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Sporting e FC Porto terminaram o Campeonato da época de [[1957/58]] empatados em pontos, pelo que o título foi decidido recorrendo-se ao primeiro fator de desempate, os confrontos diretos entre os dois clubes, no entanto nesta temporada verificou-se a curiosidade de também terem sido decisivos os jogos disputados no Barreiro, que na altura tinha dois clubes na 1ª divisão.
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Sporting e FC Porto terminaram o Campeonato da época de [[1957/58]] empatados em pontos, pelo que o título foi decidido recorrendo-se ao primeiro fator de desempate, os confrontos diretos entre os dois clubes. No entanto nesta temporada verificou-se a curiosidade de também terem sido decisivos para o desfecho  do Campeonato, os jogos disputados no Barreiro, que na altura tinha dois clubes na 1ª divisão.
  
 
O FC Porto assumira o comando da classificação pela primeira vez, ao derrotar o Sporting nas Antas, [[1957-12-08 F.C. Porto – SPORTING|no primeiro jogo da 2ª volta]]. Na jornada seguinte os portistas deslocaram-se ao Barreiro onde perderam com a CUF, desperdiçando assim a possibilidade de se afastarem do Sporting que [[1957-12-15 SPORTING – Académica|empatou em casa com a Académica]], pelo que as duas equipas ficaram igualadas na frente da classificação.
 
O FC Porto assumira o comando da classificação pela primeira vez, ao derrotar o Sporting nas Antas, [[1957-12-08 F.C. Porto – SPORTING|no primeiro jogo da 2ª volta]]. Na jornada seguinte os portistas deslocaram-se ao Barreiro onde perderam com a CUF, desperdiçando assim a possibilidade de se afastarem do Sporting que [[1957-12-15 SPORTING – Académica|empatou em casa com a Académica]], pelo que as duas equipas ficaram igualadas na frente da classificação.
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Na penúltima jornada foi a vez do Sporting visitar o Barreirense, num jogo onde o FC Porto depositava todas as suas esperanças. O Campo D. Manuel de Melo encheu-se de Sportinguistas ansiosos por uma vitória que colocaria os Leões à beira de uma conquista que já lhes escapava há três temporadas.
 
Na penúltima jornada foi a vez do Sporting visitar o Barreirense, num jogo onde o FC Porto depositava todas as suas esperanças. O Campo D. Manuel de Melo encheu-se de Sportinguistas ansiosos por uma vitória que colocaria os Leões à beira de uma conquista que já lhes escapava há três temporadas.
  
O jogo começou com duas más notícias para os Sportinguistas: [[Travassos]] ressentira-se da sua lesão crónica e [[Vadinho]] estava com 39º graus de febre, pelo que foram substituídos por [[Joaquim José]] e [[Valter]], dois jogadores possantes que [[Enrique Fernandez]] considerou mais adequados para para um jogo que se previa de muita luta, num campo pelado onde o brasileiro [[Ivson]] previsivelmente teria mais dificuldades.
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O jogo começou com duas más notícias para os Sportinguistas: [[José Travassos|Travassos]] ressentira-se da sua lesão crónica e [[Vadinho]] estava com 39º graus de febre, pelo que foram substituídos por [[Joaquim José]] e [[Valter]], dois jogadores possantes que [[Enrique Fernandez]] considerou mais adequados para para um jogo que se previa de muita luta, num campo pelado onde o brasileiro [[Ivson de Freitas|Ivson]] previsivelmente teria mais dificuldades.
  
 
O técnico uruguaio tinha razão, o jogo foi muito difícil com o Barreirense a utilizar a tática que na altura era conhecida por "ferronho", o que naquela circunstância foi um 6x3x1, que depois se transformou num 9x1, com o jovem José Augusto sozinho na frente à espera de um contra ataque que nunca apareceu.
 
O técnico uruguaio tinha razão, o jogo foi muito difícil com o Barreirense a utilizar a tática que na altura era conhecida por "ferronho", o que naquela circunstância foi um 6x3x1, que depois se transformou num 9x1, com o jovem José Augusto sozinho na frente à espera de um contra ataque que nunca apareceu.
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Chegou o intervalo com zero a zero no Barreiro e nas Antas, onde o FC Porto recebia o Lusitano de Évora. Veio a 2ª parte e o Sporting atacava, atacava, atacava, enquanto o Barreirense se defendia como podia e à medida que o tempo ia passando recuava cada vez mais para a frente da sua baliza. A pouco mais de 15 minutos do fim chegou a noticia do golo de [[Osvaldo Silva]] nas Antas, pelo que agora era mesmo preciso marcar.
 
Chegou o intervalo com zero a zero no Barreiro e nas Antas, onde o FC Porto recebia o Lusitano de Évora. Veio a 2ª parte e o Sporting atacava, atacava, atacava, enquanto o Barreirense se defendia como podia e à medida que o tempo ia passando recuava cada vez mais para a frente da sua baliza. A pouco mais de 15 minutos do fim chegou a noticia do golo de [[Osvaldo Silva]] nas Antas, pelo que agora era mesmo preciso marcar.
  
