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O segundo campo de jogos do Sporting, no Campo Grande 412

José Alvalade era um homem com horizontes largos e de grandes iniciativas, e numa altura em que o movimento olímpico dava os seus primeiros passos, resolveu construir um grande estádio como não havia em Portugal.

Foi então que mandou retirar alguns materiais das instalações do Sporting no Sítio das Mouras, para utilizá-los nessa obra, o que desagradou a muitos sócios do Clube e acabou por provocar a saída de José Alvalade da Direcção do Sporting.

O Sporting mudou-se então para o Campo Grande, arrendando uns terrenos pertencentes à família Pinto da Cunha, onde a 1 de Abril de 1917 se inauguram novas instalações, que continuavam a ser as melhores do País e onde passou a funcionar também a Sede Social.

Estas instalações no Campo Grande 412, que ficaram popularmente conhecidas como a “Estância de Madeira” e que foram a casa do Sporting durante mais de 20 anos, só se tornaram possíveis graças a Mário Pistacchini que financiou a obra, cujo projecto foi da autoria do Arquitecto António Couto.

Inicialmente esta obra era para ser suportada em conjunto com Adelino Ferros, que no entanto apenas entrou com 400$ para as primeiras despesas, verba que posteriormente ofereceu ao Sporting, numa altura em que Mário Pistacchini tinha acarretado com todos os custos, dos quais seria ressarcido no valor de 52800$, durante a Gerência de Sanches Navarro, o que permitiu ao Sporting tornar-se no proprietário das suas instalações.

A Estância de Madeira em obras de remodelação

No entanto a “Estância de Madeira” esteve na origem de muitos problemas para o Sporting, em primeiro lugar por ser construída com base em madeira, material que rapidamente se degradava, obrigando a constantes despesas de manutenção e reparação, o que levou Júlio de Araújo a planear no Agrupamento Leonino, a construção de um estádio, projecto que no entanto não vingou.

A tribuna da Estância de Madeira em dia de jogo

Para além disso, o proprietário daqueles terrenos planeava urbanizá-los, pelo que moveu uma acção de despejo ao Sporting, que se arrastou durante largos anos nos Tribunais, que deram razão ao Clube em todas as instâncias, num processo que teve muitos custos para o Sporting.

Na sequência desse caso, os referidos terrenos passaram para a posse da Câmara Municipal de Lisboa, com a qual o Sporting estabeleceu então um contrato de arrendamento válido por 15 anos, ficando a pagar 1200 escudos por mês.

Entretanto Joaquim Oliveira Duarte tinha recuperado o projecto de construção de um novo estádio, que mais uma vez foi adiado, tendo o Sporting então conseguido arrendar o Estádio do Lumiar, embora mantendo as instalações do Campo Grande.

Em 1940 este espaço foi cedido ao Benfica, por sugestão do Ministro Duarte Pacheco Pereira, quando aquele clube ficou sem o campo das Amoreiras, mas mais tarde retornou ao poder do Sporting, na sequência de um acordo com a Câmara de Lisboa consumado em Novembro de 1968, e em parte dele veio a assentar o Complexo Alvalade XXI.

To-mane 10h32min de 7 de Outubro de 2008 (UTC)

Implantação dos Estádios do Sporting (2).jpg

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