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Dionísio Castro começou a praticar [[Atletismo]] ao serviço do Lameirinho, tentando seguir as pisadas do seu gémeo  [[Domingos Castro|Domingos]], e na época de 1984 passou a representar a equipa da Grundig, onde obteve alguns bons resultados que lhe valeram o ingresso no Sporting, apenas um ano depois do [[Domingos Castro|seu irmão]], com quem formou a famosa parelha dos [[Gémeos Castro]].
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Dionísio Castro começou a praticar [[Atletismo]] ao serviço do Lameirinho, tentando seguir as pisadas do seu irmão gémeo  [[Domingos Castro|Domingos]], e na época de 1984 quando este foi para o Sporting, passou a representar a equipa da Grundig, onde obteve alguns bons resultados, que convenceram o Prof. [[Moniz Pereira]] a trazê-lo para Alvalade, onde chegou apenas um ano depois do [[Domingos Castro|seu irmão]], com quem formou a famosa parelha dos [[Gémeos Castro]].
  
Embora não tenha chegado tão longe como [[Domingos Castro|Domingos]], Dionísio foi duas vezes Campeão Nacional de Corta-Mato e outras tantas Campeão de Portugal, uma nos 5000m e outra nos 10000m, e uma vez Campeão Nacional de Estrada.
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Embora não tenha chegado tão longe como [[Domingos Castro|Domingos]], Dionísio foi duas vezes Campeão Nacional de Corta-Mato e outras tantas Campeão de Portugal, uma nos 5000m e outra nos 10000m, para além de também ter sido Campeão Nacional de Estrada.
 
   
 
   
Ao serviço do Sporting ganhou uma vez individualmente a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato, contribuindo decisivamente para a conquista de 7 dos 14 títulos que o Sporting detém nessa competição, numa altura em que era um elemento importante no [[Atletismo]] leonino, tendo ajudado a equipa a ganhar inúmeros títulos, entre os quais se destacam 6 Campeonatos Nacionais de Corta Mato, 1 Campeonato Nacional de Estrada e 5 Estafetas Cascais Lisboa.
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Ao serviço do Sporting contribuiu decisivamente para a conquista de 7 das 14 Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato que o Clube ganhou, tendo sido o vencedor individual de uma dessas provas, numa altura em que era um elemento importante no [[Atletismo]] leonino, tendo ajudado a equipa a ganhar inúmeros títulos, entre os quais se destacam 6 Campeonatos Nacionais de Corta Mato, 1 Campeonato Nacional de Estrada e 5 Estafetas Cascais Lisboa.
  
Em 1986 estreou-se no Mundial de Corta Mato, competição onde participou 8 vezes, obtendo como melhor resultado um 13º lugar em 1990. Foi também em 1986 que participou pela primeira vez numa grande competição internacional de Pista, classificando-se no 11º lugar dos 10000m dos Campeonatos da Europa que se disputaram em Estugarda.
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Em 1986 estreou-se no Mundial de Corta Mato, competição onde participou 8 vezes, obtendo como melhor resultado um 13º lugar em 1990. Foi também em 1986 que participou pela primeira vez numa grande competição internacional de Pista, classificando-se no 11º lugar dos 10000m dos Campeonatos da Europa, que se disputaram em Estugarda.
  
 
No ano seguinte conquistou o seu primeiro grande título, ao sagrar-se Campeão Nacional de Corta Mato, e ganhou os 10000m da Taça da Europa, para além de ter ficado no 8º lugar nos 5000m do Campeonato Mundial de Atletismo, que se disputou em Roma, um resultado que repetiu em 1991 em Tóquio, para em 1997 na sua terceira participação nesta competição, obter um 14º lugar, ainda na corrida dos 5000m.
 
No ano seguinte conquistou o seu primeiro grande título, ao sagrar-se Campeão Nacional de Corta Mato, e ganhou os 10000m da Taça da Europa, para além de ter ficado no 8º lugar nos 5000m do Campeonato Mundial de Atletismo, que se disputou em Roma, um resultado que repetiu em 1991 em Tóquio, para em 1997 na sua terceira participação nesta competição, obter um 14º lugar, ainda na corrida dos 5000m.
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Esteve presente em duas edições dos Jogos Olímpicos, primeiro em 1988 em Seul, onde correu os 10000m, e depois em 1992 em Barcelona, onde participou na Maratona, mas desistiu em ambas as provas.
 