Faltavam apenas 3 minutos para os 90 quando o Sporting beneficiou de um livre perto da área barreirense. [[João Martins]] centrou para a entrada da pequena área, onde um defesa cortou de cabeça, mas a bola sobrou para [[Joaquim José]] que com alguma felicidade rematou de primeira e conseguiu acertar na baliza pelo meio de uma floresta de jogadores das duas equipas, não sem que antes a bola raspasse no peito de [[Vasques]].
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Faltavam apenas 3 minutos para os 90 quando o Sporting beneficiou de um livre perto da área barreirense. [[João Martins]] centrou para a entrada da pequena área, onde um defesa cortou de cabeça, mas a bola sobrou para [[Joaquim José]] que com alguma felicidade rematou de primeira e conseguiu acertar na baliza pelo meio de uma floresta de jogadores das duas equipas, não sem que antes a bola raspasse no peito de [[Manuel Vasques|Vasques]].
  
 
Do Barreiro a Lisboa ecoou o grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! Mas a verdadeira festa ficou marcada para o domingo seguinte no [[Estádio José Alvalade]].
 
Do Barreiro a Lisboa ecoou o grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! Mas a verdadeira festa ficou marcada para o domingo seguinte no [[Estádio José Alvalade]].

Edição atual desde as 04h59min de 10 de dezembro de 2020

BARREIRENSE 0 SPORTING 1

Ficha do Jogo

Um golo que valeu um título
A festa nas bancadas

Sporting e FC Porto terminaram o Campeonato da época de 1957/58 empatados em pontos, pelo que o título foi decidido recorrendo-se ao primeiro fator de desempate, os confrontos diretos entre os dois clubes. No entanto nesta temporada verificou-se a curiosidade de também terem sido decisivos para o desfecho do Campeonato, os jogos disputados no Barreiro, que na altura tinha dois clubes na 1ª divisão.

O FC Porto assumira o comando da classificação pela primeira vez, ao derrotar o Sporting nas Antas, no primeiro jogo da 2ª volta. Na jornada seguinte os portistas deslocaram-se ao Barreiro onde perderam com a CUF, desperdiçando assim a possibilidade de se afastarem do Sporting que empatou em casa com a Académica, pelo que as duas equipas ficaram igualadas na frente da classificação.

Mas o que o Barreiro deu, o Barreiro tirou, quando na 19ª jornada o Sporting empatou com a CUF no Campo de Santa Bárbara, enquanto o FC Porto ganhou na Luz, isolando-se no 1º lugar do Campeonato.

Duas semanas depois o que o Barreiro tirou, o Barreiro devolveu, pois o FC Porto voltou a perder naquela vila, desta vez no Campo D. Manuel de Melo frente ao Barreirense e assim o Sporting reassumiu o comando da tabela classificativa.

Na penúltima jornada foi a vez do Sporting visitar o Barreirense, num jogo onde o FC Porto depositava todas as suas esperanças. O Campo D. Manuel de Melo encheu-se de Sportinguistas ansiosos por uma vitória que colocaria os Leões à beira de uma conquista que já lhes escapava há três temporadas.

O jogo começou com duas más notícias para os Sportinguistas: Travassos ressentira-se da sua lesão crónica e Vadinho estava com 39º graus de febre, pelo que foram substituídos por Joaquim José e Valter, dois jogadores possantes que Enrique Fernandez considerou mais adequados para para um jogo que se previa de muita luta, num campo pelado onde o brasileiro Ivson previsivelmente teria mais dificuldades.

O técnico uruguaio tinha razão, o jogo foi muito difícil com o Barreirense a utilizar a tática que na altura era conhecida por "ferronho", o que naquela circunstância foi um 6x3x1, que depois se transformou num 9x1, com o jovem José Augusto sozinho na frente à espera de um contra ataque que nunca apareceu.

Chegou o intervalo com zero a zero no Barreiro e nas Antas, onde o FC Porto recebia o Lusitano de Évora. Veio a 2ª parte e o Sporting atacava, atacava, atacava, enquanto o Barreirense se defendia como podia e à medida que o tempo ia passando recuava cada vez mais para a frente da sua baliza. A pouco mais de 15 minutos do fim chegou a noticia do golo de Osvaldo Silva nas Antas, pelo que agora era mesmo preciso marcar.

Faltavam apenas 3 minutos para os 90 quando o Sporting beneficiou de um livre perto da área barreirense. João Martins centrou para a entrada da pequena área, onde um defesa cortou de cabeça, mas a bola sobrou para Joaquim José que com alguma felicidade rematou de primeira e conseguiu acertar na baliza pelo meio de uma floresta de jogadores das duas equipas, não sem que antes a bola raspasse no peito de Vasques.

Do Barreiro a Lisboa ecoou o grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! Mas a verdadeira festa ficou marcada para o domingo seguinte no Estádio José Alvalade.

To-mane (discussão) 17h29min de 7 de novembro de 2018 (WET)