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===A Fundação e os Primeiros Anos===
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===A fundação e os primeiros anos===
 
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Nas suas gerências foram aprovados os quartos Estatutos do Sporting e o clube sagrou-se pela 2ª vez na sua história campeão de Lisboa em futebol.
 
Nas suas gerências foram aprovados os quartos Estatutos do Sporting e o clube sagrou-se pela 2ª vez na sua história campeão de Lisboa em futebol.
 
Faleceu em 1947 quando era o sócio nº 19 do Sporting Clube de Portugal.
 
Faleceu em 1947 quando era o sócio nº 19 do Sporting Clube de Portugal.
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==A expansão e a crise do crescimento==
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*A sua demissão criou um vazio diretivo até 12-03-1929.
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O aparecimento de dois dirigentes carismáticos, como foram Júlio de Araújo e Salazar Carreira, foi fundamental para a expansão e crescimento do Sporting, na terceira década do século XX.
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O primeiro foi um visionário que percebeu a necessidade que o Sporting tinha de se expandir por todo o país, de forma a crescer também em Lisboa, onde nunca gozara da simpatia da maior parte do público, por ser apontado como o clube dos ricos, defendendo também um forte investimento na melhoria das instalações desportivas.
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O segundo, apesar de mais comedido e conservador, foi determinante para o crescimento do clube em termos desportivos, sendo o grande mentor da cultura eclética que se tornou numa imagem de marca do Sporting, dinamizando a prática do atletismo e da ginástica e introduzindo no clube o voleibol, o andebol e o râguebi, sendo que foi nesta modalidade e por sua iniciativa, que se adotaram as camisolas listadas que ele tinha visto em França, e que mais tarde se tornaram no equipamento oficial do clube.
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Numa fase de alguns conflitos internos resultantes dos inevitáveis problemas financeiros inerentes ao grande crescimento do clube, homens como Sanches Navarro, Eduardo Costa, Álvaro José de Sousa e Carlos Correia, foram fundamentais para manter o equilíbrio que permitiu ao Sporting sobreviver à crise que então atravessou.
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===JÚLIO DE ARAÚJO===
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Apesar de só ter chegado à Presidência do Sporting em 1922, a verdade é que desde 1920 que o dinamismo de Júlio de Araújo se fazia sentir de uma forma determinante na vida do clube, tendo começado por elaborar o “Programa de Trabalhos”, onde se reformaram as leis e os hábitos vigentes.
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Aproveitando uma ideia de José Serrano e Mendes Leal, Júlio de Araújo criou o Boletim do Sporting, que tanto contribuiu para o desenvolvimento e engrandecimento do clube, e cujo primeiro nº foi lançado em 31 de Março de 1922.
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Foi Presidente do clube em dois períodos diferentes: o primeiro entre 14 de Julho de 1922 e 21 de Julho de 1923, e o segundo entre 29 de Julho de 1924 e 19 de Fevereiro de 1925.
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Durante as suas gestões, o Sporting passou de cerca de 300 sócios para mais de 3000, ao mesmo tempo que as Filiais se iam espalhando pelo País.
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No futebol, sob a sua presidência o Sporting sagrou-se Campeão de Portugal pela primeira vez, e ganhou dois Campeonatos de Lisboa, mas para além disso, criou o posto náutico e o Sporting tornou-se muito forte na natação e no polo aquático, tal como já acontecia no atletismo e no râguebi.
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Antecipou a necessidade do clube dispor de novas instalações, prevendo a degradação da "Estância de Madeira", o que se viria a confirmar e a criar graves problemas ao Sporting. Assim criou o Agrupamento Leonino onde foi desenhado um anteprojeto para a construção de futuras instalações, que no entanto não se viria a concretizar.
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Faleceu em 1977 quando era o sócio nº 19 do Sporting Clube de Portugal.
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===SALAZAR CARREIRA===
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Enquanto dirigente do Sporting, Salazar Carreira fez parte do Conselho Técnico a que presidiu, do Conselho Fiscal e do Agrupamento Leonino, desempenhando também várias funções na Direção, até chegar a Presidente em 19 de Fevereiro de 1925, cargo que desempenhou durante cerca de um ano.
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Em 1925 a sua gerência apresentou um relatório contas com um saldo positivo de quase 115 contos, algo que nunca tinha acontecido no clube.
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Durante a sua presidência o clube sagrou-se campeão de Lisboa em futebol pela 5ª vez, e consolidou a sua posição de dominador no atletismo, modalidade que Salazar Carreira ainda praticava na época, tornando-se assim no “presidente atleta”.
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Nesta altura a questão da construção de novas instalações desportivas para o Clube, estava na ordem do dia e, nessa matéria Salazar Carreira opunha-se à visão empreendedora de Júlio de Araújo, defendendo o aproveitamento ao máximo daquilo que existia e a angariação de fundos antes do arranque efetivo de qualquer obra, tendo para o efeito criado o “Fundo de Reserva”.
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Faleceu a 7 de Dezembro de 1974, com 80 anos de idade.

