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História

Emblema do clube

O Sporting Clube Olhanense, Filial número 4 do Sporting Clube de Portugal, surgiu da boa vontade de um grupo de jovens que passavam os seus tempos livres a praticar futebol, numa altura em que esta modalidade desportiva era praticamente desconhecida. Assim em espírito de divertimento e desportivismo nasceu a 27 de Abril de 1912 o futebol na cidade de Olhão, pelas mãos do seu fundador Armando Amâncio.

Inicialmente, os jogos realizavam-se no Largo da Feira, na Praça João de Deus, algures entre a Ria Formosa e onde estão hoje as Escolas Primárias. A marcação do campo e a montagem das balizas eram feitas no próprio dia de jogo. As balizas desmontáveis eram guardadas debaixo de uma ponte existente na Rua Almirante Reis, no cruzamento com a Rua da Liberdade. As "marés vivas" eram inconvenientes, impossibilitando por vezes as partidas.

Em 1921 o Olhanense obteve o seu primeiro campo de jogo próprio, o popular "Campo da Cerca", situado na Cerca D. Maria Ventura. O primeiro jogo disputado neste terreno foi em Novembro de 1921 e o adversário foi o Sporting Clube Farense, que venceu por 3-0. No dia seguinte, ainda fazendo parte das festividades de inauguração do terreno, o Olhanense venceu o Lusitano de Vila Real de Santo António por 4-2.

A 29 de Março de 1923 o Sporting Clube Olhanense inaugurou o Estádio Padinha, num jogo frente ao seu grande rival de então, o Ginásio Clube Olhanense, partida que terminaria num empate a uma bola. Ali seria a sua "casa" durante seis décadas e, mesmo após a mudança para o relvado do José Arcanjo, o Padinha continua a ser propriedade do clube, e é onde actuam as camadas jovens do clube. O nome do Estádio foi aprovado unanimemente em reunião de Direcção, e foi escolhido como homenagem a Francisco Padinha, atleta natural de Olhão de projecção nacional, que se destacou nas modalidades de halterofilismo e Tracção à Corda.

A 21 de Junho de 1925, o Olhanense cortou relações com o Sporting Clube de Portugal, na sequência da meia-final do Campeonato de Portugal jogada no Stadium de Lisboa. O golo da vitória do Sporting Clube de Portugal foi um penalti no último minuto, que todos os intervenientes tinham reconhecido como flagrantemente injusto. Apesar disso, o capitão do Sporting Jorge Vieira ordenou a Filipe dos Santos que marcasse. Só quase 57 anos depois, a 25 de Fevereiro de 1982, é que as relações foram reatadas, na sequência da declaração do presidente do Olhanense, Eng. Vítor Louro Neves, a manifestar o empenho em manter-se Filial do Sporting e em incrementar as relações entre os dois clube. [1]

Em 1959 o clube teve outro momento alto no seu percurso, aquando da inauguração do seu edifício sede, considerado na altura como um dos melhores equipamentos sociais do Algarve.

Em 1984 o Olhanense inaugurou o seu primeiro campo relvado, o Estádio José Arcanjo (nome do proprietário do terreno, que o ofereceu ao clube) frente ao Portimonense, e é aí que tem disputado as suas partidas nas duas últimas décadas.

Na verdade, não foi o futebol que contribuiu para o desenvolvimento socio-económico e cultural da então vila e agora cidade de Olhão. A indústria pesqueira, essa muito contribuiu para isso, numa terra que sempre viveu do peixe. Porém, desde 27 de Abril de 1912 que o Sporting Clube Olhanense eleva bem alto o nome de Olhão e do Olhanense, com repercussão a nível nacional, e até internacional.

Hino do clube

Cantemos todos a hora é de festa,
O Olhanense vamos apoiar,
Não há alegria maior que esta,
A nossa equipa unida a jogar,

Jogaremos mais e melhor,
Lutaremos com arte,alegria,
E sentiremos de novo o ardor,
Do resnascer da alma algarvia.

Refrão
Olhanense, Olhanense à vitória,
Bradam vozes das gentes de Olhão,
A nossa força é a nossa história,
És nosso clube,nosso campeão.

E com saudade alguns recordamos,
Os passados momentos de glória,
Com muito treino e coragem façamos,
Brilhar de novo a chama da vitória,

Olhanense em ti confiamos,
Tens contigo o calor da mocidade,
E orgulhosos todos te aclamamos,
Tu és a alma da nossa cidade.

Refrão

Música - Arcílio Palma, Letra - Eugénia Sousa

Referências

  1. Jornal Sporting de 3 de Março de 1982

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