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− | A segunda Gerência de [[João Rocha]] tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando em Outubro de 1978 a Direcção de [[João Rocha]] foi reeleita, tomando posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com a seguinte constituição: | + | A segunda Gerência de [[João Rocha]] tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando no dia 27 de Outubro de 1978 foram eleitos os Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do [[Sporting Clube de Portugal]] que só viriam a tomar posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com uma Direção com a seguinte constituição: |
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| |Director adjunto para Secretariado Geral||Alberto Lourenço|| | | |Director adjunto para Secretariado Geral||Alberto Lourenço|| |
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− | |Director adjunto para as Actividades Desportivas Profissionais||Artur Sousa Marques|| | + | |Director adjunto para as Actividades Desportivas Profissionais||[[Sousa Marques|Artur de Sousa Marques]]|| |
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| |Director de Obras e Melhoramentos||Manuel da Luz Aranha|| | | |Director de Obras e Melhoramentos||Manuel da Luz Aranha|| |
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| |Director Contabilista||Eugénio Silva Ribeiro|| | | |Director Contabilista||Eugénio Silva Ribeiro|| |
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− | |Director de Pelouro||Manolo Vidal|| | + | |Director de Pelouro||[[Manolo Vidal]]|| |
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| |Director de Pelouro||Durvalino Neto|| | | |Director de Pelouro||Durvalino Neto|| |
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− | |Director de Pelouro||José Fidalgo|| | + | |Director de Pelouro||[[José Fidalgo]]|| |
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| |Director de Pelouro||Garcia Alvarez|| | | |Director de Pelouro||Garcia Alvarez|| |
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| |Director de Pelouro||Nuno Moniz Pereira|| | | |Director de Pelouro||Nuno Moniz Pereira|| |
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| + | [[Imagem:ag1978.JPG|thumb||<center>A Assembleia Geral eleitoral de 1978</center>|300px]] |
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| + | [[Imagem:JR79.JPG|thumb||<center>João Rocha expõe as razões do Sporting no caso Tea Men</center>|300px]] |
| + | Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, [[João Rocha]] reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos. |
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| + | Mesmo assim o Presidente enumerava a obra feita: 3 pavilhões, 8 ginásios, a sala de aquecimento para o Futebol, as torres de iluminação do estádio, as salas para a Luta e o Taekwondo e o complexo para o Ténis de Mesa, isto para além dos títulos europeus e mundiais, das medalhas olímpicas e dos muitos campeonatos conquistados pelos cerca de 8 mil atletas que o Clube movimentava, ao mesmo tempo que se queixava do tratamento dado por uma imprensa tendenciosa e subserviente a um clube rival, uma situação que se alastrava à banca que fechava as torneiras ao Sporting, ao mesmo tempo que sustentava e apoiava atividades parasitárias e até às entidades oficiais, que só a muito custo tinham assinado as escrituras dos terrenos há 12 anos devidos ao Sporting e mesmo assim em proporção diferente daqueles que foram dados a outro clube, isto sem esquecer o Futebol que vivia no mundo das trevas. |
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| + | Em Novembro de 1978 o Sporting inaugurou o seu no Bastú, um dos melhores do País com uma zona seca que englobava a receção, sala de estar, bar e vestiários e uma zona molhada com balneários, caixa de sauna, tanque de imersão, câmara de banho escocês e balneários. |
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| + | No início de 1979 foi reativada a secção de [[Natação]]. |
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| + | Em Fevereiro de 1979 o Sporting assinou um acordo de cooperação com o New England Tea Men, que previa que [[Artur Correia]] e [[Salif Keita]] representassem aquele clube de Boston entre Abril e Agosto e [[Manuel Fernandes]] e [[Jordão]], apenas no decurso do defeso em Portugal. Em contrapartida os americanos asseguravam os custos da reabilitação de [[Da Costa]] numa clinica privada e a Lipton Unilever, empresa subsidiária do Tea Men, comprometia-se a colaborar na construção da Cidade Desportiva do Sporting, que por sua vez garantia um estágio em Alvalade a alguns jogadores do Clube americano que poderiam vir a representar o Clube português. Benfica e FC Porto tentaram boicotar este acordo, invocando que ele violava as regras estabelecidas na Portaria que regulamentava as transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro, isto apesar de qualquer um deles já ter transacionado futebolista seus em idênticas circunstâncias. |
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| + | Esta "guerra" com o Benfica tinha começado quando os encarnados se intrometeram na transferência de [[Jordão]] do Zaragoza para o Sporting, ao que os Leões responderam com a contratação de [[Artur Correia]], culminou com a vinda para o Sporting de [[António Fidalgo|Fidalgo]] e [[Eurico Gomes|Eurico]], com [[João Laranjeira]] e [[António Botelho|Botelho]] a fazerem o percurso inverso. |
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| + | Em Março de 1979 foram devolvidos ao Sporting por ordem judicial, os terrenos que estavam ocupados pelo restaurante Frou-Frou, que ficavam no ângulo entre o Campo Grande e a Avenida das Forças Armadas. |
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| Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente. | | Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente. |
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− | Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direcção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela [[Assembleia Geral]], mas esta aparente normalidade não durou muito tempo. | + | Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela [[Assembleia Geral]], mas esta aparente normalidade não durou muito tempo. |
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− | A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise directiva]], que se arrastou durante um ano. | + | A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise diretiva]], que se arrastou durante um ano. |
