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Nos últimos anos, o Ténis de Mesa tinha conhecido desenvolvimentos que não tinham sido positivos para o Sporting. Clubes como o Benfica ou Philips tinham investido em equipas fortes, retribuindo com compensações correspondentes aos jogadores, e o Sporting não tinha querido acompanhar a tendência. Ao invés, apostou na prata da casa e em jogadores muito jovens. Em 1982/83 a estratégia deu bons resultados, com o Sporting a ganhar quase tudo o que havia para ganhar nas camadas de formação. Mas na época seguinte diversos dos seus jovens, incluindo Cadetes e Juniores, foram contratados por outros clubes, e o resultado foi a pior época de que havia memória.

Em 1984/85 a secção, comandada por José Augusto Folga da Silva, rendeu-se à evidência, arrepiou caminho, e apostou forte numa equipa masculina não apenas de grande categoria, mas também muito jovem, garantindo um futuro brilhante para a modalidade no Sporting. Nuno Dias, o único jogador que nunca tinha deixado o Clube, manteve-se na equipa, mas Pedro Miguel e João Portela regressaram após alguns anos noutros clubes. Para mais, Humberto Gaspar, que tinha sido o técnico da dobradinha de 1979/80, regressou, com José Xavier como adjunto, que chegou a jogar no Campeonato Nacional, tal como Carlos Agrela.

O Campeonato Nacional era disputado em duas fases, e o adversário mais cotado era o Benfica, que contava com jogadores como José Alvoeiro , Ivanoel Moreira e José Marquês. Na zona Sul o Sporting venceu todos os jogos por 5-0, excepto precisamente o Benfica, que venceu duas vezes mas com grande dificuldade, em jogos muito renhidos, por 5-3 e 5-4.

Assim, apurou-se para a fase final, juntamente com o Benfica e outros quatro clubes. Em qualquer dos casos, era claro que esses outros clubes não se iriam imiscuir na luta pelo título, que desde 1981 escapava ao Sporting. Os dois clubes encontraram-se à 3ª jornada, na sala de Alvalade, a 4 de Maio de 1985. O Benfica chegou a estar a vencer por 4-2, e a derrota estava iminente, com Pedro Miguel em dia não. Mas num jogo que durou quatro horas e meia, o Sporting recuperou, e Nuno Dias foi a chave que ganhou a última partida, conquistando uma vitória a ferros, com suor, determinação e classe.

Em qualquer dos casos, isso queria dizer que era preciso vencer o jogo da segunda volta, ou então perder por 4-5, o que levaria a ter que se jogar uma finalíssima. O jogo na Luz, disputado a 1 de Junho de 1985, começou bem, com uma numerosa assistência a ver o Sporting a adiantar-se até chegar a 4-1, e parecia que o campeonato estava ganho. Mas o Benfica encheu-se de brio, e recuperou até ao empate, colocando o resultado em 4-4. A partida decisiva era entre Nuno Dias e José Marquês. Dias ganhou o primeiro set por 21-19, e selou a vitória com um segundo set por 21-17. Com duas jornadas por jogar, era já o 13º Campeonato Nacional do Ténis de Mesa masculino ganho pelo Sporting.

Mas faltava ainda disputar a Taça de Portugal...

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