Esteve presente em duas edições dos Jogos Olímpicos, primeiro em 1988 em Seul, onde correu os 10000m, e depois em 1992 em Barcelona, onde participou na Maratona, mas desistiu em ambas as provas.
  
Viveu a sua grande época em 1990, ano em que no dia 31 de Março bateu [[Dionísio Castro bate o Recorde Mundial dos 20 Km|o Recorde Mundial dos 20 Km]], com a marca de 57,18,4m, isto para além de sido o vencedor individual [[Campeões Europeus de Corta-Mato (M) - 1990|da Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato]], Campeão Nacional de Estrada e Campeão de Portugal dos 5000m.
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Em 1990 viveu a sua grande época, num ano em que no dia 31 de Março bateu [[Dionísio Castro bate o Recorde Mundial dos 20 Km|o Recorde Mundial dos 20 Km]], com a marca de 57,18,4m, isto para além de ter sido o vencedor individual [[Campeões Europeus de Corta-Mato (M) - 1990|da Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato]], Campeão de Portugal dos 5000m e Campeão Nacional de Estrada.
  
 
No final dessa temporada conseguiu alguns bons resultados nos meetings internacionais onde participou, ganhando os 3000m do Memorial Nuñes Blanco com o excelente tempo de 7,49,30m, os 5000m do Grande Prémio de Sevilha com a marca de 13,21,39m, e classificando-se no 4º lugar nos 5000m  do Meeting de Zurique, onde foi o melhor europeu, melhorando o seu recorde pessoal para 13,13,59m.
 
No final dessa temporada conseguiu alguns bons resultados nos meetings internacionais onde participou, ganhando os 3000m do Memorial Nuñes Blanco com o excelente tempo de 7,49,30m, os 5000m do Grande Prémio de Sevilha com a marca de 13,21,39m, e classificando-se no 4º lugar nos 5000m  do Meeting de Zurique, onde foi o melhor europeu, melhorando o seu recorde pessoal para 13,13,59m.
  
Assim chegou aos Campeonatos da Europa como candidato a uma Medalha e ficou em 2º lugar na sua meia-final, garantindo tranquilamente o apuramento para a Final dos 5000m, onde acabou no sempre ingrato 4º lugar, sendo ultrapassado em cima da meta pelo polaco Majusiak, que pouco tempo depois foi apanhado nas malhas do controle anti-doping. Depois da corrida Dionísio acusou o italiano Salvatore Antibo que fora o vencedor da prova, de o ter empurrado para fora da pista a 200m da meta, mas o protesto da FPA foi indeferido.  
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Assim chegou aos Campeonatos da Europa como candidato a uma Medalha, obtendo o 2º lugar na sua eliminatória, garantindo tranquilamente o apuramento para a Final dos 5000m, onde acabou no sempre ingrato 4º lugar, sendo ultrapassado em cima da meta pelo polaco Majusiak, que pouco tempo depois foi apanhado nas malhas do controle anti-doping. Depois da corrida Dionísio acusou o italiano Salvatore Antibo, que fora o vencedor da prova, de o ter empurrado para fora da pista a 200m da meta, mas o protesto da FPA foi indeferido.  
  
Em 1991 foi pela segunda vez Campeão Nacional de Corta Mato, ganhou os 5000m da Taça da Europa e voltou a ser Campeão de Portugal, desta feita nos 10000m, para além de ter ganho individualmente a Taça dos Campeões Europeus de Estrada, numa prova onde a ausência do [[Domingos Castro|seu irmão]] impediu o Sporting de vencer essa competição por equipas.
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Em 1991 foi pela segunda vez Campeão Nacional de Corta Mato, ganhou os 5000m da Taça da Europa e voltou a ser Campeão de Portugal, desta feita nos 10000m, para além de ter ganho individualmente a Taça dos Campeões Europeus de Estrada, numa prova onde a ausência do [[Domingos Castro|seu irmão]], impediu o Sporting de vencer essa competição por equipas.
  