Revisão das 14h47min de 18 de julho de 2016

Nota introdutória

Esta página foi feita no âmbito da remodelação do Museu Sporting de 2016, reinaugurado a 2 de julho, para o qual a Wiki Sporting contribuiu com conteúdos e textos. Esta é uma das contribuições, que deixamos aqui em arquivo. Como tal, esta página corresponde a um instante na história do Sporting Clube de Portugal, e não será atualizada.

A fundação e os primeiros anos

Viscondealvalade.jpg
Visconde de Alvalade
De 08-05-1906 a 04-01-1910
CaetanoPereira.jpg
Caetano Pereira
De 04-01-1910 a 26-06-1910 e de 02-11-1912 a 05-10-1913
Jose alvalade.jpg
José Alvalade
De 26-06-1910 a 02-11-1912
Mota marques.jpg
Mota Marques
De 05-10-1913 a 16-11-1914

O Sporting foi fruto de um sonho de José Alfredo Holtreman Roquette, que foi pedir dinheiro ao seu avô, o Visconde de Alvalade, para fundar um clube que queria que fosse tão grande como os maiores da Europa. O Sporting nasceu em berço de ouro, e teve logo as melhores instalações desportivas do país, construídas em terrenos cedidos pelo Visconde, que foi o primeiro Presidente do clube, embora na verdade quem comandasse os destinos do mesmo fosse o seu neto José Alvalade. Assim, os primeiros anos de vida do Sporting decorreram sob a influência dos Alvalade num clube marcadamente elitista, em oposição à popularidade do Benfica, herdada do Sport Lisboa.

VISCONDE DE ALVALADE

Alfredo Augusto das Neves Holtreman era um homem de espírito muito jovial, o que fomentava nos netos, que gostava de ver reunidos na sua mansão em intensa atividade com outros jovens. Foi graças a ele que o seu neto José conseguiu fundar o Sporting Clube de Portugal, tendo então adiantado 200 mil reis, disponibilizando ainda terrenos da sua quinta para a construção das instalações desportivas e sociais do clube, que ficaram conhecidas +como o Sítio das Mouras. Foi imediatamente declarado sócio protetor e foi eleito o 1º. Presidente do clube, funções que cessaria a 4 de Janeiro de 1910, passando então a presidir à Mesa da Assembleia Geral. Em 1907 redigiu os primeiros Estatutos do Sporting, sendo declarado Sócio -+ Faleceu em 1920, numa altura em que já se tinha desligado do clube, desanimado pela morte prematura do seu neto.


JOSÉ ALVALADE

José Alvalade foi o fundador do Sporting e o ideólogo da cultura sportinguista, assente em valores da moral e ética desportiva, e na pureza das suas atitudes aristocráticas e conservadoras. Daí que, no Artº 1 dos primeiros Estatutos do Sporting, o clube seja definido como "uma associação composta d'individuos d'ambos os sexos de boa sociedade e conducta irreprehensivel". Foi o 3º Presidente do clube, cargo que desempenhou durante pouco mais de dois anos. No entanto, foi ele quem comandou os destinos do Sporting desde a sua fundação, até 1914, altura em que entrou em divergência com alguns sócios do clube, o que motivou o seu afastamento. José Alvalade faleceu a 19 de Outubro de 1918, com apenas 33 anos de idade, numa altura em que tinha regressado às lides diretivas do Sporting Clube de Portugal, como vogal da Direção.

