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A equipa feminina

Na época anterior, 1968/69, a pouco experiente equipa feminina de Basquetebol tinha sido derrotada na final do Campeonato Nacional da 2ª divisão (2º escalão). Nesta época, as leoas já tinham mais um ano a jogar juntas, e formavam uma equipa competitiva, treinada agora por Edgar Vital, que soube modelar uma equipa coesa, apesar de várias jogadoras influentes da época anterior terem saído, acreditando que podia formar uma equipa ganhadora.

Assim, no jogo decisivo para o apuramento do representante da Zona Sul, o Sporting defrontou o CDUL no Pavilhão do Estádio Universitário no dia 1 de Maio de 1970. Conceição, jogadora muito influente, não pode jogar, mas mesmo assim o Sporting arrancou para uma primeira parte magnífica, em que a equipa verde branca conseguiu uma vantagem de 29-11. Isso levou à euforia da equipa, e na segunda parte chegou a gerar-se algum suspense devido à recuperação das adversárias. Mesmo assim, a vantagem era grande demais, e no final a vitória foi merecida. Jogaram e marcaram: Catarina (13), Palmira (19), Ana (2), Dulce, Teresa, Mena (9), e Isabel (2).

Assim, o Sporting ficou apurado para a final, que se disputou a 17 de Maio em Leiria, perante duas ruidosas claques que ocupavam quase totalmente a bancada, apoiando as duas equipas. O oponente era o Esgueira, de Aveiro, equipa que o Sporting não conhecia. A equipa leonina era inteiramente constituída por atletas amadoras, que tinham quase todas começado a jogar basquete no Sporting. O cinco inicial foi constituído por Dulce (a capitã) , Mena, Catarina, Ana Maria e Palmira, e foi esta formação que logo de início chegou aos 11-4. Depois de algumas subsituições, chegou-se ao intervalo com o marcador em 16-6. Era uma vantagem tranquilizadora, e na segunda parte o Sporting teve o seu momento alto, chegando a 24-9, já com Isabel, irmã de António Pratas, em jogo. A partir desse momento a equipa teve uma quebra física, e as adversárias começaram a recuperar. Efectivamente, a condição física das atletas já não era a melhor, devido a treinos com menos frequência que a desejável, e ainda ao desgaste provocado pela luta com a poste adversária, tudo isto agravado pelo calor intenso que se fazia sentir.

Assim, a certa altura chegou-se a uma diferença de apenas 7 pontos, com 25-18, com o Esgueira a tentar chegar à igualdade sem nunca desistir, apoiado entusiasticamente pelos seus adeptos. Mas o querer das leoas era mais forte, e a sua classe impôs-se. Dois cestos de Mena e um lance livre de Isabel colocaram o resultado em 30-18, arrumando a questão, com um resultado final de 33-23.

No final do encontro fez-se a festa, com o pavilhão inundado de serpentinas e champanhe a jorrar, com algumas das jogadoras do Sporting em lágrimas. Foram elas: Dulce, Catarina (11), Mena (12), Palmira (3), Conceição (4), Ana Maria, e Isabel (3). Sagraram-se ainda campeãs Manuela, Luísa, Teresa, e Maria João.