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Os candidatos
Os sócios
Os vencedores

Na sequência da crise de 2018 foram marcadas eleições antecipadas para o dia 8 de Setembro de 2018.

Ainda antes da destituição de Bruno de Carvalho, o Diretor Clínico Frederico Varandas demitiu-se e desafiou o então Presidente do Sporting a viabilizar as eleições antecipadas que muitos Sportinguistas já exigiam, garantindo que se iria candidatar e recolhendo de imediato muitos apoios.

Depois da Assembleia Geral de destituição realizada no dia 23 de Junho, começaram a surgir muitos nomes de presumíveis candidatos, alguns dos quais foram ficando pelo caminho, até que no fim foram aceites 7 candidaturas.

O Presidente destituído e o seu vice para a área financeira, Carlos Vieira, também anunciaram as suas candidaturas, que no entanto foram rejeitadas porque eles se encontravam suspensos da sua condição de sócios, na sequência de um processo disciplinar que culminou com a aplicação de um castigo de um ano a Bruno de Carvalho e de 10 meses, a 5 dos 6 restantes membros da Direção destituída.

A campanha eleitoral decorreu com elevação, sendo que José Maria Ricciardi foi o candidato com uma postura mais agressiva, defendendo ser o único com capacidade para resolver a difícil situação financeira do grupo Sporting, que considerou ser muito grave, enquanto os seus concorrentes procuram tranquilizar os sócios afirmando que as soluções estavam previstas na reestruturação financeira elaborada pela anterior Direção.

A jogada de antecipação de Varandas e a sua boa imagem entre os Sportinguistas, valeu-lhe desde logo alguma vantagem que se traduziu nas primeiras sondagens, o que o tornou no alvo a abater, ele que tentou potenciar os seus 7 anos de vivência no Futebol que lhe davam um conhecimento profundo do Clube e da SAD e dos seus problemas, embora tenha revelado algumas dificuldades em termos de comunicação.

João Benedito fez uma campanha em crescendo, apresentando uma equipa com gente jovem que tal como ele tinha experiência no campo desportivo e cultura sportinguista, recolhendo muitos apoios principalmente juntos dos sócios mais novos.

Dias Ferreira voltou a concorrer, acenando com a sua experiência e conhecimento do Clube e do futebol português e durante a sua campanha empunhou repetidamente a bandeira da defesa intransigente da verdade desportiva, no entanto desde logo se verificou que tinha arrancado tarde.

Tavares Pereira e Rui Jorge Rego eram os dois candidatos menos conhecidos. O primeiro apresentou-se como um homem sério e trabalhador que se tinha tornado num empresário de sucesso a pulso e direcionou a sua campanha para os Núcleos, enquanto o segundo apareceu com um projeto diferente que apontava para a profissionalização total do Grupo Sporting, suportado pelo apoio de 120 milhões de Euros de investidores estrangeiros, tendo ainda a particularidade de não ser ele o Presidente da SAD.

Madeira Rodrigues tentou potenciar o trunfo de ter sido o único a afrontar Bruno de Carvalho nas eleições anteriores, mas o facto de ao contrário de todos os outros não ter adotado José Peseiro como o seu treinador, apresentando Cláudio Ranieri como um trunfo, não foi bem aceite, principalmente porque a época até começou bem. Assim Madeira Rodrigues resolveu desistir a favor de José Maria Ricciardi, cuja entrada em cena lhe tinha retirado espaço em virtude de ambos estarem ligados à ala mais conservadora do Clube.

A necessidade premente de se voltar a ganhar no Futebol profissional, a manutenção da maioria da SAD, a consolidação do caminho vitorioso nas modalidades, a aposta na formação e a reformulação da Academia Sporting, o aproveitamento da reestruturação financeira iniciada pela gestão anterior e a recuperação da imagem do Clube, foram pontos praticamente consensuais entre os candidatos, sendo que Ricciardi e Rego foram aqueles que mais se diferenciaram, o primeiro pela questão financeira e o segundo pelas singularidades do seu projeto.

A experiência contra a juventude foi um fator discutido entre algumas candidaturas, mas no fim foram os mais jovens a disputar a vitória que curiosamente acabou por sorrir ao candidato que teve maior apoio juntos dos sócios mais antigos.

Estas eleições tiveram a particularidade de se realizarem depois de uma alteração estatutária que eliminou o Conselho Leonino e determinou que as listas para os três órgãos sociais fossem votadas em conjunto, pelo que obviamente a questão da eleição do Conselho Fiscal pelo método de hondt foi suprimida.

Bruno de Carvalho foi um assunto inevitável neste processo eleitoral que ele tudo fez para travar, tentando primeiro impedir a sua realização, para depois se apresentar como candidato e finalmente apelar ao boicote e prometer que o iria impugnar. No entanto no dia 8 de Setembro de 2018 os sócios do Sporting Clube de Portugal acorreram em massa a Alvalade estabelecendo um novo recorde de numero de votantes, com a presença de 22510 sócios, dos cerca de 51000 que estavam habilitados a votar, que deram a vitória à lista D liderada por Frederico Varandas, Rogério Alves e Baltazar Pinto com 42,32% dos votos, apesar da lista A liderada por João Benedito ter tido um maior numero de votantes.

Resultados finais oficiais:

VOTOS:

João Benedito: 39.187 - 36,84%

José Maria Ricciardi: 15.481 – 14,55%

Frederico Varandas: 45.019 - 42,32%

Rui Jorge Rego: 544 - 0,51%

Dias Ferreira: 2.504 - 2,35%

Tavares Pereira: 954 - 0,90%

Brancos: 2.350 - 2,21%

Nulos: 328 - 0,31%

VOTANTES:

João Benedito: 9735 - 43,46%

José Maria Ricciardi: 2594 – 11,58%

Frederico Varandas: 8717 - 38,92%

Rui Jorge Rego: 98 - 0,44%

Dias Ferreira: 526 - 2,35%

Tavares Pereira: 197 - 0,88%

Brancos: 445 - 1,99%

Nulos: 88 - 0,39%