Em 1992 Dionísio Castro fez parte da Selecçao Nacional que ficou no 2º lugar da 1ª edição do Campeonato Mundial de Estafetas, que se disputou no Funchal, numa altura em que estava cada vez mais virado para as provas de Estrada, nomeadamente a Maratona, corrida em que se estreou nesse ano em Roterdão, obtendo o 5º lugar com o tempo de 2,11,59h, uma marca que ficaria como o seu recorde pessoal.
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Em 1992 Dionísio Castro fez parte da Selecçao Nacional que ficou no 2º lugar da 1ª edição do Campeonato Mundial de Estafetas, que se disputou no Funchal, numa altura em que estava cada vez mais virado para as provas de Estrada, nomeadamente a Maratona, corrida em que se estreou nesse ano em Roterdão, obtendo o 5º lugar com o tempo de 2,11,59h, uma marca que ficaria para sempre como o seu recorde pessoal.
  
A partir daí as lesões não o largaram e nunca mais conseguiu atingir o seu melhor nível, mas mesmo assim ainda ajudou o Sporting a ganhar mais alguns títulos e em Dezembro de 1994 participou na 1ª edição dos Campeonatos da Europa de Corta Mato que se disputou em Alnwick, onde Portugal a ganhou a Medalha de Ouro, mas não foi além de um modesto 50º lugar na classificação individual.
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A partir daí as lesões não o largaram e nunca mais conseguiu atingir o seu melhor nível, mas mesmo assim ainda ajudou o Sporting a ganhar mais alguns títulos e em Dezembro de 1994 participou na 1ª edição dos Campeonatos da Europa de Corta Mato que se disputou em Alnwick, onde Portugal a ganhou a Medalha de Ouro, mas Dionísio não foi além de um modesto 50º lugar na classificação individual.
  
 
Abandonaria o Sporting no final de 1998, ingressando na equipa do Pão de Açucar do Brasil, mas no ano seguinte encerrou a sua carreira com 36 anos de idade, na sequência de mais uma lesão.
 
Abandonaria o Sporting no final de 1998, ingressando na equipa do Pão de Açucar do Brasil, mas no ano seguinte encerrou a sua carreira com 36 anos de idade, na sequência de mais uma lesão.

Revisão das 10h30min de 25 de setembro de 2013

Dados de Dionísio Castro Dionisio Castro.jpg
Nome Dionísio da Silva Castro
Nascimento 22 de Novembro de 1963
Naturalidade Fermentões, Guimarães - 
Posição Atleta

Dionísio Castro começou a praticar Atletismo ao serviço do Lameirinho, tentando seguir as pisadas do seu irmão gémeo Domingos, e na época de 1984 quando este foi para o Sporting, passou a representar a equipa da Grundig, onde obteve alguns bons resultados, que convenceram o Prof. Moniz Pereira a trazê-lo para Alvalade, onde chegou apenas um ano depois do seu irmão, com quem formou a famosa parelha dos Gémeos Castro.

Embora não tenha chegado tão longe como Domingos, Dionísio foi duas vezes Campeão Nacional de Corta-Mato e outras tantas Campeão de Portugal, uma nos 5000m e outra nos 10000m, para além de também ter sido Campeão Nacional de Estrada.

Ao serviço do Sporting contribuiu decisivamente para a conquista de 7 das 14 Taça dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato que o Clube ganhou, tendo sido o vencedor individual de uma dessas provas, numa altura em que era um elemento importante no Atletismo leonino, tendo ajudado a equipa a ganhar inúmeros títulos, entre os quais se destacam 6 Campeonatos Nacionais de Corta Mato, 1 Campeonato Nacional de Estrada e 5 Estafetas Cascais Lisboa.

