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A segunda Gerência de [[João Rocha]] tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando no dia 27 de Outubro de 1978 foram eleitos os Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do [[Sporting Clube de Portugal]] que só viriam a tomar posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com uma Direção com a seguinte constituição:   
 
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|Director Contabilista||Eugénio Silva Ribeiro||
 
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Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, [[João Rocha]] reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.
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Mesmo assim o Presidente enumerava a obra feita: 3 pavilhões, 8 ginásios, a sala de aquecimento para o Futebol, as torres de iluminação do estádio, as salas para a Luta e o Taekwondo e o complexo para o Ténis de Mesa, isto para além dos títulos europeus e mundiais, das medalhas olímpicas e dos muitos campeonatos conquistados pelos cerca de 8 mil atletas que o Clube movimentava, ao mesmo tempo que se queixava do tratamento dado por uma imprensa tendenciosa e subserviente a um clube rival, uma situação que se alastrava à banca que fechava as torneiras ao Sporting, ao mesmo tempo que sustentava e apoiava atividades parasitárias e até às entidades oficiais, que só a muito custo tinham assinado as escrituras dos terrenos há 12 anos devidos ao Sporting e mesmo assim em proporção diferente daqueles que foram dados a outro clube, isto sem esquecer o Futebol que vivia no mundo das trevas.
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Em Novembro de 1978 o Sporting inaugurou o seu no Bastú, um dos melhores do País com uma zona seca que englobava a receção, sala de estar, bar e vestiários e uma zona molhada com balneários, caixa de sauna, tanque de imersão, câmara de banho escocês e balneários.
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No início de 1979 foi reativada a secção de [[Natação]].
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Em Fevereiro de 1979 o Sporting assinou um acordo de cooperação com o New England Tea Men, que previa que [[Artur Correia]] e [[Salif Keita]] representassem aquele clube de Boston entre Abril e Agosto e [[Manuel Fernandes]] e [[Jordão]], apenas no decurso do defeso em Portugal. Em contrapartida os americanos asseguravam os custos da reabilitação de [[Da Costa]] numa clinica privada e a Lipton Unilever, empresa subsidiária do Tea Men, comprometia-se a colaborar na construção da Cidade Desportiva do Sporting, que por sua vez garantia um estágio em Alvalade a alguns jogadores do Clube americano que poderiam vir a representar o Clube português. Benfica e FC Porto tentaram boicotar este acordo, invocando que ele violava as regras estabelecidas na Portaria que regulamentava as transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro, isto apesar de qualquer um deles já ter transacionado futebolista seus em idênticas circunstâncias.
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Esta "guerra" com o Benfica tinha começado quando os encarnados se intrometeram na transferência de [[Jordão]] do Zaragoza para o Sporting, ao que os Leões responderam com a contratação de [[Artur Correia]], culminou com a vinda para o Sporting de [[António Fidalgo|Fidalgo]] e [[Eurico Gomes|Eurico]], com [[João Laranjeira]] e [[António Botelho|Botelho]] a fazerem o percurso inverso.
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Em Março de 1979 foram devolvidos ao Sporting por ordem judicial, os terrenos que estavam ocupados pelo restaurante Frou-Frou, que ficavam no ângulo entre o Campo Grande e a Avenida das Forças Armadas.
  
 
Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente.
 
Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente.
  
Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direcção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela [[Assembleia Geral]], mas esta aparente normalidade não durou muito tempo.
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Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela [[Assembleia Geral]], mas esta aparente normalidade não durou muito tempo.
  
A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise directiva]], que se arrastou durante um ano.  
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A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise diretiva]], que se arrastou durante um ano.  
  
Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol, enquanto no Futebol se vivia outra "guerra" com o Benfica, da qual resultou vinda para o Sporting de [[António Fidalgo|Fidalgo]] e [[Eurico Gomes|Eurico]], com [[João Laranjeira]] e [[António Botelho|Botelho]] a fazerem o percurso inverso.
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Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol.
  
