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O Percurso até à Final Four

A Equipa

Depois da extinção da modalidade em 1995 o Hóquei em Patins, muito pela força de vontade e persistência do Engenheiro Gilberto Borges, foi trilhando um caminho que conduziu ao regresso modalidade, enquanto modalidade oficial, ao Sporting Clube de Portugal na temporada 2014/15.

Foi também nesta mesma época que o Hóquei em Patins leonino regressou à alta roda do Hóquei europeu, disputando a Taça CERS, exactamente vinte anos depois de ter participado pela última vez nas competições europeias.

A equipa treinada por Nuno Lopes e tendo por plantel: André Ângelo Girão (gr), “Zé” Diogo (gr), Ricardo Figueira, André Pimenta, Carlitos, Poka, André Moreira, João Pinto, Nico Fernández, Tiago Losna e Bekas, iniciou a campanha da Taça CERS a 18 de Outubro de 2014 e logo contra uma equipa espanhola, o Calafell.

Ao saber-se do resultado do sorteio para a 1ª Eliminatória o sentimento geral foi que o Sporting iria ter muitas dificuldades em ultrapassar o obstáculo que lhe era colocado pela frente. Mas equipa leonina respondeu da melhor maneira indo ganhar a Espanha por 3 - 2 e confirmando o triunfo no Pavilhão do Livramento por 3 - 1.

<video id="fyvxHtZVJks#t=17" width="300" position="right" desc="Resumo do Oliveirense - Sporting"/>

Já em 2015 e para os oitavos-de-final, calhou em sorte ao Sporting a equipa suíça do Basileia, que na primeira eliminatória tinha eliminado o Darmstadt da Alemanha. Fruto do que tinha feito na ronda anterior a equipa leonina era tida por favorita, que com uma enorme humildade, não enjeitando esse estatuto, voltou a vencer os dois jogos, primeiro fora por 4 - 3 e depois em casa por 5 - 3.

Em Março de 2015 para os quartos-de-final os Leões tiveram pela frente a forte equipa da Oliveirense, que após um jogo muito equilibrado derrotou o Sporting no Livramento por 3 - 2.

Muitos foram aqueles que pensaram que o percurso europeu dos Leões iria acabar por aqui, mas mais uma vez a equipa respondeu com as suas principais armas, garra, espírito de grupo e determinação, e foi vencer a Oliveira de Azeméis por uns esclarecedores 4 - 1, carimbando o passaporte para a Final Four.

A Final Four

Comemorando com os adeptos que tanto apoiaram a equipa
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A entrega da Taça CERS
O Capitão Ricardo Figueira
O Presidente Bruno de Carvalho

À Final Four apresentavam-se duas equipas portuguesas e duas equipas espanholas, Sporting, OC Barcelos, Reus e Igualada.

O Sporting apresentou candidatura para a organização da Final Four, mas a 01 de Abril de 2015 o Comité Européen de Rink-Hochey (CERH) informou que a mesma se iria disputar em Igualada, localidade da Catalunha que dista cerca de 50 km de Barcelona e 60 km de Reus.

Significava isto que Sporting e OC Barcelos iriam jogar fora, enquanto Igualada e Reus iriam jogar em casa.

Para as meias-finais o sorteio ditou em sorte ao Sporting exactamente a equipa da casa, o Igualada.

Mais uma vez a equipa leonina não teria tarefa fácil, mas o Leões com um jogo muito sólido e inteligente venceram por 3 - 2 após prolongamento, com tudo a ficar decidido com um livre directo de Ricardo Figueira e com o Sporting a carimbar o passaporte para a final frente ao Reus, que se impôs ao OC Barcelos por 6 - 1.

João Pinto e Tiago Losna marcaram os golos do Sporting na primeira parte, pertencendo a Antoni Baliu o tento do Igualada. Jaume Molas, de livre directo, apontou o golo solitário da segunda metade, levando a decisão para o prolongamento.

Do stick de Ricardo Figueira, também na marcação de um livre directo, sairia o "golo de ouro" que provocou um verdadeira explosão de alegria entre as hostes leoninas, jogadores e e adeptos que não se cansaram de fazer ouvir e apoiar a equipa.

