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Gerência anterior:
A Comissão de Gestão 2018
Gerência seguinte:

No dia 8 de Setembro de 2018 a Direção de Frederico Varandas foi eleita, tomando posse no dia 9 com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Frederico Nuno Faro Varandas
Vice-Presidente Área Financeira Francisco Albuquerque Salgado Zenha
Vice-Presidente Comercial/Marketing Pedro José Correia de Barros de Lancastre
Vice-Presidente Área Jurídica João Ataíde Ferreira Sampaio
Vice-Presidente Responsabilidade Social, Inclusão e Transparência Maria José Engrola Serrano Biléu Sancho
Vice-Presidente Património Filipe Miguel Rebelo Osório de Castro Demitiu-se em 18-05-2020
Vogal Núcleos Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos Demitiu-se em 16-12-2019
Vogal Relações Institucionais Miguel Maria do Nascimento Nogueira Leite
Vogal Modalidades Miguel Ingenerf Duarte Afonso
Vogal Internacionalização Rahim Jaherali Ahamad Demitiu-se em 18-05-2020
Suplente Alexandre Jorge Matos Ferreira
Suplente André da Costa Cabral Bernardo
Suplente André Seabra dos Santos Cymbron

Frederico Varandas foi eleito com apenas 42,3% dos votos, mas menos de mil votantes do que João Benedito e embora o lema da sua candidatura fosse ""Unir o Sporting", cedo se percebeu que esse desígnio seria impossível para o novo Presidente do Sporting Clube de Portugal, pois de um lado contava com a feroz e ruidosa oposição dos apoiantes de Bruno de Carvalho, que nunca lhe perdoariam aquilo que consideravam ter sido uma traição oportunista do antigo Diretor Clínico, ao demitir-se para anunciar a sua candidatura mesmo antes de terem sido marcadas eleições, enquanto do outro estava José Maria Ricciardi com quem tinha tido uma disputa mais acesa durante a campanha eleitoral e que nunca engolira a pesada derrota sofrida nas urnas.

Como se tudo isto não bastasse, uma das primeiras medidas da nova Direção foi retirar alguns privilégios às Claques, coisa que especialmente a Juve Leo nunca aceitou, o que valeu a Frederico Varandas mais uma franja de oposição barulhenta e organizada, pelo que este mandato não foi, nem poderia ter sido, uma caminhada tranquila e nem sequer teve direito ao chamado período de "estado de graça".

O primeiro ano desta Gerência até nem correu mal em termos desportivos, com a equipa de Futebol a ganhar a Taça da Liga e a Taça de Portugal, isto apesar das dificuldades resultantes da SAD ainda estar na ressaca do ataque a Alcochete e da época ter sido preparada por Sousa Cintra.

Nesta fase inicial o treinador José Peseiro foi substituído por Marcel Keizer e o plantel foi retocado, visando corrigir os seus desequilíbrios e o emagrecimento de uma folha salarial muito inflacionada.

A estrutura do Futebol foi completamente remodelada, com a entrada de Hugo Viana para Diretor Desportivo, Beto para Team Manager, Raul José para Diretor do Scouting e Miguel Quaresma para Diretor Técnico da Academia Sporting que foi alvo de grandes investimentos com a substituição de relvados e diversas obras de remodelação e conservação.

Para além disso foi criada a Unidade de Performance do Sporting, que visava colocar a ciência ao serviço do futebol leonino e que era liderada pelo Dr. João Pedro Araújo, com a colaboração do iraniano Alireza Rabbani um cientista do desporto que trabalhara no Paris St. Germain.

Nas restantes modalidades, apesar do Sporting não ter conseguido renovar quatro dos títulos conquistados na época anterior, o Clube sagrou-se Campeão da Europa em Corta-Mato feminino, Judo, Futsal e Hóquei em Patins, sem esquecer o Goalball em masculinos e femininos.

Em Abril de 2019 o Sporting Clube de Portugal organizou o Sporting Summit - Cimeira das Modalidades, um evento pioneiro naquela que foi uma cimeira de formação e troca de experiências no âmbito do treino desportivo, numa conferência direccionada, principalmente, para os treinadores de diversas modalidades, onde foram abordados os mais diversos temas relacionados com o desporto e com o percurso e vida de um atleta.

Eleita na sequência da crise de 2018 esta Direção encontrou o Clube/SAD em dificuldades financeiras, não se coibindo de responsabilizar a Gerência anterior pela situação, acusando-a de ter feito uma gestão irresponsável, deixando o Clube e a SAD com gastos incomportáveis e em incumprimento com vários compromissos eminentes que obrigam a nova Direcção a pagamentos na ordem dos 50 milhões de Euros nos primeiros meses da sua gerência e a negociar outras dívidas que estavam em incumprimento.

Em Novembro de 2018 foi concretizado o empréstimo obrigacionista que estava programado para Maio anterior, não se tendo no entanto conseguido atingir os 30 milhões de Euros programados.

O Relatório Contas da SAD na época 2018/19 apresentou um resultado liquido negativo de 7877 milhares de Euros, resultantes 104910 milhares de Euros em gastos operacionais, apenas uma ligeira redução de cerca de 5,5 milhares de Euros em relação à época anterior, praticamente toda referente a gastos com pessoal, 30901 milhares de Euros em amortizações e 11758 milhares de Euros em contratações, enquanto os rendimentos se fixaram em 151630 milhares de Euros, metade dos quais referentes a rendimentos operacionais e outro tanto resultante de transferências de jogadores, que não foram no entanto suficientes para anular o saldo deficitário o que a Direcção justificou com as imparidades calculadas em 8,6 milhões de Euros, resultantes da rescisão de contratos com vários jogadores que foram dispensados. Para além disso o facto da equipa não se ter qualificado para a Liga dos Campeões resultou numa descida de cerca de 16 milhões de Euros nos rendimentos operacionais.

Neste período verificou-se também um aumento do passivo em cerca de 42256 milhares de euros, relacionado com a redução de dívida bancária e com operação de titularização de créditos, operação esta que permitiu o encaixe financeiro de 65 milhões de euros.

Em Outubro de 2019 O Sporting anunciou a concretização do acordo de reestruturação financeira desenhado pela anterior Direção, informando a formalização das alterações aos contratos de financiamento entre o Grupo Sporting e os bancos Millennium BCP e Novo Banco, garantindo assim a opção de compra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) pelo preço unitário de 0,30 €, com uma significativa melhoria das condições de reembolso obrigatório e reforço das contas reserva. No âmbito deste acordo, o Grupo Sporting procedeu à regularização de todas as obrigações pecuniárias vencidas, passando a estar assim em cumprimento perante os Bancos.

Foi também durante o início desta gerência que o Conselho Fiscal liderado por Baltazar Pinto, seguindo as recomendações da Comissão de Fiscalização cessante, determinou a expulsão de sócio do ex Presidente Bruno de Carvalho, de Elsa Judas e Trindade Barros e aplicou várias penas de suspensão a elementos da anterior Direcção, considerando terem sido praticadas múltiplas e gravíssimas infrações disciplinares, entre as quais a tentativa de bloqueio de contas e de usurpação de funções.

Bruno de Carvalho recorreu dessa decisão para uma Assembleia Geral que se realizou no dia 6 de Julho de 2019, onde marcaram presença 5190 sócios que confirmaram a decisão do Conselho Fiscal e Disciplinar com 69,30% dos votos favoráveis à expulsão.

To-mane (discussão) 17h16min de 17 de outubro de 2019 (WEST)