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Faleceu com 65 anos, no dia 29 de Setembro de 2007, vítima de doença prolongada.
 
Faleceu com 65 anos, no dia 29 de Setembro de 2007, vítima de doença prolongada.
  
'''Para todos os que de algum modo com ela conviveram, foi um privilégio tê-la por referência'''.
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'''Para todos os que de algum modo com ela conviveram, foi um privilégio tê-la como referência'''.
  
  

Revisão das 23h52min de 1 de janeiro de 2009

Lídia Faria, uma lenda do SCP e do Atletismo

Lídia da Conceição Faria Pereira Granja nasceu a 15 de Agosto de 1942 em Folgorosa, Torres Vedras.

Lídia Faria foi uma atleta que dividiu o seu talento por várias especialidades do Atletismo em toda a década de 60 do século passado.

Conquistou 30 títulos nacionais (80 metros barreiras, 100 metros, 200 metros, 400 metros, 4x100 metros, peso, disco e pentatlo).

Aos 17 anos, inscreveu-se no Benfica, mas não foi aceite porque aquele clube, na altura, não tinha Secção Feminina. Não se perturbou e dirigiu-se de imediato ao Sporting onde, desde 1959, ficou até ao seu abandono prematuro com 28 anos.

Embrenhou-se, pela prática, no ideal Sportinguista e o Sporting Clube de Portugal dificilmente voltará a ter uma mulher que, com a sua camisola, tenha o mesmo carisma e popularidade que Lídia Faria granjeou na sua época.

Ficou célebre a sua participação no I Portugal-Espanha realizado em Alvalade (1964). Aí, bateu 5 recordes ibéricos (100 m, 80 m barreiras, 4x100, peso e disco).

Foi a primeira mulher a vencer o prémio do ‘Diário Popular’, que nesse tempo era atribuído exclusivamente a homens.

A sua festa de despedida, a 10 de Outubro de 1970, foi organizada com um carinho que hoje seria impossível, porque ‘fora de moda’. Com a Bancada Central repleta e debaixo de um ambiente inesquecível, várias modalidades do Clube deram o seu contributo. Joaquim Agostinho veio de propósito de Paris para participar e correr.

Prémio Stromp, fez parte, com toda a justiça, da Comissão de Honra do Centenário.

De uma entrevista dada ao Jornal do Sporting, no ano do ‘Centenário’ :

- O que sentiu com a demolição do Estádio José Alvalade?
- Guardo gratas recordações da pista de cinza de Alvalade. Não tenho dúvidas de que se tivesse oportunidade de correr no tartan, teria conseguido outros resultados. Sinto uma grande tristeza pela demolição da pista e do Estádio. Quando cheguei ao Sporting, ainda existia o Ciclismo e lembro-me do que significava o Estádio para essas modalidades. - Um desejo para este ano de centenário ?
- Que a equipa de futebol possa ser campeã, porém sinto uma grande mágoa por perceber que cada vez mais, o Sporting é um clube de futebol. As outras modalidades, que foram as responsáveis por tornar o Sporting num clube grande, quase não existem. Mudaram de Estádio e dá-se muito ao futebol, em desfavor das outras modalidades. Não quero com isto dizer que não gosto de futebol, modalidade que também gostava muito de praticar.

Faleceu com 65 anos, no dia 29 de Setembro de 2007, vítima de doença prolongada.

Para todos os que de algum modo com ela conviveram, foi um privilégio tê-la como referência.


Santarém 21 Dezembro 2008