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O quarteto maravilha.

Em 1990/91 e 1991/92 o Ténis de Mesa do Sporting tinha ganho todas as competições seniores: o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal em masculinos e femininos; o Campeonato de Lisboa por equipas femininas; os campeonatos individuais nacionais e regionais de individuais masculinos e femininos, e de pares masculinos, femininos, e mistos; e os campeonatos individuais absolutos masculino e feminino.

Em 1992/93 as coisas afiguravam-se mais difíceis, principalmente no setor feminino, em que quase que não esteve para haver equipa feminina porque Odete Cardoso queria deixar a competição. Acabou por ser formada uma equipa, que teve que desistir da fase final do Campeonato Nacional e foi eliminada da Taça de Portugal por não ter jogadoras suficientes quando Cardoso saiu mesmo e Ana Amaro se lesionou.

Para a equipa masculina, constituída por Pedro Miguel, Nuno Dias, Chen Shi Chao, e o jovem Rogério Alfar vindo do Benfica, as perspetivas também eram difíceis. Com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, muitos mesatenistas ex-soviéticos de alta qualidade procuraram ir para o estrangeiro, e diversas equipas portuguesas aproveitaram. Para além disso, havia muitos jogadores que tinham sido do Sporting a jogar noutras equipas, como João Portela e Paulo Fernandes.

No entanto, o campeonato acabou por ser mais fácil do que no ano anterior, em que foi decidido pela vantagem de um único set frente ao São Roque da Madeira. Na primeira volta o Sporting foi dominador, vencendo todos os jogos. Só o Sporting Clube das Caldas é que conseguiu vencer três sets. Entre os outros concorrentes mais fortes, o São Roque perdeu por 5-1, o Casa Pia por 5-2, e o Estrela da Amadora por 5-0. Na segunda volta, o Sporting foi à Madeira bater de novo o São Roque, e já cheirava a título. Com novo triunfo sobre a filial das Caldas por 5-3, e de novo sobre o Casa Pia por 5-2, o título estava praticamente assegurado, mesmo quando ainda faltava jogar contra o Estrela da Amadora. Assim, à 20º jornada, a 17 de abril de 1993, o Sporting recebeu o São Martinho, uma das equipas mais fracas. Uma vitória bastava para revalidar o título, e aconteceu naturalmente, por 5-0. Era o nono título nacional máximo consecutivo. Na jornada seguinte o Sporting foi à Amadora perder por 4-5, mas já não importava. Apenas ia estragar o registo perfeito até aí, mas sem mudar as posições na tabela classificativa. A consagração foi em Alvalade, a 1 de maio de 1993, com a vitória sobre o nortenho Clube de Propaganda da Natação.

E ainda havia a Taça de Portugal para disputar...