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Em 1967/68 a equipa masculina de Ténis de Mesa do Sporting Clube de Portugal dominava a modalidade em Portugal desde há dois ou três anos. Nas duas épocas anteriores tinha ganho o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, e agora, apesar de uma derrota no Campeonato de Lisboa, preparava-se para tentar o mesmo feito pela terceira vez consecutiva.

A Taça de Portugal decorreu ao longo da época, com os primeiros jogos da fase regional a começarem em Fevereiro de 1968, com o Campeonato de Lisboa ainda a decorrer. Nessa fase, as equipas eram eliminadas à segunda derrota. O Sporting derrotou inicialmente equipas como o Desportivo Operário, o Clube Recreativo Amadorense e o Intendente. Com Delfim Soares a cumprir o serviço militar, João Campos frequentemente ausente, e António Horta Osório a treinar pouco e a jogar menos devido aos seus afazeres profissionais, o Sporting não tinha uma equipa fixa, e os jogadores rodavam bastante, com Luís Amaro e Joaquim Conceição a também jogarem por vezes.

Por acaso do sorteio, o quarto e quinto jogos foram contra o Benfica, o outro candidato natural da zona de Lisboa. Delfim Soares e João Campos foram escolhidos para o primeiro desses dois jogos, e o resultado não podia ter sido melhor, com uma vitória concludente por 3-0 a fazer esquecer as derrotas contra o mesmo adversário no Campeonato de Lisboa. Assim, a equipa leonina, com os mesmos jogadores, apresentou-se descontraída ao segundo jogo. Isso quase deitou tudo a perder, visto que a oposição do Benfica foi impressionante, e o jogo foi decidido na quinta partida, que Delfim Soares venceu por escassos 3-2, levando ao mesmo resultado no jogo. O Sporting teve ainda que derrotar o Belenenses e o Centro Católico, apurando-se para a final da Zona Sul, contra o Sport Faro e Benfica.

Mas antes disso, realizaram-se os Campeonatos Nacionais entre 8 e 10 de Junho, na Figueira da Foz. O jogo decisivo para o campeonato por equipas masculinas foi entre o Sporting e o Benfica, e a vitória esteve à vista. Não aconteceu por manifesta infelicidade de António Horta Osório, que perdeu as suas três partidas, algo de inédito, e num caso contra um jogador com quem nunca tinha perdido antes. Ainda por cima, nas três partidas teve vantagens de quatro ou cinco pontos, mas a sua ponta final falhou, consentido que o adversário o ultrapassasse. No último set da noite, esteve a ganhar por 19-15, e dois pontos teriam dado o título ao Sporting. Em vez disso perdeu por 20-22, e o título foi para o rival.

Restava a Taça de Portugal. O jogo contra o Sport Faro e Benfica foi em Faro. João Campos, António Horta Osório e Luís Amaro estavam impedidos de ir, e assim Delfim Soares foi com Joaquim Conceição, jogador das categorias inferiores. Apesar disso, a vitória foi fácil, por 3-0.

A final foi a 29 de Junho de 1968, contra o vencedor da Zona Norte, o Futebol Clube do Porto. O jogo realizou-se no Pavilhão Gimnodesportivo de Guimarães, e o a equipa do Sporting era constituída por João Campos, Delfim Soares e Luís Amaro. A vitória foi fácil, apesar da réplica condigna do Porto, com três partidas ganhas por 3-0, 3-1 e 3-1, o que mostra bem a superioridade leonina.

Era a sétima Taça de Portugal do Ténis de Mesa do Sporting, e a terceira consecutiva.