Diferenças entre edições de "Basquetebol 1964/65"

Revisão das 12h35min de 16 de março de 2014

Terceiro ano sem nada ganhar

Em Outubro de 1964 foram extintas diversas secções do Sporting, como o Badminton e o Râguebi, no seguimento dos problemas financeiros decorrentes da construção do Estádio José Alvalade. O Basquetebol quase que se juntou à lista, com a Direcção tentada a terminar com a modalidade, caso esta não continuasse a praticar o puro amadorismo, em contraste com outros clubes em que cada vez mais frequentemente se aliciavam atletas com salários e regalias. A secção não apenas aceitou a condição como a abraçou de alma e coração, encontrando por parte dos atletas a necessária compreensão e apoio.

Assim, o Basquetebol do Sporting continuou sob a batuta do treinador brasileiro prof. Guilherme Bernardes auxiliado por Zé Mário nas escolas. Por outro lado, Luís Gravata substituiu Coutinho Delgado como capitão da secção. Os treinos começaram no início de Setembro, cerca de um mês antes do início das competições.

Foi introduzida uma nova lei que não permitia a transferência de atletas entre ou para clubes que também tivessem futebol, por os considerarem profissionais, mas que permitia transferência desses clubes para clubes que não tivessem futebol, numa contradição à lei que instituía a obrigatoriedade do atleta assinar uma declaração de que não era profissional. Em consequência, a secção decidiu inscrever apenas uma equipa de infantis e não três como na época anterior, para não ir formar atletas que mais tarde fossem defender outros clubes. Zé Mário continuou a ser o responsável pela escola de jogadores (12 aos 14 anos).

Hermínio Barreto, um dos mais experientes da equipa, e juntamente com Zé Mário e Carlos Hilário um dos poucos jogadores que sabiam o que era ganhar um título de 1ª categoria sénior, não se inscreveu, deixando de jogar.

O Campeonato Regional de Lisboa foi disputado no Campo de São Bento, que não era coberto, isto quando havia recintos cobertos como o Pavilhão dos Desportos, mas que estava quase sempre ocupado, inclusive com espectáculos não desportivos, e os ginásios do Instituto Superior Técnico e da Faculdade de Ciências, mas onde não cabiam espectadores. O Campeonato começou da melhor maneira, com uma vitória sobre o Benfica, algo que não acontecia já há algum tempo. No entanto, uma derrota contra o Belenenses a acabar a 1ª volta e outra derrota desta feita contra o Benfica a começar a segunda, ditaram que o Campeonato acabasse com três equipas com o mesmo número de pontos: o Benfica, com melhor diferença entre cestos marcados e sofridos, depois o Sporting, e finalmente o Benfica. Como apenas contasse os pontos, estas três equipas disputaram um campeonato a três, em que o Sporting acabou em segundo.

O Campeonato Nacional começou bem, com vitória atrás de vitória, a quarta das quais contra o CUF, num jogo que acabou ao fim de 8 minutos por o adversário não ter jogadores em número suficiente para jogar. O Sporting acabou assim a 1ª Fase em 1º lugar. No entanto, na fase final claudicou, e o título foi para o rival de Lisboa. O mesmo aconteceu na Taça de Portugal, em que, depois de derrotar o Porto na meia final, o Sporting foi derrotado também pelo Benfica na final.

Era mais uma época em que, com uma equipa praticamente renovada, mas ainda muito jovem, o Sporting não se conseguia impor. No entanto, a qualidade era visível, e as sementes do futuro estavam plantadas. Tanto a equipa júnior como a de juvenis ganharam o Campeonato de Lisboa.

Foi constituída uma equipa feminina, tal como já tinha acontecido em meados dos anos 1950.

Plantel

Secção

Campeonato Nacional - Divisão de Honra

Taça de Portugal

Campeonato de Lisboa - 1ª Divisão

Jogos particulares

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