A independência em relação aos Alvalade

Queirosdossantos.jpg
Queirós dos Santos
De 16-11-1914 a 18-04-1918
Mariopistachinni.jpg
Mário Pistacchini
De 18-04-1918 a 27-07-1918 e de 29-12-1918 a 25-07-1921
Soaresjunior.jpg
Soares Júnior
De 27-07-1918 a 29-12-1918 e de 25-07-1921 a 21-11-1921
Garcia carabe.jpg
Garcia Cárabe
De 21-11-1921 a 14-07-1922

O facto de José Alvalade ter mandado retirar materiais das instalações do Sporting no Sítio das Mouras, para os utilizar na construção do Stadium de Lisboa, deu origem a muita contestação da parte de alguns sócios do clube. Este movimento foi liderado por Daniel Queirós dos Santos, que convenceu Mário Pistacchini a financiar a construção de novas instalações desportivas para o Sporting. Estas continuaram a ser as melhores do país, ficando situadas no Campo Grande, em terenos arrendados à família Pinto da Cunha, onde a 1 de Abril de 1917 se inaugurou o campo que ficou popularmente conhecido como a “Estância de Madeira” e que foi a casa do Sporting durante mais de 20 anos. O clube libertava-se assim da dependência dos Alvalade que tinha marcado os primeiros anos da sua existência, e começava a crescer pelos seus próprios meios.


QUEIRÓS DOS SANTOS

Queirós dos Santos foi Presidente do Sporting durante cerca de três anos e meio, entre 1914 e 1918, período em que foram elaborados os terceiros estatutos do clube e em que o Sporting se sagrou pela primeira vez campeão de Lisboa em futebol. Foi Queirós dos Santos quem liderou o movimento que levou à emancipação do Sporting em relação à influência dos Alvalade, convencendo Mário Pistacchini a financiar a construção de novas instalações desportivas para o clube, que ficaram situadas no Campo Grande, onde passou a funcionar também a sede social.

MÁRIO PISTACCHINI

Foi Mário Pistacchini quem financiou a construção das instalações desportivas do Sporting situadas no Campo Grande, que ficaram conhecidas como a Estância de Madeira, adiantando uma elevada quantia que só lhe seria restituída quando o clube assim o entendesse, o que viria a acontecer alguns anos mais tarde, sendo então considerado Sócio de Mérito e Benemérito. Em 1918 sucedeu a Queirós dos Santos na presidência do Sporting, liderando duas Comissões Administrativas, tendo posteriormente sido eleito Presidente do clube, completando mais dois mandatos até 1921. Nas suas gerências foram aprovados os quartos Estatutos do Sporting e o clube sagrou-se pela 2ª vez na sua história campeão de Lisboa em futebol. Faleceu em 1947 quando era o sócio nº 19 do Sporting Clube de Portugal.

A expansão e a crise do crescimento

Julioaraujo.jpg
Júlio de Araújo
De 14-07-1922 a 21-07-1923 e de 29-07-1924 a 19-02-1925
10º
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Sanches Navarro
De 21-07-1923 a 29-07-1924 e de 23-02-1926 a 10-05-192
11º
Josesalazarc.jpg
Salazar Carreira
De 19-02-1925 a 23-02-1926
Soaresjunior.jpg
Soares Júnior
De 10-05-1927 a 05-09-1928
12º
Joliveiraduarte.jpg
Joaquim Oliveira Duarte
De 05-09-1928 a 22-02-1929*
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Eduardo Costa
De 12-03-1929 a 03-10-1929
14º
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Álvaro José de Sousa
De 03-10-1929 a 27-07-1931
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Artur Silva
De 27-07-1931 a 11-02-1932
16º
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Carlos Correia
De 11-02-1932 a 23-03-1932
17º
Retomoza.jpg
Retamoza Dias
De 23-03-1932 a 28-07-1932
  • A sua demissão criou um vazio diretivo até 12-03-1929.

