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Depois de uma época algo atribulada o Sporting só chegou à liderança do campeonato a 4 jornadas do fim da competição, quando foi à Covilhã ganhar o jogo que tinha em atraso, altura em que se percebeu que dificilmente os Leões deixariam escapar a renovação do título.
 
Depois de uma época algo atribulada o Sporting só chegou à liderança do campeonato a 4 jornadas do fim da competição, quando foi à Covilhã ganhar o jogo que tinha em atraso, altura em que se percebeu que dificilmente os Leões deixariam escapar a renovação do título.
  
 
O Benfica ainda resistiu até à última jornada onde recebia a visita do FC Porto, enquanto o Sporting se deslocava ao Barreiro com mais 1 ponto do que o seu rival e 10 golos de vantagem em caso de igualdade pontual no fim do campeonato, o que equivalia a dizer que o empate deveria chegar para que o Sporting voltasse a ser Campeão Nacional de Futebol.
 
O Benfica ainda resistiu até à última jornada onde recebia a visita do FC Porto, enquanto o Sporting se deslocava ao Barreiro com mais 1 ponto do que o seu rival e 10 golos de vantagem em caso de igualdade pontual no fim do campeonato, o que equivalia a dizer que o empate deveria chegar para que o Sporting voltasse a ser Campeão Nacional de Futebol.
  
O jogo disputou-se no dia 6 de Abril de 1952 no Campo D. Manuel de Melo que foi invadido por uma multidão de sportinguistas desejosos de festejar um título que muitos tinham chegado a dar como perdido.
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O jogo disputou-se no dia 6 de Abril de 1952 no Campo D. Manuel de Melo que foi invadido por uma multidão de sportinguistas desejosos de festejar um título que muitos tinham chegado a dar como perdido. A romaria começou de manhã cedo. Barcos, rebocadores, camionetas, camiões, automóveis, motos, bicicletas ou carroças, tudo serviu para chegar ao Barreiro.
  
O Sporting teve uma das suas tradicionais entradas de Leão e aos 17m adiantou-se no marcador por intermédio de [[João Martins]] que finalizou da melhor maneira um cruzamento de [[Albano]]. Volvidos 3 minutos [[Vasques]] aumentou a contagem para 2-0 depois de uma grande jogado do endiabrado [[Albano]].
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O Sporting teve uma das suas tradicionais entradas de Leão e aos 17m adiantou-se no marcador por intermédio de [[João Martins]] que finalizou da melhor maneira um cruzamento de [[Albano Pereira|Albano]]. Volvidos 3 minutos [[Manuel Vasques|Vasques]] aumentou a contagem para 2-0 depois de uma grande jogada do endiabrado [[Albano Pereira|Albano]].
  
Com os sportinguistas já em festa o Barreirense não baixou os braços e aos 28m Ferreira reduziu para 2-1 redobrado o entusiasmo dos jogadores da casa que muitas vezes se excederam na dureza com que se entregaram ao jogo, resultando daí a lesão de [[Caldeira]] que à passagem da meia-hora de jogo deixou o Sporting reduzido a 10 jogadores, reentrando pouco depois praticamente para fazer figura de corpo presente na posição de extremo esquerdo, passando [[Albano]] para interior, enquanto [[Travassos]] recuava para a defesa.
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Com os sportinguistas já em festa o Barreirense não baixou os braços e aos 28m Ferreira reduziu para 2-1 redobrado o entusiasmo dos jogadores da casa, que muitas vezes se excederam na dureza com que se entregaram ao jogo, resultando daí a lesão de [[Manuel Caldeira|Caldeira]] que à passagem da meia-hora de jogo deixou o Sporting reduzido a 10 unidades, reentrando pouco depois praticamente para fazer figura de corpo presente na posição de extremo esquerdo, passando [[Albano Pereira|Albano]] para interior, enquanto [[José Travassos|Travassos]] recuava para a defesa.
  
