Skip to main content

Nota introdutória

Esta página foi feita no âmbito da remodelação do Museu Sporting de 2016, reinaugurado a 2 de julho, para o qual a Wiki Sporting contribuiu com conteúdos e textos. Esta é uma das contribuições, que deixamos aqui em arquivo. Como tal, esta página corresponde a um instante na história do Sporting Clube de Portugal, e não será atualizada.

Texto sobre a história do futebol em Portugal

Os primeiros torneios de Futebol oficialmente organizados em Portugal remontam ao início do século XX, tendo-se realizado em Lisboa, mas a modalidade rapidamente se expandiu e foram surgindo associações regionais por todo o país, que iam organizando os seus campeonatos.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) teve origem na União Portuguesa de Futebol (UPF), que foi fundada em 1914, tendo inicialmente como grande objetivo criar a Seleção Nacional, mas não demorou muito tempo até surgir a ideia de organizar uma competição de âmbito nacional.

Em 1922 realizou-se o primeiro campeonato de futebol organizado pela UPF. Os vencedores desta competição que ficou conhecida como os Campeonatos de Portugal, eram considerados os campeões da modalidade no nosso país, conforme é referido no site oficial da FPF.

A primeira edição da prova cingiu-se ao confronto entre os campeões do Porto e de Lisboa, com Sporting a marcar presença nesse momento histórico do futebol português, sendo derrotado pelo FC Porto num jogo de desempate. Daí para a frente a participação abriu-se aos campeões dos outros distritos do país disputando-se no sistema de eliminatórias, e a partir da temporada 1926/27 as associações principais passaram a ter mais do que um representante.

Em 1934 iniciaram-se os Campeonatos das Ligas, uma prova disputada no sistema de todos contra todos a duas voltas, à semelhança do que já acontecia há vários anos na Inglaterra e mais recentemente em França e na Espanha. Estes campeonatos realizaram-se a título experimental durante quatro temporadas, mantendo-se os Campeonatos de Portugal como a competição principal que encerrava a temporada nos moldes do costume.

No geral a iniciativa foi um sucesso pelo que na temporada 1938/39 a FPF avançou para os Campeonatos Nacionais tal como se disputam hoje, criando simultaneamente uma nova competição no sistema de eliminatórias. Nascia assim a Taça de Portugal, enquanto os Campeonatos de Portugal passavam ao baú das memórias e o Campeonato Nacional assumia a condição de principal prova do calendário do futebol português.

Em 1944 por altura da inauguração do Estádio Nacional, a FPF instituiu a Taça Império que foi disputada entre os vencedores do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal dessa época. A ideia era que essa passasse a ser a competição que encerrava a temporada, mas o projeto não vingou, principalmente devido ao problema da falta de datas, que chegou a motivar a não realização da Taça de Portugal. Assim o Sporting foi o único vencedor da Taça Império.

35 anos mais tarde a FPF retomou a ideia e criou a Supertaça Cândido de Oliveira, uma competição com o mesmo espírito, mas que passou a disputar-se geralmente no inicio das épocas, pondo em confronto os vencedores das duas principais competições da temporada anterior.

Depois da organização dos campeonatos profissionais ter sido entregue à Liga Portuguesa de Futebol (LPF), esta resolveu criar uma nova competição a que deu o nome de Taça da Liga, uma prova que arrancou em 2007 com um formato misto, cujo interesse foi sempre alvo de alguma discussão, pelo que a mesma acabou por ser relegada para um plano secundário.


Texto sobre a história do Sporting no futebol português

O Sporting Clube de Portugal foi um dos fundadores dos primeiros organismos que promoveram a realização de competições oficiais de futebol em Lisboa, tendo desde logo participado nos campeonatos regionais, quando ainda não se disputavam provas de âmbito nacional.

A primeira vitória do Sporting nos Campeonatos de Lisboa aconteceu na época de 1914/15, numa altura em que o clube já se afirmava como uma das maiores forças do futebol lisboeta, posição que começou a cimentar nos anos 20 e que consolidou nas duas décadas seguintes, de tal forma que quando a partir de 1948 os Campeonatos de Lisboa deixaram de ter a presença dos principais clubes, o Sporting ocupava a liderança do ranking dos mesmos, com 19 títulos conquistados em 41 participações, isto se tivermos em conta a prova que se realizou na temporada de 1947/48, que por imperativos legais foi denominada Taça de Honra da AFL.

As primeiras competições de âmbito nacional disputadas no nosso país foram os Campeonatos de Portugal que decorreram entre 1922 e 1938. O Sporting também lidera o ranking final dessa competição, com 14 presenças em 17 edições, 10 finais, 4 títulos, 73 jogos, 49 vitórias, 7 empates, 17 derrotas, 249 golos marcados e 105 sofridos, números reveladores de que nessa altura o Clube já tinha consolidado definitivamente o seu lugar entre os melhores de Portugal.

Nos anos seguintes o Sporting deixou de estar apenas entre os melhores, para passar a ser o melhor de todos, numa altura em que o futebol leonino atravessou a sua época de ouro, que se iniciou sob a batuta do treinador luso-húngaro Joseph Szabo e que teve o seu ponto mais alto entre 1946 e 1954, altura em que o Sporting ganhou 7 em 8 Campeonatos Nacionais, aos quais somou 3 Taças de Portugal e 2 Campeonatos de Lisboa, tendo numa primeira fase até 1949, conseguido a proeza ímpar de vencer 7 competições seguidas com a célebre equipa dos Cinco Violinos, para depois já sem Peyroteo, o maior goleador da história do futebol português e quiçá mundial, continuar na senda vitoriosa, atingindo um até aí inédito tetracampeonato nacional.

Daí para a frente o futebol do Sporting perdeu fulgor e em vez de ganhar 4 campeonatos seguidos, o clube passou a ganhar de 4 em 4 anos, para depois entrar em fases ainda mais pobres em termos de conquistas, chegando a estar 18 anos sem ganhar o Campeonato Nacional e 13 sem vencer a Taça de Portugal, mas apesar destes longos jejuns, o Sporting nunca deixou de estar entre os grandes do futebol português, nem os sportinguistas deixaram de acreditar no regresso ao tempo em que o clube era um crónico vencedor.