O aparecimento de dois dirigentes carismáticos, como foram Júlio de Araújo e Salazar Carreira, foi fundamental para a expansão e crescimento do Sporting, na terceira década do século XX. O primeiro foi um visionário que percebeu a necessidade que o Sporting tinha de se expandir por todo o país, de forma a crescer também em Lisboa, onde nunca gozara da simpatia da maior parte do público, por ser apontado como o clube dos ricos, defendendo também um forte investimento na melhoria das instalações desportivas. O segundo, apesar de mais comedido e conservador, foi determinante para o crescimento do clube em termos desportivos, sendo o grande mentor da cultura eclética que se tornou numa imagem de marca do Sporting, dinamizando a prática do atletismo e da ginástica e introduzindo no clube o voleibol, o andebol e o râguebi, sendo que foi nesta modalidade e por sua iniciativa, que se adotaram as camisolas listadas que ele tinha visto em França, e que mais tarde se tornaram no equipamento oficial do clube. Numa fase de alguns conflitos internos resultantes dos inevitáveis problemas financeiros inerentes ao grande crescimento do clube, homens como Sanches Navarro, Eduardo Costa, Álvaro José de Sousa e Carlos Correia, foram fundamentais para manter o equilíbrio que permitiu ao Sporting sobreviver à crise que então atravessou.

JÚLIO DE ARAÚJO

Apesar de só ter chegado à Presidência do Sporting em 1922, a verdade é que desde 1920 que o dinamismo de Júlio de Araújo se fazia sentir de uma forma determinante na vida do clube, tendo começado por elaborar o “Programa de Trabalhos”, onde se reformaram as leis e os hábitos vigentes. Aproveitando uma ideia de José Serrano e Mendes Leal, Júlio de Araújo criou o Boletim do Sporting, que tanto contribuiu para o desenvolvimento e engrandecimento do clube, e cujo primeiro nº foi lançado em 31 de Março de 1922. Foi Presidente do clube em dois períodos diferentes: o primeiro entre 14 de Julho de 1922 e 21 de Julho de 1923, e o segundo entre 29 de Julho de 1924 e 19 de Fevereiro de 1925. Durante as suas gestões, o Sporting passou de cerca de 300 sócios para mais de 3000, ao mesmo tempo que as Filiais se iam espalhando pelo País. No futebol, sob a sua presidência o Sporting sagrou-se Campeão de Portugal pela primeira vez, e ganhou dois Campeonatos de Lisboa, mas para além disso, criou o posto náutico e o Sporting tornou-se muito forte na natação e no polo aquático, tal como já acontecia no atletismo e no râguebi. Antecipou a necessidade do clube dispor de novas instalações, prevendo a degradação da "Estância de Madeira", o que se viria a confirmar e a criar graves problemas ao Sporting. Assim criou o Agrupamento Leonino onde foi desenhado um anteprojeto para a construção de futuras instalações, que no entanto não se viria a concretizar. Faleceu em 1977 quando era o sócio nº 19 do Sporting Clube de Portugal.

SALAZAR CARREIRA

Enquanto dirigente do Sporting, Salazar Carreira fez parte do Conselho Técnico a que presidiu, do Conselho Fiscal e do Agrupamento Leonino, desempenhando também várias funções na Direção, até chegar a Presidente em 19 de Fevereiro de 1925, cargo que desempenhou durante cerca de um ano. Em 1925 a sua gerência apresentou um relatório contas com um saldo positivo de quase 115 contos, algo que nunca tinha acontecido no clube. Durante a sua presidência o clube sagrou-se campeão de Lisboa em futebol pela 5ª vez, e consolidou a sua posição de dominador no atletismo, modalidade que Salazar Carreira ainda praticava na época, tornando-se assim no “presidente atleta”. Nesta altura a questão da construção de novas instalações desportivas para o Clube, estava na ordem do dia e, nessa matéria Salazar Carreira opunha-se à visão empreendedora de Júlio de Araújo, defendendo o aproveitamento ao máximo daquilo que existia e a angariação de fundos antes do arranque efetivo de qualquer obra, tendo para o efeito criado o “Fundo de Reserva”. Faleceu a 7 de Dezembro de 1974, com 80 anos de idade.