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− | Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol, enquanto no Futebol se vivia outra "guerra" com o Benfica, da qual resultou vinda para o Sporting de [[António Fidalgo|Fidalgo]] e [[Eurico Gomes|Eurico]], com [[João Laranjeira]] e [[António Botelho|Botelho]] a fazerem o percurso inverso. | + | Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol. |
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| [[Categoria:Direcções|1979]] | | [[Categoria:Direcções|1979]] |
Revisão das 16h44min de 26 de abril de 2024
A segunda Gerência de João Rocha tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando no dia 27 de Outubro de 1978 foram eleitos os Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal que só viriam a tomar posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com uma Direção com a seguinte constituição:
Cargo
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Nome
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Observações
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Presidente |
João António dos Anjos Rocha |
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Vice Presidente para as Relações Externas |
José Nunes dos Santos |
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Vice Presidente para as Actividades Administrativas |
Abílio Serra Martins |
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Vice Presidente para Gestão Financeira |
João Amado de Freitas |
|
Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas |
José Manuel Torcato |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais |
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Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras |
Mário Alberto Freire Moniz Pereira |
|
Vice Presidente para o Jornal |
João José Pinho Xara Brasil |
|
Vice Presidente para Secretariado Geral |
Mário José da Silva Garcia |
|
Director das Instalações Desportivas |
Joaquim Augusto Ferreira Canais |
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Director adjunto para as Instalações Desportivas |
Orlando Coelho Naia |
|
Director adjunto para as Instalações Desportivas |
António Correia |
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Director adjunto para Secretariado Geral |
Alberto Lourenço |
|
Director adjunto para as Actividades Desportivas Profissionais |
Artur de Sousa Marques |
|
Director de Obras e Melhoramentos |
Manuel da Luz Aranha |
|
Director Contabilista |
Eugénio Silva Ribeiro |
|
Director de Pelouro |
Manolo Vidal |
|
Director de Pelouro |
Durvalino Neto |
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Director de Pelouro |
José Fidalgo |
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Director de Pelouro |
Garcia Alvarez |
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Director de Pelouro |
Fiel Farinha |
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Director de Pelouro |
Nuno Delgado |
|
Director de Pelouro |
Nuno Moniz Pereira |
|
Director de Pelouro |
Mário Casquilho |
|
A Assembleia Geral eleitoral de 1978
João Rocha expõe as razões do Sporting no caso Tea Men
Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, João Rocha reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.
Mesmo assim o Presidente enumerava a obra feita: 3 pavilhões, 8 ginásios, a sala de aquecimento para o Futebol, as torres de iluminação do estádio, as salas para a Luta e o Taekwondo e o complexo para o Ténis de Mesa, isto para além dos títulos europeus e mundiais, das medalhas olímpicas e dos muitos campeonatos conquistados pelos cerca de 8 mil atletas que o Clube movimentava, ao mesmo tempo que se queixava do tratamento dado por uma imprensa tendenciosa e subserviente a um clube rival, uma situação que se alastrava à banca que fechava as torneiras ao Sporting, ao mesmo tempo que sustentava e apoiava atividades parasitárias e até às entidades oficiais, que só a muito custo tinham assinado as escrituras dos terrenos há 12 anos devidos ao Sporting e mesmo assim em proporção diferente daqueles que foram dados a outro clube, isto sem esquecer o Futebol que vivia no mundo das trevas.
Em Novembro de 1978 o Sporting inaugurou o seu no Bastú, um dos melhores do País com uma zona seca que englobava a receção, sala de estar, bar e vestiários e uma zona molhada com balneários, caixa de sauna, tanque de imersão, câmara de banho escocês e balneários.
No início de 1979 foi reativada a secção de Natação.
Em Fevereiro de 1979 o Sporting assinou um acordo de cooperação com o New England Tea Men, que previa que Artur Correia e Salif Keita representassem aquele clube de Boston entre Abril e Agosto e Manuel Fernandes e Jordão, apenas no decurso do defeso em Portugal. Em contrapartida os americanos asseguravam os custos da reabilitação de Da Costa numa clinica privada e a Lipton Unilever, empresa subsidiária do Tea Men, comprometia-se a colaborar na construção da Cidade Desportiva do Sporting, que por sua vez garantia um estágio em Alvalade a alguns jogadores do Clube americano que poderiam vir a representar o Clube português. Benfica e FC Porto tentaram boicotar este acordo, invocando que ele violava as regras estabelecidas na Portaria que regulamentava as transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro, isto apesar de qualquer um deles já ter transacionado futebolista seus em idênticas circunstâncias.
Esta "guerra" com o Benfica tinha começado quando os encarnados se intrometeram na transferência de Jordão do Zaragoza para o Sporting, ao que os Leões responderam com a contratação de Artur Correia, culminou com a vinda para o Sporting de Fidalgo e Eurico, com João Laranjeira e Botelho a fazerem o percurso inverso.
Em Março de 1979 foram devolvidos ao Sporting por ordem judicial, os terrenos que estavam ocupados pelo restaurante Frou-Frou, que ficavam no ângulo entre o Campo Grande e a Avenida das Forças Armadas.
Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão de um vice-presidente.
Poucos meses depois o Relatório Contas de 1978 foi aprovado numa reunião magna, onde a Direção anunciou que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação daquela Assembleia Geral, mas esta aparente normalidade não durou muito tempo.
A 7 de Agosto de 1979 João Rocha informou o Conselho Leonino da sua intenção de se demitir da Presidência do Sporting Clube de Portugal, despoletando uma grave crise diretiva, que se arrastou durante um ano.
Desportivamente esta Gerência festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta-Mato, e de mais um Campeonato Nacional de Andebol.
To-mane 15h35min de 16 de Novembro de 2011 (WET)