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A festa estivera marcada para o domingo anterior quando [[1953-04-12 Boavista – SPORTING|o Sporting empatou no Bessa]], num jogo que ficou marcado por um golo inexplicavelmente anulado a [[João Martins]], adiando assim a consumação do tri-campeonato para a jornada seguinte, que se disputou no [[Estádio do Lumiar|Lumiar]], onde o Sporting recebeu o Vitória de Setúbal no dia 19 de Abril de 1953.  
 
A festa estivera marcada para o domingo anterior quando [[1953-04-12 Boavista – SPORTING|o Sporting empatou no Bessa]], num jogo que ficou marcado por um golo inexplicavelmente anulado a [[João Martins]], adiando assim a consumação do tri-campeonato para a jornada seguinte, que se disputou no [[Estádio do Lumiar|Lumiar]], onde o Sporting recebeu o Vitória de Setúbal no dia 19 de Abril de 1953.  
  
Cerca de 30 mil sportinguistas encheram por completo o campo, confiantes na vitória dos Leões que entraram determinados e logo aos 7m chegaram ao golo, na sequência de um livre à entrada da área superiormente cobrado por [[Albano]] e concluído da melhor maneira com um cabeceamento letal de [[João Martins]], que não deu hipóteses de defesa a Baptista.
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Cerca de 30 mil sportinguistas encheram por completo o campo, confiantes na vitória dos Leões que entraram determinados e logo aos 7m chegaram ao golo, na sequência de um livre à entrada da área superiormente cobrado por [[Albano Pereira|Albano]] e concluído da melhor maneira com um cabeceamento letal de [[João Martins]], que não deu hipóteses de defesa a Baptista.
  
Animados pelo golo os Leões continuaram ao ataque na busca do segundo, até que aos 33m [[Albano]] foi derrubado dentro da área, resultando daí um penálti indiscutível que o próprio converteu com um remate seco e indefensável, mas o árbitro considerando que [[Passos]] estava dentro da meia lua, mandou repetir. Coube a [[João Martins]] a segunda tentativa, mas o avançado centro leonino permitiu a defesa a Batista e também não acertou na recarga.
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Animados pelo golo os Leões continuaram ao ataque na busca do segundo, até que aos 33m [[Albano Pereira|Albano]] foi derrubado dentro da área, resultando daí um penálti indiscutível que o próprio converteu com um remate seco e indefensável, mas o árbitro considerando que [[Manuel Passos]] estava dentro da meia lua, mandou repetir. Coube a [[João Martins]] a segunda tentativa, mas o avançado centro leonino permitiu a defesa a Batista e também não acertou na recarga.
  
 
Este lance provocou algum nervosismo dentro e fora do campo e os ânimos aqueceram no último quarto de hora da 1ª parte, que teve mais desentendimentos do que futebol, com o árbitro a mostrar-se algo condescendente com os jogadores de ambas as equipas.
 
Este lance provocou algum nervosismo dentro e fora do campo e os ânimos aqueceram no último quarto de hora da 1ª parte, que teve mais desentendimentos do que futebol, com o árbitro a mostrar-se algo condescendente com os jogadores de ambas as equipas.
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Depois do intervalo e com o passar do tempo, a ansiedade começou a apoderar-se dos jogadores do Sporting que não conseguiam ultrapassar a boa organização defensiva dos setubalenses, pelo que o golo da tranquilidade nunca chegou.
 
Depois do intervalo e com o passar do tempo, a ansiedade começou a apoderar-se dos jogadores do Sporting que não conseguiam ultrapassar a boa organização defensiva dos setubalenses, pelo que o golo da tranquilidade nunca chegou.
  
Apesar dessa enervante incerteza no marcador, o Vitória raramente logrou aproximar-se com perigo da baliza de [[Carlos Gomes]], que teve uma tarde tranquila graças às autoritárias exibições de [[Passos]] e de [[Juca]], que comandaram superiormente as linhas mais recuadas da equipa do Sporting, faltando apenas alguma inspiração lá na frente.
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Apesar dessa enervante incerteza no marcador, o Vitória raramente logrou aproximar-se com perigo da baliza de [[Carlos Gomes]], que teve uma tarde tranquila graças às autoritárias exibições de [[Manuel Passos]] e de [[Juca]], que comandaram superiormente as linhas mais recuadas da equipa do Sporting, faltando apenas alguma inspiração lá na frente.
  
Com o aproximar do fim do jogo e até porque o empate chegava para que o Sporting se sagrasse Campeão Nacional, a festa começou a fazer-se à volta do campo, onde soou o tradicional grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! ao mesmo tempo que se lançavam serpentinas, soltavam balões e estalavam os foguetes.
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Com o aproximar do fim do jogo e até porque o empate chegava para que o Sporting se sagrasse Campeão Nacional, a festa começou a fazer-se à volta do campo, onde soou o tradicional grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! ao ritmo de 800 matracas, ao mesmo tempo que se lançavam 6000 serpentinas, se soltavam 1200 balões e estalavam dezenas de foguetes.
  
