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Licenciado em Direito, Augusto Amado de Aguilar foi admitido como sócio do Sporting em Outubro de 1937 quando se mudou para Lisboa, mas o seu enorme Sportinguismo já se tinha manifestado quando fundou o [[Sporting Clube de Cuba]], a Filial n.º 50 do Sporting.
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Licenciado em Direito, Augusto Amado de Aguilar foi admitido como sócio do [[Sporting Clube de Portugal]] a 28 de Outubro de 1937 quando se mudou para Lisboa, mas o seu enorme Sportinguismo já se tinha manifestado quando participou na fundação do [[Sporting Clube de Cuba]], a Filial n.º 50 do Sporting.
  
Integrou o [[Conselho Geral]] durante toda a sua existência e fez parte dos Corpos Sociais do Clube em vários mandatos, desempenhando diversas funções, entre as quais a Presidência da Assembleia Geral que ocupou em quatro períodos, entre 1965 e 1973.
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Foi Presidente do [[Sporting Clube de Portugal]] entre 2 de Setembro de 1942 e 26 de Outubro de 1943, entrando num período de algumas dificuldades financeiras, com a equipa de futebol em fim de ciclo, as instalações desportivas muito degradadas e algumas secções em perigo, e saiu em colisão com D.G.D. e com o Ministro da Educação Nacional, após de ter defendido corajosamente os interesses do Sporting, demitindo-se pouco tempo depois de ter sido reeleito por aclamação, sendo então substituído por uma [[A quinta Comissão Administrativa|Comissão Administrativa]] nomeada pelo Ministro e liderada pelo Dr. [[Diogo Alves Furtado]], que até então era o Presidente da [[Mesa da Assembleia Geral]].
  
Foi Presidente do Sporting entre 2 de Setembro de 1942 e 25 de Outubro de 1943, entrando num período de grandes dificuldades financeiras e saindo em colisão com D.G.D. e com o Ministro da Educação Nacional, depois de ter defendido corajosamente os interesses do Sporting, demitindo-se pouco tempo depois de ter sido reeleito por aclamação, sendo então substituído por uma Comissão Administrativa nomeada pelo Ministro e liderada pelo Dr. [[Diogo Alves Furtado]].
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Esta situação resultou do facto do Sporting ter contratado o futebolista [[António Marques]] ao Académico do Porto, uma transferência que foi suspensa pela Direcção-Geral dos Desportos, o que suscitou uma veemente reclamação do Presidente leonino, considerada como um grave acto de indisciplina, o que motivou a sua irradiação, castigo que seria levantado em 1959 após recurso para o Supremo Tribunal Administrativo.
  
Na sua presidência reorganizou o Clube de forma rigorosa e cuidadosamente estudada, requalificando e regulamentando os Serviços e as Secções e identificando os vários problemas que afectavam o Sporting, aos quais chamou "doença" que se propôs a debelar.  
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Na sua presidência reorganizou o Clube de forma rigorosa e cuidadosamente estudada, requalificando e regulamentando os Serviços e as Secções e identificando os vários problemas que afetavam o Sporting, aos quais chamou "doença" que se propôs a debelar. O rigor nas contas foi uma das suas grandes preocupações e no final da sua primeira [[As Gerências de Amado de Aguilar|Gerência]] apresentou um  saldo positivo de 113472$40, que considerou ser um resultado sem  precedentes no Clube, cujo ativo avaliado por baixo, andaria na altura  pelos 800  contos.
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Vendeu a Sede da Rua Rosa Araújo com elevados lucros para o Sporting e nos momentos de maior dificuldade financeira foi um dos sócios que mais contribuiu com elevadas somas que mais tarde consideraria liquidadas, afirmando que o Sporting nada lhe devia, no seu discurso de encerramento da Assembleia-Geral a que presidia pela penúltima vez, no dia 29 de Março de 1973, antes da tomada de posse de novos corpos gerentes.
  
Vendeu a Sede da Rua Rosa Araújo com elevados lucros para o Sporting e nos momentos de maior dificuldade financeira foi um dos sócios que mais contribuiu com elevadas somas que mais tarde consideraria liquidadas, afirmando que o Sporting nada lhe devia.
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Integrou o [[Conselho Geral]] durante toda a sua existência e foi Presidente da [[Mesa da Assembleia Geral]] que ocupou durante as gerências de [[Brás Medeiros]], entre 28 de Julho de 1965 e 4 de Abril de 1973.
  