Em 1986 estreou-se no Mundial de Corta Mato, competição onde participou 8 vezes, obtendo como melhor resultado um 13º lugar em 1990. Foi também em 1986 que participou pela primeira vez numa grande competição internacional de Pista, classificando-se no 11º lugar dos 10000m dos Campeonatos da Europa, que se disputaram em Estugarda.

No ano seguinte conquistou o seu primeiro grande título, ao sagrar-se Campeão Nacional de Corta Mato, e ganhou os 10000m da Taça da Europa, para além de ter ficado no 8º lugar nos 5000m do Campeonato Mundial de Atletismo, que se disputou em Roma, um resultado que repetiu em 1991 em Tóquio, para em 1997 na sua terceira participação nesta competição, obter um 14º lugar, ainda na corrida dos 5000m.

Esteve presente em duas edições dos Jogos Olímpicos, primeiro em 1988 em Seul, onde correu os 10000m, e depois em 1992 em Barcelona, onde participou na Maratona, mas desistiu em ambas as provas.

Em 1990 viveu a sua grande época, num ano em que no dia 31 de Março bateu o Recorde Mundial dos 20 Km, com a marca de 57,18,4m, isto para além de ter sido o vencedor individual da Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato, Campeão de Portugal dos 5000m e Campeão Nacional de Estrada.

No final dessa temporada conseguiu alguns bons resultados nos meetings internacionais onde participou, ganhando os 3000m do Memorial Nuñes Blanco com o excelente tempo de 7,49,30m, os 5000m do Grande Prémio de Sevilha com a marca de 13,21,39m, e classificando-se no 4º lugar nos 5000m do Meeting de Zurique, onde foi o melhor europeu, melhorando o seu recorde pessoal para 13,13,59m.

Assim chegou aos Campeonatos da Europa como candidato a uma Medalha, obtendo o 2º lugar na sua eliminatória, garantindo tranquilamente o apuramento para a Final dos 5000m, onde acabou no sempre ingrato 4º lugar, sendo ultrapassado em cima da meta pelo polaco Majusiak, que pouco tempo depois foi apanhado nas malhas do controle anti-doping. Depois da corrida Dionísio acusou o italiano Salvatore Antibo, que fora o vencedor da prova, de o ter empurrado para fora da pista a 200m da meta, mas o protesto da FPA foi indeferido.

Em 1991 foi pela segunda vez Campeão Nacional de Corta Mato, ganhou os 5000m da Taça da Europa e voltou a ser Campeão de Portugal, desta feita nos 10000m, para além de ter ganho individualmente a Taça dos Campeões Europeus de Estrada, numa prova onde a ausência do seu irmão, impediu o Sporting de vencer essa competição por equipas.

Em 1992 Dionísio Castro fez parte da Selecçao Nacional que ficou no 2º lugar da 1ª edição do Campeonato Mundial de Estafetas, que se disputou no Funchal, numa altura em que estava cada vez mais virado para as provas de Estrada, nomeadamente a Maratona, corrida em que se estreou nesse ano em Roterdão, obtendo o 5º lugar com o tempo de 2,11,59h, uma marca que ficaria para sempre como o seu recorde pessoal.

A partir daí as lesões não o largaram e nunca mais conseguiu atingir o seu melhor nível, mas mesmo assim ainda ajudou o Sporting a ganhar mais alguns títulos e em Dezembro de 1994 participou na 1ª edição dos Campeonatos da Europa de Corta Mato que se disputou em Alnwick, onde Portugal a ganhou a Medalha de Ouro, mas Dionísio não foi além de um modesto 50º lugar na classificação individual.

Abandonaria o Sporting no final de 1998, ingressando na equipa do Pão de Açucar do Brasil, mas no ano seguinte encerrou a sua carreira com 36 anos de idade, na sequência de mais uma lesão.

Mais tarde fundou o com o seu Domingos um clube ao qual deram o nome de "Gémeos Castro", que em 2003 ganhou o Campeonato Nacional de Corta Mato.

Depois continuou ligado ao desporto, ainda em conjunto com o seu irmão Domingos Castro , através da empresa "Castro Brothers" que se dedica a eventos desportivos e representação de desportistas.

To-mane 23h58min de 24 de Setembro de 2013 (WEST)