Almasqué |
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Director das Actividades Desportivas |
Eduardo Oliveira Martins |
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Director das Instalações Desportivas |
Felisberto Lopes Vaz |
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Director das Instalações Sociais |
Gentil Daniel Ribeiro Martins |
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Suplente |
Álvaro Francisco Torres de Andrade e Silva |
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Suplente |
Romeu Adrião da Silva Branco |
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Brás Medeiros iniciou o seu mandato prometendo um implacável regime de austeridade de forma a restabelecer o equilíbrio perdido, garantindo também que iria distinguir a verdadeiras práticas amadoras das não o eram, em obediência aos saudáveis princípios da dignidade e da disciplina.
Para começar foram eliminadas as comissões que tinham autonomia administrativa, nomeadamente a que geria o Estádio José Alvalade, enquanto o Jornal Sporting foi suspenso em virtude dos seus crónicos prejuízos, o que logo gerou alguma contestação numa altura em que os Sportinguistas se queixavam de uma comunicação social parcial, pelo que sentiam a necessidade de ter um órgão que defendesse o Clube, havendo mesmo quem sugerisse que se aumentasse o preço do jornal para o manter vivo. Na prática esta última medida resultou apenas numa poupança de 125 contos, mas no geral a política implementada foi bem sucedida.
Em Abril realizou-se uma Assembleia-Geral para apresentação das contas da Gerência 1958, altura em que o Presidente cessante foi confrontado com os resultados apresentados depois de ter prometido uma gestão financeiramente rigorosa, isto para além dos casos que afetaram o Futebol do Clube que atravessava uma crise com a equipa principal a terminar no 4º lugar do Campeonato depois do título conquistado em 1957/58.
Nessa altura já Enrique Fernandez fora despedido, ele que tinha começado a renovação de uma equipa em fim de ciclo, mas com resultados pouco animadores, assim quando esta Gerência tomou posse estava na ordem do dia a discussão sobre a necessidade de profissionalizar totalmente o Futebol e de estancar os gastos com as secções amadoras.
De resto o rumo traçado era claro no sentido de se conseguir uma exploração não deficitária e ao mesmo tempo construir uma equipa de Futebol à altura das responsabilidades e tradições do Sporting, o que passava também pela realização de jogos com clubes estrangeiros como fonte de rendimentos. Assim em relação ao ano anterior houve um aumento de receitas superior a 150 contos, atingindo-se um valor total de cerca de 8663 contos, contra despesas de um pouco mais de 6910 contos, uma redução de quase 2000 contos em relação ao ano anterior, o que significava um saldo positivo de mais de 1752 contos, que no final do exercício se fixou nos 113635$, pois foram investidos 2040 contos na reestruturação do plantel do futebol profissional, aos quais há a abater 401500$ da cedência de jogadores que não interessavam. No essencial estes ganhos foram obtidos na exploração da actividade desportiva e do campo atlético, num ano em que as despesas gerais atingiram os 1210 contos.
Neste ano a actividade desportiva do Clube teve um saldo negativo de mais de 3100 contos, 2100 dos quais eram referentes ao Futebol, que custou mais de 5100 contos, contra 3000 contos de receitas, sendo que o Atletismo e o Ciclismo continuavam a ser as outras modalidades com maiores custos, numa área onde o Sporting gastou 4208 contos, o que mesmo assim significava uma redução de 660 contos em relação aos custos com as modalidades amadoras no ano anterior.
No inicio da nova época a Direcção de Brás Medeiros apostou em Fernando Vaz, um jovem treinador português em ascensão, e na contratação de alguns jogadores estrangeiros com qualidade, como eram os casos dos brasileiros Fernando Puglia e Lúcio e do peruano Seminário, tendo também estado em cima da mesa o nome do brasileiro Evaristo Macedo que jogava no Barcelona, tudo com o objectivo de formar uma equipa forte que honrasse a herança dos "Cinco Violinos ", pelo que o grau de exigência era muito elevado, de tal forma que um empate em Coimbra aliado a algumas exibições menos conseguidas levaram ao despedimento do treinador quando a equipa estava a apenas 1 ponto do Benfica, mas os resultados dessa "chicotada psicológica" não foram os desejados.
Desportivamente este não foi um ano brilhante, mas se no Futebol apenas se ganhou o Regional de Reservas, o Atletismo continuou a consolidar a sua posição de liderança, agora também alargada ao sector feminino, enquanto Ténis de Mesa, Voleibol, Basquetebol e Badminton também somaram alguns títulos, sem esquecer o Motorismo que teve um ano muito positivo e o Andebol que estava em fase de remodelação. Pelo contrário o Ciclismo continuou por baixo, de tal forma que o encerramento da secção esteve em cima da mesa, mas acabou-se por optar por uma integral reforma desta modalidade histórica no Clube. A Natação e a Ginástica continuavam a debater-se com o problema da falta de instalações, enquanto Hóquei em Patins, Râguebi, Tiro, Tiro com Arco, Pesca Desportiva e Xadrez eram as restantes modalidades praticadas no Clube, mas que não tiveram grandes resultados.
Nesta Gerência que terminou em 22 de Março de 1960 foram tomadas algumas decisões estruturantes para o futuro do Clube com destaque para a decisão de hipotecar a prédio da Rua do Passadiço para posterior venda do mesmo, no sentido de assegurar verbas que permitissem a instalação da Sede no Estádio José Alvalade e conclusão das obras projectadas para aquela estrutura, nomeadamente o fecho do anel. Simultâneamente foi realizado um empréstimo interno que em 31 de Dezembro de 1959 já tinha atingido os 458 contos.
Nessa altura o Sporting Clube de Portugal tinha 22791 sócios, mais 1250 de que há um ano atrás, que geravam uma receita de quase 4330 contos, dispondo ainda de 67 Filiais e 10 Delegações espalhadas por todo o mundo.
Há ainda a assinalar uma digressão aos Açores e à Madeira.
To-mane 15h32min de 29 de Outubro de 2011 (WEST)