Quando finalmente o árbitro deu o jogo por terminado, a multidão invadiu o campo e os jogadores foram passeados em ombros na euforia de uma bonita festa, que uma certa imprensa com visível azedume classificou de carnavalesca.  
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Quando finalmente o árbitro deu o jogo por terminado, a multidão invadiu o campo e os jogadores foram passeados em ombros na euforia de uma bonita festa, que uma certa imprensa com visível azedume, classificou de carnavalesca.  
  
O Sporting era novamente  tri-Campeão Nacional e tornava-se definitivamente dono da segunda Taça O Século, que nunca tinha conhecido outra morada que não a Rua do Passadiço, mas ainda faltava [[1953-04-26 Académica – SPORTING|uma jornada a disputar em Coimbra]] e a apoteose da entrega dos troféus estava marcada para [[1953-05-03 SPORTING – Académica|o primeiro jogo da Taça de Portugal]]. Era realmente festa a mais para os adversários do Sprting.
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O Sporting era novamente  tri-Campeão Nacional e tornava-se definitivamente dono da segunda Taça O Século, que nunca tinha conhecido outra morada que não a Rua do Passadiço, mas ainda faltava [[1953-04-26 Académica – SPORTING|uma jornada a disputar em Coimbra]] e a apoteose da entrega dos troféus ficou marcada para [[1953-05-03 SPORTING – Académica|o primeiro jogo da Taça de Portugal]]. Era realmente festa a mais para os adversários do Sporting.
  
 
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Edição atual desde as 00h05min de 6 de dezembro de 2020

Sporting 1 - Vit. Setúbal 0

A festa do título

A festa estivera marcada para o domingo anterior quando o Sporting empatou no Bessa, num jogo que ficou marcado por um golo inexplicavelmente anulado a João Martins, adiando assim a consumação do tri-campeonato para a jornada seguinte, que se disputou no Lumiar, onde o Sporting recebeu o Vitória de Setúbal no dia 19 de Abril de 1953.

Cerca de 30 mil sportinguistas encheram por completo o campo, confiantes na vitória dos Leões que entraram determinados e logo aos 7m chegaram ao golo, na sequência de um livre à entrada da área superiormente cobrado por Albano e concluído da melhor maneira com um cabeceamento letal de João Martins, que não deu hipóteses de defesa a Baptista.

Animados pelo golo os Leões continuaram ao ataque na busca do segundo, até que aos 33m Albano foi derrubado dentro da área, resultando daí um penálti indiscutível que o próprio converteu com um remate seco e indefensável, mas o árbitro considerando que Manuel Passos estava dentro da meia lua, mandou repetir. Coube a João Martins a segunda tentativa, mas o avançado centro leonino permitiu a defesa a Batista e também não acertou na recarga.

Este lance provocou algum nervosismo dentro e fora do campo e os ânimos aqueceram no último quarto de hora da 1ª parte, que teve mais desentendimentos do que futebol, com o árbitro a mostrar-se algo condescendente com os jogadores de ambas as equipas.

Depois do intervalo e com o passar do tempo, a ansiedade começou a apoderar-se dos jogadores do Sporting que não conseguiam ultrapassar a boa organização defensiva dos setubalenses, pelo que o golo da tranquilidade nunca chegou.

Apesar dessa enervante incerteza no marcador, o Vitória raramente logrou aproximar-se com perigo da baliza de Carlos Gomes, que teve uma tarde tranquila graças às autoritárias exibições de Manuel Passos e de Juca, que comandaram superiormente as linhas mais recuadas da equipa do Sporting, faltando apenas alguma inspiração lá na frente.

Com o aproximar do fim do jogo e até porque o empate chegava para que o Sporting se sagrasse Campeão Nacional, a festa começou a fazer-se à volta do campo, onde soou o tradicional grito SPORTING! SPORTING! SPORTING! ao ritmo de 800 matracas, ao mesmo tempo que se lançavam 6000 serpentinas, se soltavam 1200 balões e estalavam dezenas de foguetes.

Quando finalmente o árbitro deu o jogo por terminado, a multidão invadiu o campo e os jogadores foram passeados em ombros na euforia de uma bonita festa, que uma certa imprensa com visível azedume, classificou de carnavalesca.

O Sporting era novamente tri-Campeão Nacional e tornava-se definitivamente dono da segunda Taça O Século, que nunca tinha conhecido outra morada que não a Rua do Passadiço, mas ainda faltava uma jornada a disputar em Coimbra e a apoteose da entrega dos troféus ficou marcada para o primeiro jogo da Taça de Portugal. Era realmente festa a mais para os adversários do Sporting.

To-mane (discussão) 13h22min de 5 de outubro de 2017 (WEST)

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