Bruno de Carvalho foi dos que mais festejou com os jogadores a presença na final num jogo transmitido para Portugal pela Sporting TV que fez assim o seu baptismo em transmissões directas fora de portas.

A 26 de Abril de 2015 eram 19:30 em Portugal, 20:30 horas locais, quando as equipas do Reus e do Sporting entraram em ringue para o jogo de todas as decisões. Uma campanha que se tinha iniciado à mais de seis meses iria ter agora o seu epilogo.

Nuno Lopes fez alinhar André Girão, Ricardo Figueira, André Moreira, Tiago Losna e João Pinto, tendo no banco Zé Diogo, André Pimenta, Nico Fernandez, Poka e Carlitos.

Com um minuto de jogo Marc Coy do Reus deu o primeiro aviso com André Girão a defender, mas é o Sporting que inaugura o marcador aos 3 minutos por Tiago Losna, enorme erro do guarda-redes Molina, que na tentativa de defender um remate acaba por colocar a bola no fundo da baliza.

Durante a primeira parte o resultado não volta a sofrer alteração estando pois o Sporting na frente graças ao golo madrugador de Tiago Losna. Os espanhóis bem procuraram chegar ao empate, mas André Girão estava sensacional na baliza dos Leões.

<video id="YKxDqU_eVtw#t=437" width="300" position="right" desc="Os penaltis e tudo o que se seguiu"/>

<video id="3WCcz5jFw5k#t=125" width="300" position="right" desc="Homenagem da Sporting TV que transmitiu os dois jogos da Final Four em directo"/>

Na segunda parte, com 13.20 para se jogar, o Reus empata, por Marc Coy, com um disparo de longe, sem qualquer hipótese para André Girão, que estava tapado por João Pinto.

A nove minutos do final do encontro o Reus passa para a frente do marcador novamente por Marc Coy com um disparo de longe, ainda no meio campo defensivo, Coy consegue superar André Girão.

Parecia que o sonho de voltar a vencer uma competição europeia de hóquei na época de regresso às lides europeias ficava por aqui. Mas é então que com 4.43 para se jogar, Daniel Oliveira dispara de longe, a bola passa ao lado mas ressalta na tabela, surgindo à boca da baliza perfeita para a emenda de João Pinto.

Tal como na meia-final, o Sporting volta a ter de discutir a vitória no tempo extra e uma vez mais a entrar no prolongamento a uma falta de ter um livre direto a seu favor, que a equipa de arbitragem se esforçava por não assinalar. Recorde-se que tal como na véspera o prolongamento é decidido ao primeiro golo, o chamado golo de ouro.

Só que desta feita as equipas cautelosas não deram grandes veleidades, até a de arbitragem, já que o Reus conseguiu passar praticamente vinte e cinco minutos sem ter uma falta marcada contra si!?!

A Taça CERS 2015 iria ser decidida nas grandes penalidades, com a disputa a ser feita com cinco penáltis para cada lado numa primeira série de cobranças.

O Reus marca o primeiro pénalti por Xavier Costa mas Girão defende, seguem-se os Leões com Ricardo Figueira a atirar ao lado.

Xavier Rubio remata e André Girão defende e Daniel Oliveira atira e marca, o Sporting estava de novo na frente.

Mas atenção que ainda não acabou o jogo. Matías Platero dispara e atira à barra e Nico Fernández marca, os Leões estavam agora muito perto de conquistar a Taça CERS.

Joan Salvat atira ao poste, mas o árbitro manda repetir e à segunda o jogador do Reus não falha, João Pinto, que estava a fazer um soberba exibição, atira ao poste.

Segue-se o Reus, que pode empatar, mas... Marc Coy atira e André Girão defende!

O Sporting conquistava assim a Taça CERS, ao bater o Reus, no desempate por grandes penalidades, por 2-1, após o empate a dois registado no final do tempo regulamentar. André Girão acabou por ser a figura da partida, ao defender três penaltis.

Depois de a ter conquistado em 1984, a Taça CERS era novamente do Sporting Clube de Portugal.