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Lenine Santos, o melhor marcador do Sporting no Campeonato Nacional

O Basquetebol do Sporting Clube de Portugal tinha sofrido o começo de uma revolução na época transacta, com a vinda de Mário Lemos para treinador da equipa, que eventualmente levaria à primeira idade de ouro do basquete leonino, e que para já tinha levado à conquista do Campeonato Nacional de Basquetebol da 2ª Divisão em 1948/49. O Sporting tinha uma equipa de grande qualidade, mas mesmo assim tinha acabado em 4º lugar no Campeonato Regional de Lisboa, que dava acesso à disputa da 2ª Divisão do Campeonato Nacional.

Um dos problemas no Campeonato de Lisboa tinha sido alguma inconstância, bem como uma lesão de Lenine Santos, o que tinha levado a algumas derrotas por poucos pontos de diferença. Aproveitando a pausa até ao início da Zona de Lisboa do Campeonato Nacional, a equipa do Sporting recompôs-se, e venceu todos os jogos da sua série. Contrariamente ao ano anterior, não havia um cinco base praticamente fixo, mas sim um conjunto de 9 jogadores que jogavam muito frequentemente, e apenas Lenine Santos, Rui Duarte e Rui Ferreira jogaram todos os jogos do Campeonato. Os restantes jogadores muito influentes eram Artur Mira, Luiz Campos, Ruben Silva e Leonel Parreira , e ainda Ariel Jorge e Fernando Gomes Vaz.

O figurino da competição mudou, e disputou-se uma Fase Final da zona de Lisboa, entre quatro clubes. O Sporting ficou apurado vencedor logo à 2ª jornada ao bater o Lisgás por 2 pontos, mas voltou a vencer na 3ª jornada. Com isto, a equipa leonina chegou à fase final só com vitórias.

Na 1/2 final o Sporting voltu a encontrar o Bonjoanenses, que já tinha derrotado na 1/2 final da época anterior. Desta vez as eliminatórias eram a uma mão, e o Sporting recebeu a filial de Faro do Belenenses no recinto do Ateneu Comercial de Lisboa, vencendo por uns concludentes 46-25.

A final foi contra o Porto, e realizou-se precisamente na cidade do Porto a 15 de Julho de 1950 no campo do Clube Fluvial Portuense. O Sporting chegou ao jogo depois de 14 vitórias consecutivas, muito confiante apesar do ambiente adverso, com um recinto completamente cheio praticamente só de apoiantes da equipa adversária. O optimismo pareceu justificado quando logo de início o Sporting ficou a vencer por 11-3. Mas nessa altura o adversário conseguiu encestar três lançamentos de longa distância sem resposta, e alguns dos jogadores de verde e branco passaram do optimismo ao desalento, e mesmo quando subsituídos a equipa não conseguiu retomar o fio de jogo. Com Lenine Santos e Luiz Campos a falharem na marcação, a superioridade técnica da equipa leonina não conseguiu prevalecer. Rui Duarte e Rui Ferreira lutaram com garra do princípio ao fim, mas a ausência por doença de Artur Mira, um dos esteios da equipa, foi muito sentida. Ao intervalo, o Porto vencia por 19-18.

A arbitragem foi controversa, com o árbitro a deixar passar em claro faltas defensivas e ofensivas recorrentes por parte de Romero, que saltava aos ressaltos apoiando-se nas costas dos jogadores do Sporting, e permitindo que os jogadores do Porto o contestassem em todas as faltas que lhes eram marcadas, não marcando praticamente nenhuma falta ao Porto na segunda parte. Com isto, o Porto aumentou a vantagem , acabando por vencer por 38-28.

A lutar até ao fim, o Sporting perdeu a oportunidade de conquistar o seu 2º título nacional de basquetebol.