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Dados de Otto Glória Otto Gloria.jpg
Nome Otto Martins Glória
Nascimento 9 de Janeiro de 1917
Naturalidade Rio de Janeiro - Brasil - 
Posição Treinador
Escalão Época Clube Obs. Jogos V E D Titulos
1ª Divisão 1948 Botafogo Campeonato Carioca
1ª Divisão 1949 Vasco da Gama Adjunto Campeonato Carioca
1ª Divisão 1950 Vasco da Gama Adjunto
1ª Divisão 1951 Vasco da Gama
1952
1953
1ª Divisão 1954/55 Benfica Campeonato Nacional
Taça de Portugal
1ª Divisão 1955/56 Benfica
1ª Divisão 1956/57 Benfica Campeonato Nacional
Taça de Portugal
1ª Divisão 1957/58 Benfica
1ª Divisão 1958/59 Benfica Taça de Portugal
1ª Divisão 1959/60 Belenenses Taça de Portugal
1ª Divisão 1960/61 Belenenses
1ª Divisão 1960/61 SPORTING 11 7 2 2
1ª Divisão 1961/62 SPORTING 4 1 2 1 Campeonato Nacional
2ª Divisão 1961/62 Marseille Subida de divisão
1ª Divisão 1963 Vasco da Gama
1ª Divisão 1963/64 FC Porto
1ª Divisão 1964/65 FC Porto
1ª Divisão 1965/66 SPORTING 37 24 7 6 Campeonato Nacional
Seniores 1966 Portugall 3º lugar - Mundial 66
1ª Divisão 1966/67 Atlético Madrid
1ª Divisão 1967/68 Atlético Madrid
1ª Divisão 1967/68 Benfica Campeonato Nacional
1ª Divisão 1968/69 Benfica Campeonato Nacional
Taça de Portugal
1ª Divisão 1969/70 Benfica
1ª Divisão 1971 Grêmio
1ª Divisão 1972 Grêmio
1ª Divisão 1973 Portuguesa Campeonato Paulista
1ª Divisão 1974 Portuguesa
1ª Divisão 1975 Portuguesa
1976
1ª Divisão 1977 Santos
1ª Divisão 1978 Monterrey
1ª Divisão 1979 Monterrey
1ª Divisão 1979 Vasco da Gama
Seniores 1980/81 Nigéria CAN
Seniores 1981/82 Nigéria
Seniores 1982/83 Portugal
1ª Divisão 1983 Vasco da Gama
Total = 52 32 11 9

Neto de portugueses, Otto Glória jogou futebol no Vasco da Gama, no Olaria e no Botafogo, ao mesmo tempo que estudava Ciências e Direito, tendo chegado mesmo aos últimos anos da Faculdade.

Tinha apenas 25 anos de idade quando abandonou a prática do futebol, para iniciar a sua longa carreira de treinador, orientando as equipas jovens do Vasco da Gama, onde pouco depois passou a ser o adjunto de Flávio Costa, a quem sucederia no comando da equipa principal, em 1951.

Mas o seu primeiro grande êxito foi conquistado no Botafogo, quando em 1948 foi Campeão Carioca, tinha ele na altura apenas 31 anos de idade.

Chegou a Portugal em 1954 para treinar o Benfica, e tornou-se numa das maiores figuras do futebol português, que revolucionou, introduzindo novos métodos de trabalho e o verdadeiro profissionalismo, com todas as suas exigências, sem esquecer as inovações tácticas, nomeadamente o 4x2x4 que veio substituir o até aí predominante WM.

Pode-se dizer que Otto Glória foi fundamental para o fim da hegemonia do Sporting, que tinha ganho sete campeonatos nas oito épocas anteriores à sua chegada ao Benfica, onde o seu sucesso foi imediato, conquistando dois campeonatos e três Taças de Portugal, e lançando as sementes de uma grande equipa.

Depois de cinco temporadas no Benfica, foi para o Belenenses onde ganhou uma Taça de Portugal, até que em Abril de 1961 transitou para o Sporting, acabando por se demitir em Setembro do mesmo ano, na sequência de algumas criticas dos dirigentes, de que não gostou, quando o Campeonato que o Sporting viria a ganhar, estava ainda a começar, deixando a equipa nas mãos de Juca, o seu adjunto. Foi nessa altura que proferiu outra celebre frase:

Sem ovos não se fazem omeletes

Após uma passagem por França onde conseguiu subir de divisão o Marselha, regressou ao Brasil, mas pouco tempo depois voltou a Portugal para orientar o FC Porto, onde ficou à porta do sucesso, obtendo dois segundos lugares no Campeonato, e uma presença na Final da Taça de Portugal.

Na época de 1965/66 regressou ao Sporting para se sagrar Campeão Nacional, novamente a trabalhar em conjunto com Juca, ao mesmo tempo que desempenhava as funções de treinador de campo na Selecção de Portugal que ficou no 3º lugar do Mundial de Inglaterra.

Como consequência dessa brilhante temporada, foi contratado pelo Atlético de Madrid para onde foi ganhar muito mais do que o Sporting lhe oferecia, deixando Alvalade novamente agastado com os dirigentes leoninos, e afirmando:

No Sporting, nunca mais!

Regressou ao Benfica em Abril de 1968, para orientar a equipa na Final da Taça dos Campeões Europeus e ganhar mais dois Campeonatos e uma Taça de Portugal, até ser despedido em Fevereiro de 1970, o que o levou a ter uma das suas famosa tiradas afirmando:

Quando o time ganha o técnico é bestial. Quando o time perde, o técnico é uma besta

Regressou então ao Brasil para orientar o Grémio de Porto Alegre, e depois a Portuguesa de Desportos, onde conquistou o Campeonato Paulista em 1973. Posteriormente esteve no Santos e no Vasco da Gama, passando também pelo México.

Em 1980 tornou-se no Seleccionador da Nigéria, conquistando a CAN desse ano, e dois anos depois voltou à Selecção de Portugal, iniciando a campanha que levou os "Patrícios" à fase final do Europeu de 1984, mas uma derrota por 5-0 em Moscovo frente à URSS, motivou o seu despedimento, sendo então substituído por uma comissão técnica que levou a nossa Selecção às meias-finais dessa competição.

Regressou então ao Brasil onde ainda treinou outra vez o Vasco da Gama, vindo a falecer a 4 de Setembro de 1986, com 69 anos de idade.

To-mane 16h07min de 3 de Abril de 2010 (WEST)