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No dia 26 de Março de 2011 foi eleita uma nova Direcção, com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Luís Filipe David Godinho Lopes
Vice-Presidente José Filipe de Mello e Castro Guedes
Vice Presidente Aureliano Oliveira Neves
Vice Presidente Carlos Barbosa Até 01-02-2012
Vice Presidente Paulo Pereira Cristóvão Até 18-06-2012
Vice Presidente José Manuel Silva e Costa Desde 20-09-2012
Vice Presidente João Carlos Pessoa e Costa Desde 20-09-2012
Vogal Rui Paulo Figueiredo
Vogal João Pedro Varandas
Vogal Pedro da Cunha Ferreira Até 07-10-2011
Vogal Duarte Nuno Galhardas
Vogal Ricardo Henrique Tomás
Vogal Ana Margarida Ulrich

Eleito de uma forma muito polémica o Presidente Godinho Lopes, revelou logo no inicio da sua gerência, fortes preocupações no sentido de pacificar o Clube, uma missão nada fácil, depois das feridas resultantes das eleições de 2011.

No Futebol foi feito um forte investimento, com Luís Duque e Carlos Freitas à frente da SAD, para encetarem uma verdadeira revolução no plantel principal, com Domingos Paciência a ser o escolhido para o lugar de treinador.

No entanto os resultados dificilmente poderiam ser piores, apesar do entusiasmo que a equipa chegou a despertar junto dos adeptos, e que originou um significativo aumento do numero de espectadores presentes no Estádio José Alvalade.

Assim a meio da temporada deu-se a tradicional "chicotada psicológica", com Sá Pinto a assumir o comando técnico da equipa principal, mas apesar de algumas melhorias não conseguiu mais do que uma presença nas meias-finais da Liga Europa, terminando o Campeonato num modesto 4º lugar que afastava o Clube da Liga dos Campeões e perdendo a Final da Taça de Portugal frente à Académica.

Ainda em termos desportivos, em Abril de 2012 o Sporting Clube de Portugal marcou presença nas meias-finais de competições europeias, noutras duas modalidades, tendo sido eliminado da Taça Challenge de Andebol pelo Wacker Thum da Suíça, e da UEFA Futsal Cup pelo Barcelona. Salvaram-se apenas a Taça de Portugal de Andebol e mais um Campeonato no Atletismo feminino, num ano em que o Sporting conseguiu colocar 19 atletas nos Jogos Olímpicos, em 8 modalidades diferentes.

De resto no primeiro ano do seu mandato, Godinho Lopes cumpriu algumas das suas promessas eleitorais, com destaque para a realização de uma auditoria externa às contas do Grupo Sporting, no período que ficou conhecido como "Projecto Roquete", cujos resultados apontaram para um passivo consolidado à volta dos 375 milhões de Euros, e para a elaboração e aprovação de novos Estatutos do Sporting Clube de Portugal, que introduziram importantes alterações, com destaque para o facto dos eleitos para o Conselho Fiscal passarem a ser apurados segundo o método de Hondt, e para a descentralização do voto, a introdução do voto electrónico e por correspondência, a criação de novas categorias de sócios, o alargamento do direito de voto a todos os sócios e a alteração do número de votos de cada sócio consoante a sua antiguidade.

Para além disso foi elaborado um Regulamento Eleitoral, foram aprovadas em Assembleia Geral realizada para o efeito, algumas medidas no sentido de reestruturar o Grupo Sporting para tornar a SAD mais atractiva a investidores exteriores, considerados essenciais à sobrevivência do Grupo, foi construida a ansiada Sala de Convívio para os Sócios, foram dados os primeiros passos para a construção de um Pavilhão e foi constituída a Sporting COM, que tinha como objectivo centralizar a gestão da política de comunicação do Clube, englobando o jornal, o site e restantes ferramentas digitais e um futuro canal de televisão, que foi anunciado para meados de 2013.

Foi também assinado um protocolo com a Câmara Municipal de Odivelas, que envolvia a cedência ao Sporting do Pavilhão Multiusos local, para prática de diversas modalidades desportivas, particularmente o Andebol e o Futsal.

Em termos directivos o primeiro ano desta gerência também não foi fácil, pois logo nas primeiras semanas constou que esteve iminente a demissão de Luís Duque da Presidência da SAD, o que no entanto não se concretizou, mas ficou o sinal de que Duque não toleraria ingerências na sua área.

