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No dia 2 de Junho de 1995 foi eleita uma nova Direcção, com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente Pedro Miguel Santana Lopes Até 11-04-1996
Presidente José Alfredo Parreira Holtreman Roquete Desde 11-04-1996
Vice Presidente Paulo Luís Ávila Abreu
Vice Presidente Mário Alberto Freire Moniz Pereira
Vice Presidente João António Simões de Almeida
Vice Presidente João Viegas Soares
Vice Presidente Álvaro de Castro
Vice Presidente João Oliveira Martins

Poucos dias depois da eleição da nova Direcção, a equipa de futebol do Sporting ganhou a Taça de Portugal, mas Carlos Queirós já tinha anunciado há muito tempo a sua saída, pelo que o primeiro feito do novo Presidente foi convencer o Professor a continuar.

No entanto mais tarde ficou-se a saber que não o fez por convicção, pois a convivência entre Santana Lopes e Carlos Queirós nunca foi totalmente pacifica, começando logo com o episódio da contratação de Niall Quinn, um avançado internacional irlandês que andou a passear no Cais do Sodré com o Presidente, mas que foi rejeitado pelo treinador.

Poucos meses depois Carlos Queirós foi despedido após um empate a zero com o Benfica, seguindo-se a contratação de Octávio Machado, que segundo Santana Lopes vinha para ser uma espécie de trave mestra do futebol leonino, independentemente de quem fosse o treinador.

Se no Futebol esta Gerência arrancou aos solavancos, nas modalidades começou-se a recuperação do Atletismo que foi reconhecida como a segunda secção mais importante do Clube. Ao mesmo tempo que foi feito um referendo junto dos sócios, para se eleger uma terceira modalidade de alta competição a apoiar, recaindo a escolha sobre o Andebol, o que implicou o fim do Basquetebol, isto depois de já se ter encerrado o Hóquei em Patins e principalmente do Voleibol, que na altura tinha uma grande equipa, que nos últimos anos tinha conquistado nove títulos.

Outra iniciativa de Santana Lopes foi a cota extraordinária, que foi aprovada em Assembleia-Geral e que implicava que durante um ano os sócios pagassem as suas cotas a dobrar, o que acabou por ter um efeito contrario ao desejado, pois na verdade muitos deixaram de pagar, pelo que essa medida acabou por ser anulada.

Enquanto Santana Lopes ia dando a cara no Futebol, nos bastidores José Roquete e Miguel Galvão Teles preparavam os novos Estatutos que visavam a modernização do Sporting, e principalmente a autorização da participação do Clube em sociedades comerciais e desportivas, com as quais se planeava resolver muitos dos problemas financeiros do Sporting Clube de Portugal, Estatutos esses que viriam a ser aprovados em 20 de Julho de 1996.

Mas antes em Abril, Santana Lopes que era um político de carreira, e como tal ao chegar à Presidência do Sporting Clube de Portugal tinha prometido manter-se afastado da vida partidária, e até constava que era pago por José Roquete para desempenhar as suas novas funções, não resistiu ao apelo de um Congresso do seu Partido, onde marcou presença activa, acabando por se demitir, ou por ser despedido do Sporting.

Assim e como a elaboração dos novos Estatutos que estava em curso, previa a cessação do mandato de todos os membros dos órgãos sociais em funções na altura, e a convocação imediata de uma Assembleia-Geral eleitoral extraordinária, que se viria a realizar no dia 25 de Outubro de 1996, decidiu-se cooptar José Roquete para a Presidência do Sporting Clube de Portugal, o que aconteceu no dia 11 de Abril de 1996, antecipando-se assim a chegada ao comando daquele que na verdade era o mentor do chamado Projecto Roquete.

Foi ainda durante esta Gerência que se realizou em Lisboa, o VII Congresso Leonino.

To-mane 16h37min de 17 de Novembro de 2011 (WET)