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Dados de Manuel Vasques Vasques.jpg
Nome Manuel Soeiro Vasques
Nascimento 29 de Julho de 1926
Naturalidade Barreiro - Portugal
Posição Futebolista (avançado)
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1943/44 CUF
1944/45 CUF
1945/46 CUF
1ª Divisão 1946/47 SPORTING 30 12 Campeonato Nacional
Campeonato de Lisboa
1ª Divisão 1947/48 SPORTING 40 24 Campeonato Nacional
Taça de Portugal
Taça 1ª Categoria
2 0
1ª Divisão 1948/49 SPORTING 28 14 Campeonato Nacional 4 1
1ª Divisão 1949/50 SPORTING 24 13 2 1
1ª Divisão 1950/51 SPORTING 28 33 Campeonato Nacional 1 0
1ª Divisão 1951/52 SPORTING 28 24 Campeonato Nacional 1 0
1ª Divisão 1952/53 SPORTING 27 16 Campeonato Nacional 1 1
1ª Divisão 1953/54 SPORTING 31 14 Campeonato Nacional
Taça de Portugal
4 0
1ª Divisão 1954/55 SPORTING 24 17 1 0
1ª Divisão 1955/56 SPORTING 30 21 4 2
1ª Divisão 1956/57 SPORTING 23 11 6 2
1ª Divisão 1957/58 SPORTING 20 21 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1958/59 SPORTING 15 7
1ª Divisão 1959/60 Atlético
Total = 348 227 26 7

Manuel Vasques nasceu no Barreiro, onde começou a trabalhar muito novo como aprendiz de carpinteiro na CUF, e aos 17 anos já jogava na equipa principal da Companhia, passando então para os escritórios como prémio pelos seus golos, que começaram a despertar os apetites dos grandes clubes de Lisboa.

Manuel Vasques

Sobrinho de Soeiro o grande goleador do Sporting na década de 30 e o seu ídolo, Manuel foi alertado pelo tio para nunca assinar nenhum contrato sem antes falar com ele, e assim quando foi convidado pelo Benfica aceitou treinar, agradou mas não assinou, e foi então que o seu tio o levou para o Sporting, que chegou a acordo com a CUF, garantindo a contratação do promissor avançado.

Recebeu 18 contos no acto da assinatura, depositou-os no banco, e por razões sentimentais nunca os levantou. Começou então a ganhar 600 escudos por mês e rapidamente se impôs como titular na equipa principal do Sporting, integrando então a mítica linha avançada, que ficou conhecida como os Cinco Violinos

Dos cinco Vasques era sem dúvida o mais virtuoso. Um jogador genial capaz de desenhar lances maravilhosos e de marcar golos de antologia, o que lhe valeu a alcunha de "Malhoa" um famoso pintor da altura, mas ao mesmo tempo havia dias em que parecia ter-se esquecido do seu talento em casa, e passava ao lado dos jogos, até porque nunca foi homem para grandes correrias, choques ou esforços desnecessários, o que nem sempre agradava aos adeptos.

Era capaz de jogar em todos os lugares da linha avançada embora atuasse preferencialmente como interior direito, e foi um dos maiores goleadores da história do Sporting, ao serviço do qual jogou durante treze épocas, conquistando oito Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa.

Pelo Sporting realizou quase quinhentos jogos, 348 dos quais oficiais, marcando 227 golos, o que o coloca no 3º lugar da lista dos maiores goleadores de sempre do Clube. Foi também o melhor marcador do campeonato português, em 1950/51, com 28 golos, dos 189 que marcou nesta competição, marca só superada pelo imbatível Peyroteo

Em 1950 teve de optar entre o futebol e o emprego nos escritórios da CUF, chegou a hesitar, mas recebeu na altura uma excelente proposta do Benfica, que remeteu para o Presidente Ribeiro Ferreira, que imediatamente lhe duplicou o ordenado, e financiou uma empresa de frigoríficos que ele abriu na altura em sociedade com o seu amigo Travassos.

Reportagem da RTP de 1997 sobre Vasques, um dos 5 Violinos

Jogou pela Selecção Nacional 26 vezes, marcando 7 golos, mas aí também foi prejudicado pela sua irregularidade, que o tornava num jogador muito discutido, principalmente pelos adeptos dos clubes adversários.

Encerrou a sua ligação ao Sporting em 1959 com 33 anos, um percurso em tudo idêntico ao do seu sócio José Travassos, que chegou a Alvalade no mesmo dia que ele, e de lá saiu também nessa altura. Depois ainda jogou alguns meses no Atlético, mas no início do ano de 1960 anunciou o encerramento da sua brilhante carreira.

Posteriormente explorou a tabacaria do Estádio e trabalhou na Loja Verde, mantendo assim a sua ligação ao Clube, onde o seu nome será recordado para sempre como uma das suas maiores figuras.

Em 1992 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.

Faleceu a 10 de Julho de 2003.

To-mane 16h21min de 17 de Março de 2009 (WET)