 
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[[Categoria:Direcções|1979]]
 
[[Categoria:Direcções|1979]]

Revisão das 16h44min de 26 de abril de 2024

Gerência anterior:
A Gerência 1975-1978
Gerência seguinte:
A Comissão de Gestão 1979/80

A segunda Gerência de João Rocha tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando no dia 27 de Outubro de 1978 foram eleitos os Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal que só viriam a tomar posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com uma Direção com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente João António dos Anjos Rocha
Vice Presidente para as Relações Externas José Nunes dos Santos
Vice Presidente para as Actividades Administrativas Abílio Serra Martins
Vice Presidente para Gestão Financeira João Amado de Freitas
Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas José Manuel Torcato
Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais
Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras Mário Alberto Freire Moniz Pereira
Vice Presidente para o Jornal João José Pinho Xara Brasil
Vice Presidente para Secretariado Geral Mário José da Silva Garcia
Director das Instalações Desportivas Joaquim Augusto Ferreira Canais
Director adjunto para as Instalações Desportivas Orlando Coelho Naia
Director adjunto para as Instalações Desportivas António Correia
Director adjunto para Secretariado Geral Alberto Lourenço
Director adjunto para as Actividades Desportivas Profissionais Artur de Sousa Marques
Director de Obras e Melhoramentos Manuel da Luz Aranha
Director Contabilista Eugénio Silva Ribeiro
Director de Pelouro Manolo Vidal
Director de Pelouro Durvalino Neto
Director de Pelouro José Fidalgo
Director de Pelouro Garcia Alvarez
Director de Pelouro Fiel Farinha
Director de Pelouro Nuno Delgado
Director de Pelouro Nuno Moniz Pereira
Director de Pelouro Mário Casquilho
A Assembleia Geral eleitoral de 1978
O novo bastú
João Rocha expõe as razões do Sporting no caso Tea Men

Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, João Rocha reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.

Mesmo assim o Presidente enumerava a obra feita: 3 pavilhões, 8 ginásios, a sala de aquecimento para o Futebol, as torres de iluminação do estádio, as salas para a Luta e o Taekwondo e o complexo para o Ténis de Mesa, isto para além dos títulos europeus e mundiais, das medalhas olímpicas e dos muitos campeonatos conquistados pelos cerca de 8 mil atletas que o Clube movimentava, ao mesmo tempo que se queixava do tratamento dado por uma imprensa tendenciosa e subserviente a um clube rival, uma situação que se alastrava à banca que fechava as torneiras ao Sporting, ao mesmo tempo que sustentava e apoiava atividades parasitárias e até às entidades oficiais, que só a muito custo tinham assinado as escrituras dos terrenos há 12 anos devidos ao Sporting e mesmo assim em proporção diferente daqueles que foram dados a outro clube, isto sem esquecer o Futebol que vivia no mundo das trevas.

Em Novembro de 1978 o Sporting inaugurou o seu no Bastú, um dos melhores do País com uma zona seca que englobava a receção, sala de estar, bar e vestiários e uma zona molhada com balneários, caixa de sauna, tanque de imersão, câmara de banho escocês e balneários.

No início de 1979 foi reativada a secção de Natação.

Em Fevereiro de 1979 o Sporting assinou um acordo de cooperação com o New England Tea Men, que previa que Artur Correia e Salif Keita representassem aquele clube de Boston entre Abril e Agosto e Manuel Fernandes e Jordão, apenas no decurso do defeso em Portugal. Em contrapartida os americanos asseguravam os custos da reabilitação de Da Costa numa clinica privada e a Lipton Unilever, empresa subsidiária do Tea Men, comprometia-se a colaborar na construção da Cidade Desportiva do Sporting, que por sua vez garantia um estágio em Alvalade a alguns jogadores do Clube americano que poderiam vir a representar o Clube português. Benfica e FC Porto tentaram boicotar este acordo, invocando que ele violava as regras estabelecidas na Portaria que regulamentava as transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro, isto apesar de qualquer um deles já ter transacionado futebolista seus em idênticas circunstâncias.

Esta "guerra" com o Benfica tinha começado quando os encarnados se intrometeram na transferência de Jordão do Zaragoza para o Sporting, ao que os Leões responderam com a contratação de Artur Correia, culminou com a vinda para o Sporting de Fidalgo e Eurico, com João Laranjeira e Botelho a fazerem o percurso inverso.

Em Março de 1979 foram devolvidos ao Sporting por ordem judicial, os terrenos que estavam ocupados pelo restaurante Frou-Frou, que ficavam no ângulo entre o Campo Grande e a Avenida das Forças Armadas.

Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente.

Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela Assembleia Geral, mas esta aparente normalidade não durou muito tempo.

A 7 de Agosto de 1979 João Rocha informou o Conselho Leonino da sua intenção de se demitir da Presidência do Sporting Clube de Portugal, despoletando uma grave crise diretiva, que se arrastou durante um ano.

Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol.

To-mane 15h35min de 16 de Novembro de 2011 (WET)