Em Fevereiro de 2012 demitiu-se o Vice-presidente Carlos Barbosa, que era o responsável para área comercial, alegando razões pessoais e profissionais. No entanto alguns meses mais tarde o polémico Presidente do ACP, afirmou que faltava liderança ao Sporting e criticou o rumo que estava a ser seguido, principalmente no Futebol.

O pior mesmo foi o "caso Pereira Cristóvão", que rebentou em Abril de 2012 quando o Vice-presidente responsável pela área do Património, foi constituído arguido num processo-crime, em que foi acusado de denúncia caluniosa qualificada, por alegadamente ter montado uma armadilha ao árbitro assistente José Cardinal.

Na altura a Polícia Judiciária visitou as instalações do Sporting, bem como a morada e as empresas de Paulo Pereira Cristóvão, que começou por pedir a suspensão imediata do seu mandato, mas dias depois reassumiu funções, após uma reunião de Direção que durou cerca de nove horas e onde consta que Godinho Lopes terá tido muitas dificuldades em reunir consenso, acabando por ficar tudo na mesma, em nome estabilidade desportiva, numa altura em o Sporting tinha presença assegurada nas meias-finais de competições europeias, em três modalidades diferentes.

Em Junho, concluída a época desportiva e após algumas pressões, Paulo Pereira Cristóvão apresentou finalmente a sua demissão do cargo que exercia no Sporting, jurando inocência, mas poucos dias depois foi indiciado pelo Tribunal, pelos crimes de denúncia caluniosa, devassa da vida privada através de informática, burla qualificada, peculato e branqueamento de capitais, sendo simultaneamente proibido de exercer qualquer cargo no Sporting, de entrar em qualquer instalação do Sporting e de contactar com elementos do Sporting.

Assim e depois do cenário de eleições antecipadas ter estado em cima da mesa, Godinho Lopes avançou para a reestruturação da sua equipa directiva, na procura da estabilidade perdida que lhe permitisse angariar os desejados investidores, que assegurassem a sustentabilidade financeira do Clube/SAD, no meio de uma grave crise económica que se vivia em Portugal e na Europa.

No entanto no início da temporada de 2012/13, o Presidente foi traído pelos resultados da equipa de Futebol, que originaram em primeiro lugar o despedimento do treinador Sá Pinto, que aconteceu no dia 5 de Outubro de 2012, seguindo-se a saída do Administrador da SAD Luís Duque e do seu braço direito Carlos Freitas, tendo então Godinho Lopes afirmado que iria ele mesmo assumir a pasta do Futebol.

Durante quase um mês o Sporting teve Oceano como treinador interino da sua equipa principal de Futebol, até que no dia 30 de Outubro o técnico belga Frank Vercauteren assumiu o comando da mesma, tendo então Godinho Lopes anunciando também uma inversão na política da SAD, que deveria passar por uma maior aposta nos jogadores da formação, isto depois de no inicio da época terem sido investidos mais alguns milhões em atletas estrangeiros.

Mas os resultados continuaram a piorar, pelo que Godinho Lopes resolveu contratar Jesualdo Ferreira para desempenhar as funções de "Manager", ou treinador dos treinadores como lhe chamou na altura, no entanto logo ali se percebeu que os dias de Frank Vercauteren como técnico do Sporting estavam contados.

Depois de mais uma derrota em Alvalade, no inicio do ano de 2013 o Sporting ocupava o 12º lugar no Campeonato, apenas 1 ponto acima da linha de despromoção, e já tinha sido eliminado de todas as outras competições, quando Godinho Lopes resolveu despedir Frank Vercauteren e entregar o comando da equipa a Jesualdo Ferreira, numa altura em que o Clube atravessava uma grave crise institucional, com um grupo de sócios a requerer a realização de uma Assembleia Geral extraordinária para destituir o Conselho Directivo, que acusou a Mesa da Assembleia Geral presidida por Eduardo Barroso, de ter uma posição parcial e não isenta, e de estar a patrocinar uma tentativa de "golpe de estado".

Perante o avanço irredutível para a Assembleia Geral de destituição e inúmeras pressões para que Godinho Lopes se demitisse, no dia 4 de Fevereiro de 2013 os Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal reuniram-se em plenário e renunciaram aos seus mandatos, com efeitos a partir do dia 6, provocando assim eleições antecipadas, que foram marcadas para o dia 23 de Março de 2013 e nas quais Bruno de Carvalho acabou sendo eleito, colocando assim um ponto final em cerca de 18 anos do denominado Projecto Roquete.


To-mane 15h18min de 14 de Julho de 2012 (WEST)