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Edição atual desde as 00h57min de 11 de novembro de 2023
No dia 2 de Agosto de 1934 a Direcção de Joaquim Oliveira Duarte foi reeleita, com ligeiras alterações na sua constituição:
O Presidente Oliveira Duarte rodeado de troféus
Depois de dois anos em que tinham sido lançados os alicerces daquele que seria o período mais rico da história do Sporting, o Clube vivia em águas calmas, com a Direcção a ser muito elogiada, de tal forma que o Relatório Contas apresentado no final do mandato, foi aprovado por aclamação, numa altura em que a situação financeira era considerada desafogada, ao ponto de no final desta gerência que aconteceu no dia 9 de Agosto de 1935, o Presidente ter afirmado orgulhosamente que para além de favores, o Sporting não devia nada a ninguém.
O número de associados continuou a aumentar e o seu limite máximo subiu para os 5000, o que permitiu a entrada de 1247 novos sócios, tendo a cotização atingido o valor de 267 contos, enquanto o movimento das Filiais e Delegações também cresceu, chegando-se às 68 e 7 respectivamente, consolidando-se assim a posição do Sporting enquanto clube implantação nacional.
Desportivamente sucediam-se as vitórias em modalidades como o Tiro, o Andebol e o Ténis. No Atletismo o regresso de Salazar Carreira ao comando da secção recolocou-a no bom caminho, enquanto o Ciclismo perdeu embalagem com a saída de alguns dos seus melhores elementos, depois de 1934 ter sido um ano muito positivo, apesar da Volta a Portugal não ter corrido bem.
O Basquetebol, a Ginástica e a Esgrima foram outras modalidades onde se verificaram progressos, enquanto o Râguebi e o Ping Pong caminhavam em sentido contrário, estando em cima da mesa a sua extinção. Já a Natação continuava a viver com as dificuldades resultantes da falta de uma piscina e nesta altura o Sporting deixou de participar nas competições de Polo Aquático.
No Futebol o Sporting ganhou pela primeira vez todas as competições regionais, mas perdeu a Final do Campeonato de Portugal e ficou em 2º lugar na primeira edição do experimental Campeonato da I Liga. Não se podia ganhar sempre.
Os gastos com a equipa de Futebol cresceram para cerca de 312 contos, dos quais 94.555$00 foram para os ordenados dos jogadores e 18.100$00 para pagar ao treinador. O profissionalismo começava a ser timidamente assumido, mas apesar destas despesas o saldo final foi positivo.
Mas a grande vitória desta Gerência foi a resolução do problema das instalações do Campo Grande, que já se arrastava à anos nos Tribunais, em virtude de uma acção de despejo movida ao Sporting, pelo proprietário dos terrenos onde estavam situadas as mesmas, sobre a qual foi dada razão ao Clube em todas as instâncias.
Na sequência desse caso, os referidos terrenos passaram para a posse da Câmara Municipal de Lisboa, com a qual o Sporting estabeleceu então um contrato de arrendamento válido por 15 anos, ficando a pagar 1200 escudos por mês.
No entanto Joaquim Oliveira Duarte, tal como Júlio de Araújo há alguns anos atrás, já sonhava com a construção de infraestruturas desportivas que satisfizessem as exigências do presente e do futuro do Clube, estando em fase de projecto obras que visavam uma transformação total das instalações existentes.
To-mane 13h15min de 23 de Outubro de 2011 (WEST)