Mais uma vez um jogo que parecia fácil tornava-se complicado, mas o Sporting mesmo em inferioridade continuou a mandar no jogo, embora sem o brilhantismo do costume. De qualquer forma deu para manter o resultado até ao fim do jogo com algum suspense à mistura, que se foi desvanecendo à medida que o relógio ia avançando e as forças começavam a faltar aos esforçados jogadores barreirenses.
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Mais uma vez aquilo que parecia fácil tornava-se complicado, mas o Sporting mesmo em inferioridade continuou a mandar no jogo, embora sem o brilhantismo do costume. De qualquer forma deu para manter o resultado até ao fim da partida com algum suspense à mistura, que se foi desvanecendo à medida que o relógio ia avançando e que as forças começavam a faltar aos aguerridos jogadores barreirenses.
  
No fim fez-se a festa com os sportinguistas a manifestarem uma justificada euforia, depois dos seus rivais lhes terem feito o enterro de forma precipitada, porque apesar de todos os contratempos o Sporting continuava a ser a melhor equipa portuguesa.
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No fim fez-se a festa com os sportinguistas a manifestarem uma justificada euforia, depois dos seus rivais lhes terem feito o enterro de forma precipitada, porque apesar de todos os contratempos o Sporting continuava a ser a melhor equipa portuguesa. Houve invasão de campo com os jogadores a serem levados em ombros e na Sede da Rua do Passadiço reuniram-se cerca de 3 mil sócios que vitoriaram a equipa no regresso a uma Lisboa em festa.
  
 
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Edição atual desde as 04h30min de 10 de dezembro de 2020

Barreirense 1 - Sporting 2

o segundo golo do Sporting

Depois de uma época algo atribulada o Sporting só chegou à liderança do campeonato a 4 jornadas do fim da competição, quando foi à Covilhã ganhar o jogo que tinha em atraso, altura em que se percebeu que dificilmente os Leões deixariam escapar a renovação do título.

O Benfica ainda resistiu até à última jornada onde recebia a visita do FC Porto, enquanto o Sporting se deslocava ao Barreiro com mais 1 ponto do que o seu rival e 10 golos de vantagem em caso de igualdade pontual no fim do campeonato, o que equivalia a dizer que o empate deveria chegar para que o Sporting voltasse a ser Campeão Nacional de Futebol.

O jogo disputou-se no dia 6 de Abril de 1952 no Campo D. Manuel de Melo que foi invadido por uma multidão de sportinguistas desejosos de festejar um título que muitos tinham chegado a dar como perdido. A romaria começou de manhã cedo. Barcos, rebocadores, camionetas, camiões, automóveis, motos, bicicletas ou carroças, tudo serviu para chegar ao Barreiro.

O Sporting teve uma das suas tradicionais entradas de Leão e aos 17m adiantou-se no marcador por intermédio de João Martins que finalizou da melhor maneira um cruzamento de Albano. Volvidos 3 minutos Vasques aumentou a contagem para 2-0 depois de uma grande jogada do endiabrado Albano.

Com os sportinguistas já em festa o Barreirense não baixou os braços e aos 28m Ferreira reduziu para 2-1 redobrado o entusiasmo dos jogadores da casa, que muitas vezes se excederam na dureza com que se entregaram ao jogo, resultando daí a lesão de Caldeira que à passagem da meia-hora de jogo deixou o Sporting reduzido a 10 unidades, reentrando pouco depois praticamente para fazer figura de corpo presente na posição de extremo esquerdo, passando Albano para interior, enquanto Travassos recuava para a defesa.

Mais uma vez aquilo que parecia fácil tornava-se complicado, mas o Sporting mesmo em inferioridade continuou a mandar no jogo, embora sem o brilhantismo do costume. De qualquer forma deu para manter o resultado até ao fim da partida com algum suspense à mistura, que se foi desvanecendo à medida que o relógio ia avançando e que as forças começavam a faltar aos aguerridos jogadores barreirenses.

No fim fez-se a festa com os sportinguistas a manifestarem uma justificada euforia, depois dos seus rivais lhes terem feito o enterro de forma precipitada, porque apesar de todos os contratempos o Sporting continuava a ser a melhor equipa portuguesa. Houve invasão de campo com os jogadores a serem levados em ombros e na Sede da Rua do Passadiço reuniram-se cerca de 3 mil sócios que vitoriaram a equipa no regresso a uma Lisboa em festa.

To-mane (discussão) 00h32min de 19 de julho de 2017 (WEST)

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