Recebeu o Prémio Stromp de Dirigente do Ano em 1966 e o Leão de Ouro com Palma.
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Presidiu a[[o primeiro Conselho Leonino]].
  
Faleceu a 23 de Janeiro de 1983, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.
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Foi distinguido com dois [[Prémio Stromp|Prémios Stromp]], o primeiro em 1966 na categoria Dirigente, o segundo em 1980 na categoria Saudade, e com o [[Leão de Ouro]] com Palma.
  
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O Dr. Amado de Aguilar foi igualmente sócio fundador e Presidente do Rotary Clube de Almada e do Lions Clube de Almada e foi ainda agraciado com o grau de oficial da Ordem de Cristo.
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Faleceu a 23 de Janeiro de 1983, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.
  
 
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Edição atual desde as 16h55min de 17 de dezembro de 2021

Dados de Amado de Aguilar Amadoaguilar.jpg
Nome Augusto Amado de Aguilar
Nascimento 24 de Novembro de 1907
Naturalidade Cuba - Beja - Portugal
Posição Presidente

Licenciado em Direito, Augusto Amado de Aguilar foi admitido como sócio do Sporting Clube de Portugal a 28 de Outubro de 1937 quando se mudou para Lisboa, mas o seu enorme Sportinguismo já se tinha manifestado quando participou na fundação do Sporting Clube de Cuba, a Filial n.º 50 do Sporting.

Foi Presidente do Sporting Clube de Portugal entre 2 de Setembro de 1942 e 26 de Outubro de 1943, entrando num período de algumas dificuldades financeiras, com a equipa de futebol em fim de ciclo, as instalações desportivas muito degradadas e algumas secções em perigo, e saiu em colisão com D.G.D. e com o Ministro da Educação Nacional, após de ter defendido corajosamente os interesses do Sporting, demitindo-se pouco tempo depois de ter sido reeleito por aclamação, sendo então substituído por uma Comissão Administrativa nomeada pelo Ministro e liderada pelo Dr. Diogo Alves Furtado, que até então era o Presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Esta situação resultou do facto do Sporting ter contratado o futebolista António Marques ao Académico do Porto, uma transferência que foi suspensa pela Direcção-Geral dos Desportos, o que suscitou uma veemente reclamação do Presidente leonino, considerada como um grave acto de indisciplina, o que motivou a sua irradiação, castigo que seria levantado em 1959 após recurso para o Supremo Tribunal Administrativo.

Na sua presidência reorganizou o Clube de forma rigorosa e cuidadosamente estudada, requalificando e regulamentando os Serviços e as Secções e identificando os vários problemas que afetavam o Sporting, aos quais chamou "doença" que se propôs a debelar. O rigor nas contas foi uma das suas grandes preocupações e no final da sua primeira Gerência apresentou um saldo positivo de 113472$40, que considerou ser um resultado sem precedentes no Clube, cujo ativo avaliado por baixo, andaria na altura pelos 800 contos.

Vendeu a Sede da Rua Rosa Araújo com elevados lucros para o Sporting e nos momentos de maior dificuldade financeira foi um dos sócios que mais contribuiu com elevadas somas que mais tarde consideraria liquidadas, afirmando que o Sporting nada lhe devia, no seu discurso de encerramento da Assembleia-Geral a que presidia pela penúltima vez, no dia 29 de Março de 1973, antes da tomada de posse de novos corpos gerentes.

Integrou o Conselho Geral durante toda a sua existência e foi Presidente da Mesa da Assembleia Geral que ocupou durante as gerências de Brás Medeiros, entre 28 de Julho de 1965 e 4 de Abril de 1973.

Presidiu ao primeiro Conselho Leonino.

Foi distinguido com dois Prémios Stromp, o primeiro em 1966 na categoria Dirigente, o segundo em 1980 na categoria Saudade, e com o Leão de Ouro com Palma.

O Dr. Amado de Aguilar foi igualmente sócio fundador e Presidente do Rotary Clube de Almada e do Lions Clube de Almada e foi ainda agraciado com o grau de oficial da Ordem de Cristo.

Faleceu a 23 de Janeiro de 1983, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa.

To-mane 11h14min de 28 de Setembro de 2008 (UTC)