Diferenças entre edições de "Basquetebol 1994/95"

Revisão das 09h51min de 28 de julho de 2015

O referendo maldito

O Basquetebol do Sporting estava agora estabilizado na 1ª Divisão, no fundo como equipa de meio da tabela, que há uma década não tinha argumentos para discutir o título nacional. No início da época, a Direcção decidiu reestruturar as modalidades, investindo mais no Andebol por ser esta a modalidade com mais sucesso a nível nacional, e avisando que no futuro poderia ser necessário acabar com modalidades caras que lutam pelo 4º ou 5º lugar.

A estrutura da secção manteve-se estável, com Edgar Vital a manter-se director, coadjuvado por Juvenal Carvalho, e Nelson Serra continuou à frente da equipa com Álvaro Amiel a manter-se também como treinador adjunto.

A equipa também se manteve relativamente estável, com Anastácio Sami, Toi, Fernando Carlos, Steve Carney, Emanuel, Nuno Branco, e Nuno Baião a permanecerem, o junior Paulo Simão a subire à equipa sénior, e com José Costa a ingressar. A entrada de dois novos americanos tornou-se possível porque Anastácio Sami e Steve Carney se naturalizaram portugueses. Inicialmente chegaram Greg Bell e Jeff Peterson, mas este último teve que regressar antes de chegar a jogar, devido a problemas familiares. Foi prontamente substituído por Louis Ely. Bell e Ely jogaram os primeiros jogos da época, mas foram dispensados ainda em Agosto, antes do último jogo da Taça da Liga. Efectivamente, o objectivo de contratar jogadores norte americanos é de fazerem a diferença e desequilibrar os jogos, o que estes dois não faziam. Foram prontamente substituídos pelo extremo Anthony Carver e pelo poste Jack Lothian. Era, em princípio, o melhor plantel dos últimos anos.

O esquema competitivo do Campeonato Nacional manteve-se, com 20 equipas divididas em duas séries, A1 e A2, e jogos cruzados entre as séries A1 e A2, para além dos jogos entre as equipas da série A1. O Sporting foi irregular, ganhando e perdendo muitas vezes por poucos pontos de diferença, e perdendo alguns dos jogos cruzados. Emanuel lesionou-se e não jogou muitos jogos, e Jack Lothian mostrou ser um jogador irregular, capaz de marcar 3 ou 30 pontos num jogo. Por outro lado, o Sporting perdeu muitos jogos nos minutos finais do jogo, depois de ter estado a ganhar por vezes por diferenças grandes. O sporting ficou em 6º na fase inicial, e acabou por se apurar para os play offs na última jornada.

Os 1/4 de Final foram contra o 3º classificado, o Oliveirense, disputados à melhor de cinco jogos. Mais uma vez foi a irregularidade da equipa leonina a decidir o desfecho. O Sporting foi a Oliveira do Hospital ganhar um jogo e perder outro, e na Nave de Alvalade ganhou o primeiro jogo. Bastava mais uma vitória para decidir a eliminatória. No quarto jogo estava a ganhar por 7 pontos ao intervalo, mas seguiu-se um parcial de 0-12 do qual o Sporting não recuperou, e o adversário empatou a eliminatória, que acabou por vencer no quinto jogo. Era a maldição dos play offs: o Sporting nunca tinha conseguido passar dos 1/4 de Final.

Na Taça de Portugal o Sporting derrotou a Naval 1º de Maio na primeira eliminatória, perdendo no jogo seguinte contra o Estrelas da Avenida, depois de ter estado a ganhar por 43-30.

Tinha sido uma época frustrante, claramente abaixo da expectativa declarada no início de conseguir um 3º ou 4º lugar, para alavancar, finalmente, a luta pelo título na época seguinte, que iria ser o primeiro campeonato totalmente profissional, com todas as equipas a abandonarem a pretensão do amadorismo. Frustrante tinha sido também o menor apoio dos adeptos à equipa.

A época seguinte foi preparada, com a saída de Nélson Serra e a entrada do treinador russo Valentin Melnichuk, que vinha do Clube Atlético de Queluz.

As camadas jovens voltaram a mostrar o trabalho de profundidade realizado pela secção, com a equipa de juniores a sagrar-se bicampeã regional de Lisboa e a equipa de iniciados conseguiu o tetracampeonato regional de Lisboa.

No entanto, no fim da época, e com o Projecto Roquete a iniciar, uma das primeiras acções do novo presidente Santana Lopes foi acabar com o Voleibol e com o Hóquei em Patins, organizando de seguida um referendo em que os sócios tinham que escolher uma modalidade de alta competição para continuar: ou Andebol ou Basquetebol. Isso era uma escolha enviesada, em que o Clube ficava sempre a perder qualquer que fosse a escolha. No final, os sócios escolheram o Andebol, e o Basquetebol foi extinto. Iria renascer 17 anos depois, de novo pelas mãos de Edgar Vital.

Plantel

Secção

Campeonato Nacional

Taça de Portugal

Taça da Liga

Jogos particulares

Links

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